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{"id":152,"date":"2010-10-03T14:40:39","date_gmt":"2010-10-03T14:40:39","guid":{"rendered":"http:\/\/luissucupira.wordpress.com\/?p=152"},"modified":"2010-10-03T14:40:39","modified_gmt":"2010-10-03T14:40:39","slug":"tecnologia-o-internauta-foi-o-melhor-jornalista-destas-eleicoes","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/tecnologia-o-internauta-foi-o-melhor-jornalista-destas-eleicoes\/","title":{"rendered":"#elei\u00e7\u00f5es2010: O internauta \u00e9 o grande vencedor desta elei\u00e7\u00e3o."},"content":{"rendered":"

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Nestas elei\u00e7\u00f5es o grande vencedor \u00e9 a internet. Ela teve papel decisivo para que a comunidade da Web 2.0 pudesse interagir; debater e exercitar uma parte da cidadania que antes estava restrita apenas \u00e0s opini\u00f5es dos jornalistas e dos ve\u00edculos de comunica\u00e7\u00e3o convencionais.<\/p>\n

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\"Quem<\/a><\/div>\n
<\/a>Quem controla a informa\u00e7\u00e3o tem poder<\/div>\n<\/div>\n

Para quem n\u00e3o lembra, antes de come\u00e7ar esta elei\u00e7\u00e3o, houve uma tentativa de amorda\u00e7ar a Internet para evitar que blogs, twitter\u00b4s e sites viessem a manifestar livremente a sua opini\u00e3o. Isso incomodava uma parte dos partidos pol\u00edticos e outra parte da imprensa que desejava manter o poder que tinha antes o qual era n\u00e3o apenas informar ou formar opini\u00e3o, mas tamb\u00e9m capaz de decidir uma elei\u00e7\u00e3o. Alertei a tentativa de amorda\u00e7ar a internet na coluna Por que querem controlar a Internet?<\/a> . No primeiro par\u00e1grafo dessa coluna, publicada em julho de 2009, eu destacava que ultimamente os olhos de alguns governantes est\u00e3o voltados para o controle da internet. As ditaduras e os regimes fechados buscam controlar o incontrol\u00e1vel. Quem controla a informa\u00e7\u00e3o tem poder e por isso muitos governantes que passaram pela hist\u00f3ria da humanidade desejaram ardentemente poder manter sob seus dom\u00ednios a censura e a deturpa\u00e7\u00e3o dos fatos. Muitas coisas que pens\u00e1vamos ser verdade hoje s\u00e3o desvendadas com a ajuda da Internet. Muita gente n\u00e3o gostou de ver fatos hist\u00f3ricos antes tidos como verdade absoluta. Agora, discutidos, desmentidos e desmantelados. A Internet trouxe a democratiza\u00e7\u00e3o da informa\u00e7\u00e3o e com ela elevou-se o esp\u00edrito cr\u00edtico e investigativo das pessoas a ponto de transformar muitas profiss\u00f5es, inclusive o jornalismo que hoje precisa ser ainda mais \u00e1gil com a entrada da concorr\u00eancia dos blogs.<\/p>\n

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A minha opini\u00e3o foi, \u00e9 e sempre ser\u00e1 a m\u00e1xima de que querer controlar a Internet\u00a0 \u00e9 o mesmo que tentar fazer com que as pessoas deixem de desejar, deixem de sonhar, deixem de pensar, deixem de querer saber mais e melhor a respeito de um mundo em constante transforma\u00e7\u00e3o. \u00c9 fazer a humanidade retornar aos tempos da Idade M\u00e9dia onde um livro, sem fundamento nenhum, ca\u00e7ava bruxas, a maioria mulheres e a venda de indulg\u00eancias buscavam \u2018lotear o para\u00edso\u2019 em troca de dinheiro.\u00a0A Internet, caros leitores, \u00e9 uma ideia que calibre nenhum, regime nenhum, ditador nenhum pode matar por que ela representa a pr\u00f3pria ess\u00eancia do ser humano, seja ela de boa ou m\u00e1 \u00edndole.<\/p>\n

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\"A<\/a><\/div>\n
<\/a>A Internet, caros leitores, \u00e9 uma ideia que calibre nenhum, regime nenhum, ditador nenhum pode matar por que ela representa a pr\u00f3pria ess\u00eancia do ser humano, seja ela de boa ou m\u00e1 \u00edndole.<\/em><\/div>\n<\/div>\n

