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<\/a>Um dos temas que esquentaram os debates no 9\u00ba Congresso Brasileiro de Gest\u00e3o do Conhecimento – KM BRASIL 2010, foi o uso das redes sociais. Numa coisa todos concordam: no trabalho ou na vida, tomar parte de um grupo virtual de informa\u00e7\u00f5es requer estrat\u00e9gia, cuidado e muita aten\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Houve um tempo em que o destaque nas organiza\u00e7\u00f5es era a produ\u00e7\u00e3o, depois o cr\u00e9dito passou para a \u00e1rea de vendas e, consequentemente, ao setor de marketing. Muito recentemente, a \u201cmenina dos olhos\u201d das institui\u00e7\u00f5es passou a ser a \u00e1rea de tecnologia. Hoje, em plena Era da Informa\u00e7\u00e3o, a vedete \u00e9 o conhecimento e a forma com que esse saber \u00e9 alimentado. Nesse aspecto, as m\u00eddias e as redes sociais ganham aten\u00e7\u00e3o especial, por serem os canais mais r\u00e1pidos por onde circulam as informa\u00e7\u00f5es. O tema foi discutido durante o 9\u00ba Congresso Brasileiro de Gest\u00e3o do Conhecimento – KM BRASIL 2010. \u201cMuitas pessoas confundem m\u00eddias sociais com redes sociais, quando na verdade, as m\u00eddias s\u00e3o os ve\u00edculos que fazem a informa\u00e7\u00e3o circular e as redes s\u00e3o as conex\u00f5es formadas entre as pessoas\u201d, esclarece Luciano Palma, um dos palestrantes do painel \u201cGest\u00e3o do Conhecimento e M\u00eddias Sociais\u201d. J\u00e1 o conhecimento, segundo ele, se traduz pelas informa\u00e7\u00f5es processadas pelos participantes dessas redes.<\/p>\n Para o pesquisador, as redes sociais s\u00e3o semelhantes \u00e0s \u00e1guas de um rio, que contornam as barreiras para seguir o seu fluxo. De acordo com Palma, a informa\u00e7\u00e3o sempre procura o melhor caminho para chegar ao seu destino. \u201cA TI (Tecnologia da Informa\u00e7\u00e3o) deixou de ser o or\u00e1culo e j\u00e1 n\u00e3o pode mais ditar as regras\u201d, provoca. \u201cPara fluir, o processo n\u00e3o pode ser engessado, a intelig\u00eancia coletiva constr\u00f3i solu\u00e7\u00f5es mais efetivas\u201d, analisa.<\/p>\n Antes do advento da revolu\u00e7\u00e3o digital, as redes sociais eram divididas em 5 grupos: escolar, profissional, geogr\u00e1fico, social e casual. Essa realidade, no entanto mudou: \u201cAgora, estamos passando da economia dos \u00e1tomos para a dos bits. A informa\u00e7\u00e3o digital desconsidera as vari\u00e1veis – espa\u00e7o e dist\u00e2ncia. Tudo \u00e9 instant\u00e2neo\u201d, sugere Luciano Palma.<\/p>\n O palestrante explica que as pessoas se aglomeram em torno de interesses comuns. Existem pessoas que s\u00e3o mais centrais na rede e s\u00e3o capazes de disponibilizar as informa\u00e7\u00f5es para outros grupos sociais. \u201cO poder hoje \u00e9 medido pela atra\u00e7\u00e3o e pela relev\u00e2ncia. Passamos da ordem e do controle para o uso das tags, que facilitam a busca das informa\u00e7\u00f5es, ou seja, precisamos aprender a descentralizar os mecanismos reguladores e trabalhar com autonomia, sem perder o rumo\u201d, acredita.<\/p>\n J\u00e1 as preocupa\u00e7\u00f5es de Mario Costa, da IBM, s\u00e3o outras: a privacidade e a seguran\u00e7a da informa\u00e7\u00e3o. \u201cO usu\u00e1rio deve se conscientizar de que tudo que ele p\u00f5e na rede se torna p\u00fablico\u201d. Ele ensina: \u201cas pessoas s\u00e3o o elo fraco da seguran\u00e7a nas redes\u201d.<\/p>\n Para o profissional da IBM, \u201c\u00e9 necess\u00e1rio separar o trabalho da vida pessoal. \u00c9 preciso manter a confidencialidade dos dados da empresa\u201d, adverte. Costa diz ainda que quem quiser manter privacidade n\u00e3o deve entrar na Internet, pois, segundo ele \u201cd\u00e1 para rastrear tudo, principalmente, nas redes sociais abertas\u201d.<\/p>\n Mas como conciliar a estrat\u00e9gia das organiza\u00e7\u00f5es com as prioridades das pessoas? Ele prop\u00f5e que as empresas sugiram temas que busquem atingir as metas de seus neg\u00f3cios. \u201cNa IBM temos dois ambientes, um para qualquer tipo de assunto e outro para campanhas tem\u00e1ticas. Nesse, os profissionais participam com ideias e ajudam a encontrar solu\u00e7\u00f5es para algum problema espec\u00edfico\u201d.<\/p>\n Ao contr\u00e1rio de Palma, Mario Costa entende que a TI deve definir a maneira universalmente correta de usar as informa\u00e7\u00f5es. Pelo visto a pol\u00eamica vai continuar por algum tempo, o importante \u00e9 saber que as redes sociais digitais vieram para ficar e aqueles que souberem tirar proveito de seus benef\u00edcios ser\u00e3o os vencedores do mercado competitivo.<\/p>\n O KM BRASIL 2010 foi promovido pela Sociedade Brasileira de Gest\u00e3o do Conhecimento (SBGC), em Gramado (RS). Nesta edi\u00e7\u00e3o, o tema principal do Congresso, que reuniu 500 participantes, \u00e9 \u201cGest\u00e3o do Conhecimento como Estrat\u00e9gia para um Mundo Sustent\u00e1vel\u201d.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Um dos temas que esquentaram os debates no 9\u00ba Congresso Brasileiro de Gest\u00e3o do Conhecimento – KM BRASIL 2010, foi o uso das redes sociais. Numa coisa todos concordam: no trabalho ou na vida, tomar parte de um grupo virtual de informa\u00e7\u00f5es requer estrat\u00e9gia, cuidado e muita aten\u00e7\u00e3o. Houve um tempo em que o destaque …<\/p>\n
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