A onda de roubos de notebook: O que fazer para evitar?

Existem três tipos de usuários de notebooks:

Perfil 1 –

Utiliza o equipamento no escritório e em casa e na maioria das vezes em ambientes mais fechados e, portanto mais seguros. Vale lembrar que utilizar um notebook ou laptop em ambiente fechado não é garantia de totalmente seguro, pois a possibilidade de não extravio de um equipamento móvel é bem reduzida.

Perfil 2 –

Utiliza em palestras, visitas a clientes, viagens e no escritório e em casa. Esse usuário é um dos mais vulneráveis, pois sempre está em ambientes com muitas pessoas à sua volta. Sempre entrando e saindo de carro, aeroportos, lojas etc. E se ainda o utiliza na faculdade, ai esse problema agrava-se ainda mais. Certa vez, aqui em Fortaleza, numa faculdade, alguns alunos e professores tiveram seus equipamentos roubados. A universidade possuía um sistema de conexão wi-fi que permitia que os alunos o utilizassem nos pátios. Um dos professores desconfiado chamou a polícia quando percebeu estar sendo seguido por uma moto. Pegaram os bandidos. Pessoas com notebook sempre chama a atenção e chamar a atenção de ladrões é tudo o que não pode acontecer. Num grande shopping de Fortaleza existe também uma área de wi-fi de acesso liberado fornecida por uma empresa de tv a cabo. Nesse shopping o público visitante é misto e tem gente de todo tipo, inclusive ladrões. Não se sabe o índice de roubos nesses lugares, mas se sabe que eles são bem maiores que os índices de roubos a notebooks realizados no público de perfil 1.

Perfil 3-

Esse é aquele que usa o notebook pra diversão. Está mais pra vídeo game que para trabalho. A máquina passa boa parte do tempo em casa e o risco de assalto carrega a mesma carga de risco do que o do notebook do perfil 1.

Mas como proteger:

No escritório, sempre que não estiver em uso, o equipamento deverá ser guardado numa mala e essa além de trancada com cadeado deve ser presa a alguma parte fixa. Outra proteção é utilizar as mesmas trancas adotadas pelos fabricantes de celulares e de notebooks quando colocam seus aparelhos em exposição nas lojas. Isso ajuda até em veículos. Ao deixar no porta-malas você prende a pasta fechada ou o próprio equipamento na tranca. Ao tentar levar à força o equipamento será danificado.

Muitos notebooks atuais têm um slot de segurança no qual você pode inserir uma trava ligada a um cabo. Você então enrola o cabo em volta de algo fixo, da mesma forma que faria com uma trava de bicicleta.

A Kensington também oferece uma grande variedade de dispositivos para segurança de notebooks, incluindo o MicroSaver (

), um cabo de aço galvanizado de 1,8 metro de extensão combinado com uma trava de segurança.

Cuidado ao guardar o equipamento. Mochilas para notebook já estão mais que manjadas. O próprio peso e a marca denunciam que ali dentro pode estar um.  Tente usar uma mala ou mochila que se passe por mochila. Outra coisa importante: executivo de paletó e mochila é algo bem esquisito. Passou a ser chique por que ali pode ter um notebook. O ideal mesmo é ir com roupas comuns. Se não der, tire o paletó e a gravata. Chama menos a atenção.

Evite demonstrações de status ao abrir o notebook em qualquer lugar.

Esses aparelhos quase sempre andam em carros. Tente colocar uma daquelas cornetas de alarme também dentro do carro. Aquela coisinha pequena produz um ruído alto o suficiente para provocar dor e confusão na cabeça do ladrão fazendo abandonar o veículo mais depressa.

Fazer backup. Apesar de a recomendação ser sempre feita, a maioria das pessoas não lembra de fazer isso.

Tente criptografar seus dados e todo o conteúdo do equipamento.

Faça seguro. Segundo a Porto Seguro, de 20 mil notebooks segurados pela companhia, 12% são roubados ou furtados por ano. A Porto Seguro orienta quem tiver interesse em contratar uma apólice que procure um corretor, munido de um documento com as características do equipamento, como marca, modelo e número de série, e forneça a cópia da nota fiscal – se o produto for importado, a guia de importador e a quarta guia de importação. André Coutinho diz que, além de cobrir roubo ou furto qualificado – isto é, quando são deixados rastros do sinistro, como marcas de arrombamento -, a apólice também prevê a cobertura contra incêndio, queda de raio, explosões e impacto de veículos, aeronaves e embarcações. “Muitas vezes, o profissional, até por segurança, leva o notebook no porta-malas do carro e fica sujeito a colisões na traseira do veículo que podem provocar a perda total do equipamento”, comenta Coutinho.

Instale um rastreador de IP ou um dispositivo GPS.

Personalize ao máximo seu equipamento. Use adesivos, gravações em revelo ou baixo relevo, enfim, qualquer coisa que dificulte a venda do equipamento, menos colocar nele seu nome.

Quando descer em aeroportos, o melhor a fazer é por o notebook na mala. Pode ser exagero, mas em São Paulo e Rio os bandidos levam a mochila e só depois é que vão olhar o que tem dentro. Uma mochila vale bem menos e você, por saber que o equipamento não está lá, a entregará mais rapidamente.

Outra dica importante é não reagir. Mas a reação parece ser natural. Quando alguém tenta tomar sua mala, naturalmente você tende a puxá-la de volta. Em algumas situações existe até luta com o assaltante, quase um cabo-de-guerra. Como os ladrões sempre andam armados, a chance de ser baleado é enorme. Como agravante, ainda existe o problema de que a maioria dos notebooks roubados são usados para trocar por drogas. Se você está sendo assaltado por um viciado na fissura a chance de você morrer é enorme.

Nos aeroportos evite dar as costas à sua bagagem e a aceitar a ajuda de estranhos. Use um tira-colo caso não tenha mochila. Vai inibir a ação.

Cuidado também com mulheres gentis. belas e bem-vestidas. Elas podem ser uma isca para desviar a sua atenção para que outra pessoa possa levá-lo.

Em alguns lugares os bandidos mudaram de táticas e estão roubando à saída dos hotéis e centros empresariais para evitar a segurança das rondas de aeroportos.

O delegado Roberto Calassa, do 27º Distrito Policial, revela que policiais investigam conivência de taxistas com ladrões de notebook. Muitos dos relatos de pessoas roubadas são de terem sido roubados já dentro do táxi, a caminho de casa ou do escritório. “- Normalmente, quando essas quadrilhas fazem esse tipo de ação, eles já têm um levantamento do que pretendem levar” – afirmou o delegado Ruy Barros.

Normalmente, ”olheiros” ficam dentro do aeroporto e indicam para motoqueiros, por celular, qual passageiro deve ser atacado no trajeto e o que ele leva.

Também os lojistas estão sendo alvos das quadrilhas.

Em casa, deixe-o preso a um ligar fixo. Uma parte dos notebooks roubados são suprimidos de dentro de casa pelos próprios filhos para comprar drogas. Pode parecer exagero, mas não custa nada precaver-se.

Impedir o roubo ou o furto, com certeza não será possível. Mas você pode dificultar ao máximo perder seu equipamento e os dados como aconteceu com meu amigo. Segundo ele ” faltou uma tranca…”