E assim foi at\u00e9 que em outra coluna, em setembro de 2009, eu tratei do tema de forma mais dura e incisiva. Na coluna Censura na web: N\u00e3o podem nos calar, nunca!<\/a> Eu destaquei que desde que a Internet brasileira passou a ser o principal meio para divulga\u00e7\u00e3o de den\u00fancias e a mais genu\u00edna forma de liberdade de express\u00e3o, algumas autoridades come\u00e7ariam a buscar uma maneira de tentar control\u00e1-la. Algo estranho estava acontecendo no Brasil. Os nossos ditos representantes que deveriam proteger a liberdade e a livre manifesta\u00e7\u00e3o do pensamento (respeitados os limites do que se enquadra em crime) vinham tentando amorda\u00e7ar a web.<\/p>\n

Na \u00e9poca o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, disse no ac\u00f3rd\u00e3o da decis\u00e3o do STF que considerou inconstitucional a Lei de Imprensa que \u201cSilenciando a Constitui\u00e7\u00e3o quanto ao regime jur\u00eddico da internet, n\u00e3o h\u00e1 como se lhe recusar a qualifica\u00e7\u00e3o de territ\u00f3rio virtual livremente veiculador de ideias, debate, not\u00edcia e tudo o mais que se contenha no conceito essencial da plenitude de informa\u00e7\u00e3o jornal\u00edstica no nosso pa\u00eds.\u201d O parecer do ministro foi ignorado pelos relatores do projeto que regulou a campanha de 2010; dentre eles Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Marco Maciel (DEM-PE), nas comiss\u00f5es de Constitui\u00e7\u00e3o e Justi\u00e7a e Ci\u00eancia e Tecnologia, que se reuniram em sess\u00e3o conjunta e cujos integrantes aprovaram os respectivos pareceres.<\/p>\n

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\"A<\/a><\/div>\n
<\/a>A internet n\u00e3o \u00e9 concess\u00e3o p\u00fablica!<\/em><\/div>\n<\/div>\n

A mat\u00e9ria iria imediatamente para vota\u00e7\u00e3o em plen\u00e1rio, mas a manobra n\u00e3o deu certo. Foi adiada por iniciativa do l\u00edder tucano Arthur Virg\u00edlio, a fim de dar tempo para a apresenta\u00e7\u00e3o de uma emenda destinada a libertar a internet das restri\u00e7\u00f5es v\u00e1lidas para o r\u00e1dio e a TV. O l\u00edder do PT, Aloizio Mercadante, pediu a retirada do artigo que reproduz o dispositivo da Lei Eleitoral de 1997, proibindo na rede a propaganda pol\u00edtica e a manifesta\u00e7\u00e3o de opini\u00f5es sobre os candidatos. O relator Azeredo defendia um absurdo: \u201cos textos na internet ser\u00e3o livres como os da m\u00eddia impressa, mas a web TV e web r\u00e1dio seguiriam as normas v\u00e1lidas para a m\u00eddia eletr\u00f4nica convencional.\u201d\u00a0Um verdadeiro absurdo, pois a internet n\u00e3o \u00e9 concess\u00e3o p\u00fablica!<\/p>\n

Os pol\u00edticos s\u00e3o mestres em proteger os seus interesses. As comiss\u00f5es do Senado pelas quais tramitou a reforma eleitoral confirmaram o dispositivo aprovado na C\u00e2mara que autoriza os partidos a receber doa\u00e7\u00f5es mantendo os doadores no anonimato. Esta manobra s\u00f3rdida dribla a exig\u00eancia de prestar contas de suas campanhas. Para o presidente do Col\u00e9gio de Tribunais Regionais Eleitorais, desembargador Alberto Motta Moraes, os partidos encontraram uma forma de \u201coficializar as irregularidades\u201d. Ou seja: legalizaram o caixa 2 e a maracutaia. O senador Eduardo Suplicy for\u00e7ou a inclus\u00e3o de uma emenda que bania as chamadas doa\u00e7\u00f5es ocultas, mas n\u00e3o deu certo.<\/p>\n

Apesar de todos os esfor\u00e7os, verdadeiros ou n\u00e3o, a Reforma passou.<\/strong><\/p>\n

