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{"id":206806,"date":"2011-03-19T00:04:00","date_gmt":"2011-03-19T03:04:00","guid":{"rendered":"http:\/\/minhavidanumamoto.blog.terra.com.br\/?p=47"},"modified":"2011-03-19T10:00:42","modified_gmt":"2011-03-19T13:00:42","slug":"harley-davidson-a-historia-de-uma-paixao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/harley-davidson-a-historia-de-uma-paixao\/","title":{"rendered":"Harley-Davidson: A hist\u00f3ria de uma paix\u00e3o. Uma marca t\u00e3o conhecida quanto Coca-Cola."},"content":{"rendered":"\n\n\n
\"\"<\/td>\n<\/td>\n“N\u00f3s temos que fazer uma m\u00e1quina que mexa com as pessoas,<\/strong> assim que coloquem os olhos nela\u201d.<\/strong>
\nWilliam G. Davidson, vice-presidente de design da Harley-Davidson.<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n


\n1903.<\/span> Milwaukee, estado de Wisconcin, Estados Unidos. Nos fundos de um galp\u00e3o o jovem desenhista Bill Harley e o engenheiro William Davidson est\u00e3o prestes a criar uma das marcas mais desejadas do mundo dos \u00faltimos 102 anos.<\/p>\n\n\n\n
\"\"<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

Tamb\u00e9m sem saber, esta mesma marca, foi uma das percursoras da grande maioria dos conceitos de imagem de marca que se tem not\u00edcia. A marca de motocicleta mais desejada do mundo.
\n <\/span><\/p>\n

Comecemos por alguns fatos hist\u00f3ricos. Em 1916 o presidente dos USA, Wooddrow Wilson enviou \u201cBlack Jack\u201d\u00a0 numa Harley-Davidson para matar Pancho Villa na fronteira com o M\u00e9xico.\u00a0 A encomenda de 20 mil unidades para o US Army garantiu\u00a0 a sobreviv\u00eancia da marca durante a Depress\u00e3o Americana. Na Primeira Guerra Mundial, foi uma Harley-Davidson equipada com um side-car(aquele carrinho que era colocado ao lado da moto), pilotada por um soldado americano (uma pessoa comum, portanto) o primeiro ve\u00edculo aliado a entrar em solo alem\u00e3o. Em 1921, no per\u00edodo entre guerras, a Harley voltou as pistas e tornou-se a primeira equipe a vencer uma prova de velocidade a mais de 100 milhas por hora. Depois do ataque a Pearl Harbor especializou-se em produzir motos para uso exclusivo militar. Na Segunda Guerra Mundial as Harley-Davidson brilharam mais uma vez, cerca de 90 mil motocicletas de 750 cilindradas foram entregues ao Ex\u00e9rcito Americano. Resistente e confi\u00e1vel essas motos podiam ser adaptadas para quase tudo. Muitas cerragavam um side-car equipado com metralhadoras.<\/p>\n

Depois da guerra, os principais compradores das Harley\u00b4s foram os ex-combatentes (alguma coisa semelhante com a propaganda boca-em-boca?).<\/p>\n

\"\"<\/a>\u00c0 luz do marketing foi a Harley-Davidson a primeira a trazer, mesmo sem querer, as bases da customiza\u00e7\u00e3o, do one-to-one, da fideliza\u00e7\u00e3o de marca, da for\u00e7a da opini\u00e3o e do desejo do cliente,\u00a0 dos atributos de marca, do merchandising, do design, qualidade total; de agregar valor de servi\u00e7o ao produto, do ecologicamente correto, motiva\u00e7\u00e3o de funcion\u00e1rios e o do sonho de consumo.<\/p>\n

Falamos de customiza\u00e7\u00e3o por que \u00e9 praticamente imposs\u00edvel existir uma Harley-Davidson igual a outra. Como se fosse uma impress\u00e3o digital em a\u00e7o essas motos possuem mais de 6 mil itens de acess\u00f3rios que combinados entre si permitem bilh\u00f5es de diferentes combina\u00e7\u00f5es, isso sem falar nas pinturas personalizadas.<\/p>\n

No one-to-one podemos afirmar que existe um modelo para cada tipo de personalidade. Na fideliza\u00e7\u00e3o, antes da f\u00e1brica criar o Harley Owner Group em 1983, hoje com 100 mil filiados,\u00a0 seus propriet\u00e1rios j\u00e1 se reuniam para desfrutar juntos o prazer de pilotar esta j\u00f3ia, trocar pe\u00e7as, dicas, fotos, definir passeios etc. Esses mesmos grupos cuidavam para que uma Harley-Davidson fosse vendida a quem tinha o esp\u00edrito e a personalidade compat\u00edveis com os estilos good, bad or free boy de ser.<\/p>\n

