Cl\u00e1ssicas e inesquec\u00edveis!!!<\/figcaption><\/figure>\nsuamarca valorizando mais e mais a cada m\u00eas a empresa vendeu parte das suas a\u00e7\u00f5es para a AMF- American Foundry & Machine Corporation. Mal sabiam que por causa disso a Harley-Davidson iria passar pelos seus piores momentos. A \u00e2nsia do lucro a qualquer custo, diante do aumento vertiginoso das encomendas, fez muitas Harley-Davidson sa\u00edram de f\u00e1brica com a marca Harley-Davidson e AMF pintadas no tanque. O fato gerou revolta nos consumidores que consideravam aquilo um desrespeito. Mas o pior estava por vir. A pressa fez com que muitas motos fossem fabricadas com v\u00e1rios problemas, dentre eles, vazamentos constantes de \u00f3leo o que obrigava aos seus propriet\u00e1rios a andar com kit de ferramentas. Para piorar, as motos japonesas come\u00e7avam a entrar e a tomar boa parte do mercado americano, trabalhando exatamente em cima das falhas da Harley. O pesadelo durou quase 11 anos. Mas a Harley-Davidson deu a volta por cima. Beals e outros 12 executivos, incluindo William G. Davidson, neto de William Davidson, tornaram-se propriet\u00e1rios da Harley-Davidson. O neg\u00f3cio se deu em 1980. A recompra das a\u00e7\u00f5es trouxe de volta em menos de tr\u00eas anos, a confiabilidade. Mas os bancos ainda ajudariam a complicar este retorno aos bons tempos. Dois bancos credores da empresa, numa atitude infeliz provocada por avalia\u00e7\u00f5es erradas, quase faliram a Harley-Davidson ao retirarem seu apoio financeiro. Mas os outros tr\u00eas bancos, dos cinco que financiaram a recompra das a\u00e7\u00f5es, mantiveram-se fi\u00e9is e tiveram seu dinheiro de volta e muito mais. Os funcion\u00e1rios puderam comprar as a\u00e7\u00f5es da empresa e deixaram de sentir meros rob\u00f4s de linha de montagem e ganharam o direito de parar uma linha caso aparecesse qualquer risco de defeito de fabrica\u00e7\u00e3o (isso n\u00e3o se parece com a qualidade total?). A hist\u00f3ria da marca, a satisfa\u00e7\u00e3o do cliente e a dignidade dos funcion\u00e1rios foi recuperada. Foram os oper\u00e1rios os que mais vibraram pois sempre se viram como artes\u00e3os. Assim, os funcion\u00e1rios, agora acionistas, voltaram a produzir motos com estilo.<\/p>\n
O design tamb\u00e9m ganhou mais vida. Numa aposta inteligente os donos da Harley-Davidson investiram num conceito bem diferente da tend\u00eancia. Valorizaram um projeto cl\u00e1ssico em cores b\u00e1sicas, tanque em formato de cabe\u00e7a-de-boi e um incremento de pe\u00e7as cromadas. Para William G. Davidson eles n\u00e3o produziam uma moto qualquer, eles fabricavam uma obra de arte sobre rodas. Segundo ele \u201cse dissermos aos nossos engenheiros para criar uma motocicleta que fosse ao mesmo tempo r\u00e1pida e econ\u00f4mica a um custo razo\u00e1vel, eles nos trariam um modelo igual a todos os outros j\u00e1 existentes no mercado. Mas n\u00f3s temos que fazer uma m\u00e1quina que mexa com voc\u00ea, assim que voc\u00ea coloque os olhos nela\u201d. Era o fetiche do design que aliado ao barulho do seu motor com a for\u00e7a da sua hist\u00f3ria que faziam as pessoas sonharem. Ainda hoje \u00e9 assim. N\u00e3o existe moda nem tend\u00eancia de design. Por fora o visual \u00e9 low-tech, antigo, cl\u00e1ssico. Por dentro, um motor extremamente confi\u00e1vel e robusto. \u00c9 o efeito Harley-Davidson que faz com que a grande maioria das pessoas parem o que est\u00e3o fazendo para olhar para a moto, independente de quem a esteja pilotando. A sensa\u00e7\u00e3o que se tem \u00e9 que para o esp\u00edrito de uma Harley o piloto \u00e9 apenas mais um acess\u00f3rio. Mas a maior vit\u00f3ria foi quando os seus funcion\u00e1rios e diretores passaram a ser os donos da marca pela qual tanto lutaram para preservar e proteger, juntamente com os seus milhares de apaixonados usu\u00e1rios no mundo todo.<\/p>\n
Para William G. Davidson a Harley-Davidson voltou a ser o que sempre foi: uma grande fam\u00edlia.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Depois da guerra, os principais compradores das Harley\u00b4s foram os ex-combatentes (alguma coisa semelhante com a propaganda boca-em-boca?).<\/p>\n","protected":false},"author":22,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[475,14],"tags":[150,586,1491],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/206806"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/22"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=206806"}],"version-history":[{"count":21,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/206806\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":207167,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/206806\/revisions\/207167"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=206806"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=206806"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=206806"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}