No manifesto que circulou pela internet destaquei ainda outro par\u00e1grafo: \u201cA Internet constitui uma infraestrutura para uma mudan\u00e7a social, superior \u00e0 dos meios de comunica\u00e7\u00e3o de massa do S\u00e9c.XX. N\u00e3o s\u00e3o os jornalistas que sabem tudo que s\u00e3o procurados, mas sim aqueles que comunicam e investigam. O Art. 5\u00ba da Constitui\u00e7\u00e3o germ\u00e2nica n\u00e3o contempla direitos protetores para profiss\u00f5es ou modelos de neg\u00f3cio tecnicamente tradicionais. A Internet ultrapassa as barreiras tecnol\u00f3gicas entre o amador e o profissional. \u00c9 por isto que o privil\u00e9gio da liberdade de imprensa se deve aplicar a todos os que possam contribuir para a concretiza\u00e7\u00e3o das tarefas jornal\u00edsticas. Em termos qualitativos, n\u00e3o deve ser feita distin\u00e7\u00e3o entre jornalismo pago e n\u00e3o pago, mas sim entre bom e mau jornalismo.\u201d<\/p>\n

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\"N\u00e3o<\/a><\/div>\n
<\/a>N\u00e3o s\u00e3o os jornalistas que sabem tudo que s\u00e3o procurados, mas sim aqueles que comunicam e investigam.<\/em><\/div>\n<\/div>\n

E na \u00e9poca lancei a seguinte reflex\u00e3o:<\/strong><\/p>\n

Ser\u00e1 que esse mundo que estamos construindo ou que deixamos construir \u00e9 realmente melhor? Onde est\u00e3o os rebeldes, os opositores, os revolucion\u00e1rios? Onde est\u00e3o aqueles que no passado colocaram suas vidas em risco pra dizer \u201cEi ! Isso est\u00e1 errado!\u201d\u00a0Hoje perguntamos \u201cque mundo deixar aos nossos filhos?\u201d Mas eu prefiro pensar diferente e perguntar: \u201cQue filhos estamos deixando para o mundo?\u201d Engana-se quem acha que jornalista n\u00e3o tem candidato. Tem sim. S\u00f3 acreditaria em isen\u00e7\u00e3o completa se o jornalista votasse nulo ou n\u00e3o precisasse votar. Enquanto isso n\u00e3o acontece, jornalistas podem e devem sim manifestar suas prefer\u00eancias, mesmo que seja nenhuma. A Carta Capital fez isso e j\u00e1 foi punida, mas continua a manifestar suas opini\u00f5es, sem medo. Se voc\u00ea n\u00e3o concorda, n\u00e3o a leia. Simples assim.\u00a0Independente de tudo e daqueles que desejam controlar o incontrol\u00e1vel, pois a web representa o nosso pensamento, o medo dos que ocupam cargos eletivos ou posi\u00e7\u00e3o de relevante influ\u00eancia, estar\u00e1 sempre relacionado ao crescimento do esp\u00edrito critico de um povo e isso se d\u00e1 apenas e somente, atrav\u00e9s da manifesta\u00e7\u00e3o de opini\u00f5es atrav\u00e9s da liberdade de express\u00e3o.<\/p>\n

Setembro de 2010 \u2013 Um ano depois: o que mudou?<\/strong><\/p>\n

Com o fim da possibilidade de censura e a descoberta da melhor forma de debater e promover atrav\u00e9s do Twitter, a campanha na internet pegou fogo. Por v\u00e1rias vezes vimos manchetes de jornais serem debatidas e at\u00e9 julgadas em seu prop\u00f3sito de informar; jornalistas serem questionados, afirma\u00e7\u00f5es de candidatos desmentidas etc. Isso aconteceu de todos os lados. Nem as pesquisas escaparam. Alguns institutos tiveram sua credibilidade abalada por tentarem entrar na campanha se fazendo de isentos e logo em seguida vinha outra pesquisa que mostrava um cen\u00e1rio diferente. Antes esta discuss\u00e3o estava limitada a bares e pra\u00e7as, agora ela \u00e9 em tempo real.<\/p>\n

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\"Os<\/p>\n
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Os blogs, j\u00e1 tinham sido mote de uma campanha de gosto duvidoso do Estad\u00e3o ainda s\u00e3o execrados por boa parte dos ve\u00edculos tradicionais de comunica\u00e7\u00e3o.<\/h6>\n<\/div>\n<\/div>\n
\"Os<\/p>\n<\/div>\n
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\"Os<\/p>\n<\/div>\n
\"Os<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