Quando voc\u00ea olha para uma Harley-Davidson vem imediatamente \u00e0 sua cabe\u00e7a um conjuntos de sensa\u00e7\u00f5es que se transformam em atributos de uma marca que aponta para liberdade e estilo. Mesmo quem ainda n\u00e3o tem veste a marca e suas roupas e, quem j\u00e1 teve e n\u00e3o pode mais pilot\u00e1-las por for\u00e7a de alguma limita\u00e7\u00e3o f\u00edsica, sempre que pode, veste nem que seja um discreto bon\u00e9 da marca. Ter uma m\u00e1quina dessas era e \u00e9 assumir publicamente uma personalidade forte onde os extremos provocados pela capilaridade com um conjunto de sensa\u00e7\u00f5es unem no ter e no transparecer os conceitos do chamado sonho de consumo realizado.<\/p>\n

Existem hist\u00f3rias de apaixonados que economizaram durante anos e at\u00e9 d\u00e9cadas para poder um dia sentar e pilotar uma Harley e tamb\u00e9m uma legi\u00e3o de arrependidos que um dia as tiveram nas m\u00e3os e as venderam. Elas tamb\u00e9m foram precursoras dos conceitos de merchandising e como ele influencia no comportamento do consumidor. Basta ver a enorme lista de filmes onde mocinhos e bandidos apareciam pilotando-as. Antes de ter um conceito meio cara-de-mau as Harley\u00b4s foram bastante requisitadas pelos meios de comunica\u00e7\u00e3o na \u00e9poca do p\u00f3s-guerra. Naquele tempo motoqueiro tinha imagem de bom mo\u00e7o. Foi depois do filme \u201cThe Wild Ones\u201d com Marlon Brando, que esta imagem se transformou.<\/p>\n

Bons, maus ou apenas civis querendo curtir novamente o prazer de pilotar um antigo veiculo militar, n\u00e3o importa, o v\u00e9u do conceito Harley-Davidson cobria todas as pessoas que desejavam explorar as sensa\u00e7\u00f5es de liberdade. Nesta lista podemos acrescentar as in\u00fameras fotos para cat\u00e1logos e revistas onde as Harley-Davidson eram coadjuvantes(talvez apenas neste caso) quando lindas mulheres completamente nuas resolviam fazer, em cima delas, suas sensuais performances fotogr\u00e1ficas. Em alguns filmes roubou a cena como Sem Destino (1969) com Jane Fonda e Dennis Hopper e mais recentemente o Exterminador do Futuro (1991) com ningu\u00e9m menos que Arnold Schwarzenegger. No Brasil, no final da d\u00e9cada de 50, protagonizou a s\u00e9rie de tv Vigilante Rodovi\u00e1rio.<\/p>\n

Brinquedo de gente grande, as Harley-Davidson n\u00e3o s\u00e3o mais reduto de coroas ou executivos maduros bem sucedidos. Elas j\u00e1 s\u00e3o uma unanimidade entre jovens acima de 18 anos e entre mulheres que se renderam ao atributo da liberdade-estilo. Uma mulher numa Harley-Davidson \u00e9 uma combina\u00e7\u00e3o pra l\u00e1 de sexy. Em grandes cidades como S\u00e3o Paulo e Rio, onde o tr\u00e2nsito e a polui\u00e7\u00e3o aceleram o processo que resulta no stress di\u00e1rio \u00e9 cada vez maior o n\u00famero de executivos, profissionais liberais que as usam para ir e voltar ao trabalho. \u00c9 um momento de lazer antes de enfrentar o trabalho. Comenta-se que ir e voltar do trabalho numa Harley-Davidson\u00a0 ajuda a melhorar o humor, pois voc\u00ea \u00e9 obrigado a n\u00e3o pensar em nada, a obriga\u00e7\u00e3o mesmo \u00e9 s\u00f3 de curtir e ainda colabora para reduzir os engarrafamentos, economiza combust\u00edvel e reduz a polui\u00e7\u00e3o. Uma atitude pol\u00edtica e ecologicamente corretas.<\/p>\n

A for\u00e7a da opini\u00e3o do cliente e a motiva\u00e7\u00e3o de funcion\u00e1rios tamb\u00e9m tiveram suas bases formatadas na filosofia de uma Harley-Davidson. Quando estava crescendo e<\/p>\n

