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5\/11\/2011 no Jornal Di\u00e1rio de Cuiab\u00e1 –\u00a0<\/strong>Estat\u00edstica divulgada pelo Minist\u00e9rio da Sa\u00fade mostra que, por incr\u00edvel que pare\u00e7a, motociclistas t\u00eam menos chance de morrer no tr\u00e2nsito. \u00a0Apesar da sensa\u00e7\u00e3o contr\u00e1ria, andar de moto em Mato Grosso ainda \u00e9 mais seguro do que de carro ou, para ser mais preciso, menos perigoso. \u00c9 isso que se pode constatar a partir da an\u00e1lise dos n\u00fameros do Sistema de Informa\u00e7\u00f5es de Mortalidade (SIM), divulgados ontem (5\/11\/2011)<\/strong> pelo Minist\u00e9rio da Sa\u00fade.<\/p>\n
No ano passado, 1.085 pessoas morreram v\u00edtimas de acidentes automobil\u00edsticos em Mato Grosso. Deste total, 379 (ou 34,93%) foram mortas no banco de uma moto.<\/p>\n
Ocorre que a frota de motocicletas e motonetas no Estado chegava, em 2010, a 507.033, o que representa 42,03% do total de ve\u00edculos rodando, que \u00e9 1.206.228.\u00a0Fazendo a compara\u00e7\u00e3o entre frota de carros e de motos – e em seguida relacionando com o \u00edndice de mortalidade de cada tipo de ve\u00edculo, a conclus\u00e3o \u00e9 que a moto \u00e9 mais segura. Isso porque o n\u00famero de motos em rela\u00e7\u00e3o ao total de ve\u00edculos \u00e9 menor do que o n\u00famero de mortes sobre duas rodas em rela\u00e7\u00e3o aos \u00f3bitos sobre quatro rodas.<\/p>\n
O n\u00famero de mortes em motos tamb\u00e9m cresceu em um ritmo menor que o da frota entre os anos de 2002 e 2010. Enquanto a quantidade de motocicletas registradas se elevou 213% no per\u00edodo \u2013 de 161.739 para 507.033 -, o total de \u00f3bitos foi \u201capenas\u201d 161% maior (de 145 para 379).\u00a0De acordo com o SIM, entre 2002 e 2010 o n\u00famero total de \u00f3bitos por acidentes com transporte terrestre cresceu 24% no Brasil: passou de 32.753 para 40.610 mortes anuais.<\/p>\n
Entre as regi\u00f5es, o maior percentual de aumento na quantidade de \u00f3bitos foi registrado no Norte (53%), seguido do Nordeste (48%), Centro-Oeste (22%), Sul (17%) e Sudeste (10%).\u00a0Os dados sobre motocicletas em outras regi\u00f5es do pa\u00eds se diferem dos de Mato Grosso, onde o crescimento no n\u00famero de mortes foi menor no per\u00edodo pesquisado.<\/p>\n
Em nove anos, os \u00f3bitos ocasionados por ocorr\u00eancias com motos mais que triplicaram na regi\u00e3o Sudeste, saltando de 940, em 2002, para 2.948, em 2010 \u2013 um crescimento de 214%. Os \u00f3bitos cresceram 165% no Nordeste, 158% no Centro-Oeste, 147% no Norte e 144% no Sul.\u00a0Em S\u00e3o Paulo, por exemplo, o aumento no n\u00famero de mortes em motocicletas foi de 364% no per\u00edodo de nove anos, enquanto em Mato Grosso este aumento foi de 161%. No Distrito Federal, a diferen\u00e7a chegou a 202%.<\/p>\n
Independentemente do meio de transporte, o n\u00famero de pessoas que morreram em acidentes nos \u00faltimos nove anos em Mato Grosso \u00e9 assustador. Neste per\u00edodo, nada menos que 8.131 pessoas perderam a vida em alguma colis\u00e3o.\u00a0Para o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, a fiscaliza\u00e7\u00e3o da Lei Seca pode, sim, reduzir o n\u00famero de acidentes no tr\u00e2nsito. \u201cHouve uma redu\u00e7\u00e3o de at\u00e9 30% nas regi\u00f5es que tiveram uma a\u00e7\u00e3o mais eficaz na fiscaliza\u00e7\u00e3o\u201d, disse ontem o ministro Alexandre Padilha.<\/p>\n
Ele refor\u00e7ou que o Minist\u00e9rio apoia projetos de lei em discuss\u00e3o no Congresso Nacional que aumentam a pena de motoristas que sejam identificados alcoolizados e a anula\u00e7\u00e3o de qualquer par\u00e2metro m\u00ednimo de n\u00edvel alco\u00f3lico ao volante.
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\nMat\u00e9ria publicada na edi\u00e7\u00e3o 13153 em 05\/11\/2011 no Jornal Di\u00e1rio de Cuiab\u00e1<\/wbr><\/p>\n