Muitos jornalistas que n\u00e3o estavam acostumados a verem as suas opini\u00f5es discutidas, debatidas e questionadas acharam tudo isso um absurdo e tacharam os blogs de sujos, militantes zumbis e por ai foi.\u00a0 Como se isso n\u00e3o bastasse, algumas pr\u00e1ticas erradas acabaram caindo por terra. Tentaram criar blogs e twitterfakes para disseminar mensagens falsas. N\u00e3o colou. Os pr\u00f3prios internautas denunciaram, desmentiam e a a\u00e7\u00e3o perdeu for\u00e7a. O mais impressionante \u00e9 que os blogs, que antes j\u00e1 tinha sido mote de uma campanha de gosto duvidoso do Estad\u00e3o e que eram execrados por boa parte dos ve\u00edculos tradicionais de comunica\u00e7\u00e3o, ganharam tanta for\u00e7a que hoje boa parte dos jornalistas tem blogs ligados aos sites de redes de comunica\u00e7\u00e3o. Os blogs que j\u00e1 eram vistos como concorrentes marginalizados de poderosas redes de comunica\u00e7\u00e3o passaram a ser taxados de sujos ou limpos de acordo com o interesse de cada um e etc. Ou seja: se ele \u00e9 contra \u00e9 sujo. E isso independe de bem e de mal; de partido A ou B ou C.<\/p>\n

A ferramenta blog casada com o Twitter se configurou, juntamente com as redes sociais, no maior pesadelo contra as a\u00e7\u00f5es que buscavam a manipula\u00e7\u00e3o da informa\u00e7\u00e3o (seja de que lado for) mesmo sendo a Web um privil\u00e9gio para poucos no Brasil. Um recado da comunidade foi claro \u2013 a Web exigia que mostrasse a cara e se posicionasse, caso contr\u00e1rio n\u00e3o teria credibilidade.\u00a0 A aparente postura de isen\u00e7\u00e3o era tida como uma \u2018falsidade\u2019 e nenhum dos lados aceitava isso e eu concordo com a comunidade.<\/p>\n

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\"Os<\/a><\/div>\n
<\/a>Os blogs responderam e a guerra come\u00e7ou e continua nessa elei\u00e7\u00e3o, mas com vit\u00f3ria dos blogs.<\/em><\/div>\n

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O que eu aprendi com os internautas nesta elei\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n

Qual n\u00e3o foi a minha surpresa ao descobrir o quanto maravilhosa foi essa experi\u00eancia tanto civicamente como profissionalmente. Dessa forma descobri e entendi claramente por que \u00e9 muito mais f\u00e1cil expor-se e ser respeitado por isso do que fazer de conta e tentar enganar o internauta ou o leitor. O texto n\u00e3o nega que posi\u00e7\u00e3o voc\u00ea adota, mesmo que voc\u00ea apenas use 140 caracteres. Na Web as pessoas s\u00e3o inteligentes o bastante para perceber e saber separar o que \u00e9 isento daquele que assumiu uma posi\u00e7\u00e3o ou candidato. Outros que n\u00e3o quiseram assumir posi\u00e7\u00e3o n\u00e3o publicaram nenhuma linha sequer (contra ou a favor) sobre elei\u00e7\u00f5es no Twitter e mesmo em seus blogs pessoais.<\/p>\n

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\"Outros<\/a><\/div>\n
<\/a>Outros jornalistas que j\u00e1 estavam acostumados ao sistema de blogs e f\u00f3runs deram \u00e0 cara a tapa e assumiram posi\u00e7\u00f5es.<\/em><\/div>\n