\"\"<\/a>
Cl\u00e1ssicas e inesquec\u00edveis!!!<\/figcaption><\/figure>\n

suamarca valorizando mais e mais a cada m\u00eas a empresa vendeu parte das suas a\u00e7\u00f5es para a AMF- American Foundry & Machine Corporation. Mal sabiam que por causa disso a Harley-Davidson iria passar pelos seus piores momentos. A \u00e2nsia do lucro a qualquer custo, diante do aumento vertiginoso das encomendas, fez muitas Harley-Davidson sa\u00edram de f\u00e1brica com a marca Harley-Davidson e AMF pintadas no tanque. O fato gerou revolta nos consumidores que consideravam aquilo um desrespeito. Mas o pior estava por vir. A pressa fez com que muitas motos fossem fabricadas com v\u00e1rios problemas, dentre eles, vazamentos constantes de \u00f3leo o que obrigava aos seus propriet\u00e1rios a andar com kit de ferramentas. Para piorar, as motos japonesas come\u00e7avam a entrar e a tomar boa parte do mercado americano, trabalhando exatamente em cima das falhas da Harley. O pesadelo durou quase 11 anos. Mas a Harley-Davidson deu a volta por cima. Beals e outros 12 executivos, incluindo William G. Davidson, neto de William Davidson, tornaram-se propriet\u00e1rios da Harley-Davidson. O neg\u00f3cio se deu em 1980. A recompra das a\u00e7\u00f5es trouxe de volta em menos de tr\u00eas anos, a confiabilidade. Mas os bancos ainda ajudariam a complicar este retorno aos bons tempos. Dois bancos credores da empresa, numa atitude infeliz provocada por avalia\u00e7\u00f5es erradas, quase faliram a Harley-Davidson ao retirarem seu apoio financeiro. Mas os outros tr\u00eas bancos, dos cinco que financiaram a recompra das a\u00e7\u00f5es, mantiveram-se fi\u00e9is e tiveram seu dinheiro de volta e muito mais. Os funcion\u00e1rios puderam comprar as a\u00e7\u00f5es da empresa e deixaram de sentir meros rob\u00f4s de linha de montagem e ganharam o direito de parar uma linha caso aparecesse qualquer risco de defeito de fabrica\u00e7\u00e3o (isso n\u00e3o se parece com a qualidade total?). A hist\u00f3ria da marca, a satisfa\u00e7\u00e3o do cliente e a dignidade dos funcion\u00e1rios foi recuperada. Foram os oper\u00e1rios os que mais vibraram pois sempre se viram como artes\u00e3os. Assim, os funcion\u00e1rios, agora acionistas, voltaram a produzir motos com estilo.<\/p>\n

O design tamb\u00e9m ganhou mais vida. Numa aposta inteligente os donos da Harley-Davidson investiram num conceito bem diferente da tend\u00eancia. Valorizaram um projeto cl\u00e1ssico em cores b\u00e1sicas, tanque em formato de cabe\u00e7a-de-boi e um incremento de pe\u00e7as cromadas. Para William G. Davidson eles n\u00e3o produziam uma moto qualquer, eles fabricavam uma obra de arte sobre rodas. Segundo ele \u201cse dissermos aos nossos engenheiros para criar uma motocicleta que fosse ao mesmo tempo r\u00e1pida e econ\u00f4mica a um custo razo\u00e1vel, eles nos trariam um modelo igual a todos os outros j\u00e1 existentes no mercado. Mas n\u00f3s temos que fazer uma m\u00e1quina que mexa com voc\u00ea, assim que voc\u00ea coloque os olhos nela\u201d. Era o fetiche do design que aliado ao barulho do seu motor com a for\u00e7a da sua hist\u00f3ria que faziam as pessoas sonharem. Ainda hoje \u00e9 assim. N\u00e3o existe moda nem tend\u00eancia de design. Por fora o visual \u00e9 low-tech, antigo, cl\u00e1ssico. Por dentro, um motor extremamente confi\u00e1vel e robusto. \u00c9 o efeito Harley-Davidson que faz com que a grande maioria das pessoas parem o que est\u00e3o fazendo para olhar para a moto, independente de quem a esteja pilotando. A sensa\u00e7\u00e3o que se tem \u00e9 que para o esp\u00edrito de uma Harley o piloto \u00e9 apenas mais um acess\u00f3rio. Mas a maior vit\u00f3ria foi quando os seus funcion\u00e1rios e diretores passaram a ser os donos da marca pela qual tanto lutaram para preservar e proteger, juntamente com os seus milhares de apaixonados usu\u00e1rios no mundo todo.<\/p>\n

Para William G. Davidson a Harley-Davidson voltou a ser o que sempre foi: uma grande fam\u00edlia.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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