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Outros jornalistas que j\u00e1 estavam acostumados ao sistema de blogs e f\u00f3runs deram \u00e0 cara a tapa e assumiram posi\u00e7\u00f5es. Bateram e apanharam, mas continuaram sendo respeitados por isso, diferentemente de boa parte da m\u00eddia convencional que tentava vender uma imagem de isen\u00e7\u00e3o apenas para ingl\u00eas ver. Quem primeiro se posicionou foi a Carta Capital, recentemente o Estad\u00e3o tamb\u00e9m fez o mesmo. Mas foi s\u00f3 isso. O restante continua tentando vender a imagem de neutralidade \u2013 coisa que ningu\u00e9m acredita. O candidato Pl\u00ednio alertava que n\u00e3o era a amea\u00e7a \u00e0 liberdade de imprensa que o preocupava, mas a omiss\u00e3o de boa parte das informa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Na an\u00e1lise de Cl\u00e1udio Lembo, ex-governador de S\u00e3o Paulo, ao falar a respeito da liberdade de imprensa, da liberdade de express\u00e3o e at\u00e9 do direito a informa\u00e7\u00e3o nestas elei\u00e7\u00f5es ele destacou que a \u201cA m\u00eddia est\u00e1 engajada e tem um candidato, o Serra, com isso se perdeu o equil\u00edbrio e \u00e9 desse embate que nasce a intranquilidade, mas ela \u00e9 transit\u00f3ria\u201d. Sim, ela \u00e9 transit\u00f3ria independente de quem venha a ganhar. Um fato em particular eu gostaria de citar apenas a t\u00edtulo de exemplifica\u00e7\u00e3o do que Lembo fala. A Carta Capital, por ter se posicionado, foi alvo de uma solicita\u00e7\u00e3o esdr\u00faxula da vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau. Ela pediu os contratos da Carta Capital com o Governo alegando den\u00fancia an\u00f4nima. Mesmo assim, tais contratos s\u00e3o p\u00fablicos e facilmente acess\u00edveis. Por\u00e9m ela n\u00e3o pediu ou sequer analisou os contratos de compras de assinaturas de jornais e revistas destinadas a escolas de S\u00e3o Paulo feitas pelo Governo daquele Estado. Detalhe: a resposta da Carta Capital foi curta, gentil e legal (dentro da lei). Nenhum outro ve\u00edculo de comunica\u00e7\u00e3o repercutiu isso.<\/p>\n

As den\u00fancias feitas pela imprensa \u2013 corretas ou n\u00e3o, tendenciosas ou n\u00e3o pois cabe \u00e0 justi\u00e7a apurar primeiro \u2013 precisavam e precisam sim vir a p\u00fablico, mas deveriam ter sido levantadas todas as den\u00fancias e de todos os candidatos. N\u00e3o se pode vender isen\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e muito menos imparcialidade quando apenas uma candidatura \u00e9 investigada e as outras n\u00e3o, pois todas as candidaturas t\u00eam seus podres a esconder \u2013 TODAS e sem nenhuma exce\u00e7\u00e3o, independente da gravidade. Vale destacar que Imprensa n\u00e3o \u00e9 poder constitu\u00eddo, ela faz parte de um trecho constitucional ligado \u00e0 liberdade de express\u00e3o, principalmente depois que a Lei de Imprensa \u2013 que vigorava desde a \u00e9poca da Ditadura, foi revogada. Jornalista n\u00e3o \u00e9 autoridade e s\u00f3 pode ser tratado assim em raz\u00e3o, \u00fanica e exclusivamente, da sua credibilidade. Quando se est\u00e1 na vida p\u00fablica, s\u00f3 escapa de investiga\u00e7\u00e3o aquele que nada fez de errado e esse personagem est\u00e1 cada vez mais dif\u00edcil de ser achado.Quantos anos ser\u00e3o necess\u00e1rios para repararem um instante?<\/strong><\/p>\n

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\"Quantos<\/a><\/div>\n
<\/a>Quantos anos ser\u00e3o necess\u00e1rios para repararem um instante?<\/em><\/div>\n

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A ess\u00eancia da coisa<\/strong><\/p>\n

N\u00e3o quero e n\u00e3o vou tratar de nenhum caso em particular, mas da ess\u00eancia da coisa. Um fato \u00e9 inquestion\u00e1vel: a Web mudou definitivamente a forma de fazer campanha pol\u00edtica neste pa\u00eds. Se a Web continuar livre como est\u00e1, a imprensa continuar\u00e1 livre e a liberdade de express\u00e3o tamb\u00e9m. Todos n\u00f3s ganhamos com isso. Uma coisa \u00e9 certa: independente do resultado que venha a sair destas elei\u00e7\u00f5es, o brasileiro ficou mais politizado e foi extremamente prazeroso debater, ler, entender, criticar, ser criticado, acertar, errar, pedir desculpas enfim, exercer o debate na sua plenitude sem as ofensas comuns que est\u00e1vamos acostumados a ver. A experi\u00eancia em f\u00f3runs e escrevendo para um p\u00fablico como o daqui ajuda muito ao profissional a lidar diretamente com isso e foi uma vantagem na incr\u00edvel experi\u00eancia de como seria debater, via Twitter, publicamente, em um processo eleitoral.<\/p>\n

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\"A<\/a><\/div>\n
<\/a>A Web mudou definitivamente a forma de fazer campanha pol\u00edtica neste pa\u00eds.<\/em><\/div>\n

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Eu queria destacar aqui dois jornalistas (independente do lado em que estejam ou estar\u00e3o) pela coragem de se posicionarem e inclusive darem RTs em mensagens de twitter\u00b4s que os criticavam at\u00e9 de forma pesada \u2013 Ricardo Noblat e Paulo Henrique Amorim. Estes dois souberam captar o esp\u00edrito da coisa e surfaram de forma interativa respeitando todas as opini\u00f5es em contr\u00e1rio e ainda suportando toda sorte de cr\u00edticas \u2013 literalmente deram a cara a tapas.<\/p>\n

Fiquei deveras impressionado \u2013 digo isso positivamente \u2013 com a qualidade da discuss\u00e3o na Web e Twitter, inclusive dos partidos ditos de oposi\u00e7\u00e3o ao governo. Um maravilhoso exerc\u00edcio de democracia! Mas esse maravilhoso exerc\u00edcio da democracia aconteceu apenas na Internet e pelas m\u00e3os dos internautas, independente de que classe ou profiss\u00e3o venham a ter. \u00a0O mesmo eu n\u00e3o posso dizer dos ve\u00edculos ditos convencionais.<\/p>\n

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A Internet e a comunidade Web 2.0 e suas redes sociais em conjunto com o Twitter foram os grandes vencedores dessa elei\u00e7\u00e3o, independente de partido, credo, paix\u00e3o ou o que quer que seja. Parab\u00e9ns a todos n\u00f3s internautas que souberam, sem precisar de monitoramento ou censura, realizar um dos melhores debates entre eleitores j\u00e1 realizados, de forma inteiramente popular. Todos n\u00f3s vivemos o momento hist\u00f3rico ao participarmos da primeira elei\u00e7\u00e3o onde a internet teve um peso fundamental, n\u00e3o no resultado final, mas na reformata\u00e7\u00e3o de como ser\u00e3o as elei\u00e7\u00f5es daqui para frente. Eu queimei a l\u00edngua, pois n\u00e3o apostava que uma elei\u00e7\u00e3o acirraria os \u00e2nimos mais do que uma Copa do Mundo. A prova foi que essas elei\u00e7\u00f5es estiveram no trendtopics do Twitter v\u00e1rias vezes.<\/p>\n

Est\u00e1 sendo um show de democracia, liberdade de express\u00e3o e por que n\u00e3o dizer de criatividade! Exatamente por isso posso afirmar: o internauta merece destaque como o melhor jornalista desta campanha.<\/p>\n

(*)\u00a0Importante: <\/strong>a minha opini\u00e3o n\u00e3o reflete, necessariamente ou por consequ\u00eancia, a opini\u00e3o dos demais integrantes do F\u00f3rum PCs sejam eles redatores, articulistas, colunistas e administra\u00e7\u00e3o. Ela \u00e9 fruto da minha an\u00e1lise pessoal como colunista, twitter, blogueiro, cidad\u00e3o brasileiro e da liberdade de express\u00e3o desfrutada neste portal e neste pa\u00eds. <\/em>(Publicado originalmente do www.forumpcs.com.br)<\/em><\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Nestas elei\u00e7\u00f5es o grande vencedor \u00e9 a internet. Ela teve papel decisivo para que a comunidade da Web 2.0 pudesse interagir; debater e exercitar uma parte da cidadania que antes estava restrita apenas \u00e0s opini\u00f5es dos jornalistas e dos ve\u00edculos de comunica\u00e7\u00e3o convencionais. Quem controla a informa\u00e7\u00e3o tem poder Para quem n\u00e3o lembra, antes de …<\/p>\n

#elei\u00e7\u00f5es2010: O internauta \u00e9 o grande vencedor desta elei\u00e7\u00e3o.<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":22,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[17],"tags":[1470,1471,1479,1482,1483],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/152"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/22"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=152"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/152\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=152"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=152"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=152"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}