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{"id":213918,"date":"2011-12-19T16:25:41","date_gmt":"2011-12-19T18:25:41","guid":{"rendered":"http:\/\/www.luissucupira.com.br\/?p=213918"},"modified":"2011-12-19T16:48:12","modified_gmt":"2011-12-19T18:48:12","slug":"nordeste-o-motocross-e-a-nova-vaquejada","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/nordeste-o-motocross-e-a-nova-vaquejada\/","title":{"rendered":"Nordeste: O motocross \u00e9 a nova vaquejada?"},"content":{"rendered":"
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Terra \u00e1rida. Povo forte!<\/figcaption><\/figure>\n

Meio-dia. Sert\u00e3o Central do Cear\u00e1. Cidade de Quixel\u00f4. 42 graus de calor \u00e0 sombra a\u00e7oitando sem d\u00f3 nem piedade um ch\u00e3o vermelho de terra seca e pedregosa. Cen\u00e1rio perfeito para a tradicional pega do boi, que no Nordeste precedeu a tradi\u00e7\u00e3o da vaquejada.<\/p>\n

Se voc\u00ea pensa que eu estou falando de Vida e Morte Severina ou do cen\u00e1rio de Lampi\u00e3o e Maria Bonita ou de algum filme sobre vaqueiros e vaquejadas, est\u00e1 enganado. No meio deste cen\u00e1rio um som semelhante a uma invas\u00e3o de milhares de mosquitos corta o sol na forma de silhuetas e quebra a aridez desse cen\u00e1rio cujo um novo tempo chegou trazendo homens vestidos com botas, capacetes, luvas, \u00a0caneleiras e cotoveleiras transformando-se no mais novo arqu\u00e9tipo do vaqueiro do sert\u00e3o: o motociclista de Motocross.<\/p>\n

A febre do MotoCross, que nasceu na B\u00e9lgica, ganhou o mundo e est\u00e1 fazendo sucesso no Sert\u00e3o Central do Cear\u00e1 vem desbancando a vaquejada e atraindo milhares de pessoas para assistir as provas que se realizam a cada 15 dias.<\/p>\n

Fazenda Mundo Novo, Quixel\u00f4, Cear\u00e1, distante cerca de 320 km de Fortaleza. Bem no meio do Sert\u00e3o Central do Cear\u00e1 aconteceu o 1\u00ba. Supercross. Gente de todos os lugares da regi\u00e3o chegava rebocando suas motos para uma corrida que ainda iria come\u00e7ar.<\/p>\n

O paddock ou corredor de tendas<\/strong><\/p>\n

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A pega do boi que originou a vaquejada.<\/figcaption><\/figure>\n

Enquanto os pilotos chegavam, na maioria mec\u00e2nico, a fazenda Mundo Novo convivia duas situa\u00e7\u00f5es completamente distintas. De um lado o pessoal no paddock (que aqui chamam de corredor das tendas) ajustando motos e pilotos na pista aquecendo para as primeiras baterias. No meio dessa confus\u00e3o de motos de v\u00e1rias cilindradas rodando e saltando estava o pessoal respons\u00e1vel, digamos, por, literalmente, baixar a poeira aguando a terra repetidamente num misto de lama e p\u00f3.<\/p>\n

A infraestrutura tinha ambul\u00e2ncia, mas a habilidade dos pilotos gera outro fato interessante: N\u00e3o existem acidentes graves, no m\u00e1ximo pequenos arranh\u00f5es que em poucos dias desaparecem. Aqui acontece um fato que contradiz com as estat\u00edsticas de mortes por acidentes com motos: mesmo correndo, saltando, pulando, mesmo em motos adaptadas ningu\u00e9m morre ou sai gravemente ferido, pois s\u00e3o pilotos preparados e equipados. Essa prepara\u00e7\u00e3o faz toda a diferen\u00e7a entre ser perigoso pilotar uma moto e ser divertido andar de moto.<\/p>\n

A plat\u00e9ia e o gato \u2018Xinim\u2019!<\/strong><\/p>\n

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Onde est\u00e1 o gato 'Xinim'?<\/figcaption><\/figure>\n

Do outro lado estava o pessoal que veio para assistir a corrida. N\u00e3o precisa dizer que a cerveja, conhaque, cacha\u00e7a e o forr\u00f3 rolavam soltos. Se voc\u00ea estava no paddock n\u00e3o sofria com o som alto, pois estava contra o vento (que raramente aparecia para dar a gra\u00e7a do ar \u2013 escrito assim mesmo). \u00a0Foi quando eu tive a p\u00e9ssima ideia de ir buscar uma \u00e1gua e perceber o inferno que havia se transformado a \u00e1rea de plat\u00e9ia.<\/p>\n

Tinha tr\u00eas pared\u00f5es de som, cada um tocando um forr\u00f3 diferente a em um volume praticamente insuport\u00e1vel a ponto de ter que quase gritar com o pessoal da barraca para que pudessem entender que eu queria apenas \u00e1gua. Claro, alem do barulho, a mo\u00e7a deve ter estranhado o meu pedido, haja vista o que a maioria andava bebendo.<\/p>\n

Para piorar ainda mais a situa\u00e7\u00e3o, enquanto aguardava a \u00e1gua, al\u00e9m do calor extremo, tive que ouvir uma m\u00fasica de forr\u00f3 que falava da saga de um dono de um gato que sumiu e que se chamava \u2018Xinim\u2019. Ou seja: o Gato \u2018Xinim\u2019 desapareceu da casa do cara e ele passava o tempo perguntando ao povo \u2018- Onde estava Xinim?\u2019 Eu n\u00e3o consegui descobrir o fim da est\u00f3ria de Xinim por que sai antes da m\u00fasica acabar, mas a plat\u00e9ia cantava e coro \u201conde est\u00e1 meu Xinim?\u201d. Na segunda vez que fui buscar \u00e1gua me deparei com outra m\u00fasica de refr\u00e3o f\u00e1lico onde a \u2018mocinha\u2019 tinha proposto ao cara que ele passasse leite condensado na barriga dela e depois ela PUXAVA e ele LAMBIA. Bom, gente, n\u00e3o precisa dizer que quando acelerava o refr\u00e3o a gente ouvia outra coisa que eu n\u00e3o ouso escrever aqui.<\/p>\n

Nada de blues e rock. Ali\u00e1s, quem estava ficando blues de tanto sol era eu. Mas enquanto n\u00e3o achavam \u2018Xinim, o gato\u2019, voltemos para a corrida.<\/p>\n

A categoria CG \u2013 motos Frankenstein<\/strong><\/p>\n

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A frebre do motocross no Nordeste do Brasil<\/figcaption><\/figure>\n

Eram tr\u00eas categorias. Nossa equipe iria correr na For\u00e7a Livre. Antes ter\u00edamos a iniciante com motos de at\u00e9 200 cilindradas e a categoria CG. Essa foi a que me chamou mais a aten\u00e7\u00e3o. Por ser a categoria mais disputada teve duas baterias classificat\u00f3rias e a final. O cen\u00e1rio era de outro mundo, muito parecido com o do Filme Mad Max. As motos dessa categoria s\u00e3o adaptadas, reformadas, mexidas, remendadas, transplantadas enfim, estilo Frankenstein (quem sabe, talvez tenha sido por isso que Xinim, o gato; fugiu de casa).<\/p>\n

O mais interessante \u00e9 que elas andavam muito para uma CG, mas melhor foi mesmo ver os pilotos domando esses monstros adaptados numa mistura de criatividade, ousadia e muita coragem. A maioria dos pilotos de MotoCross na regi\u00e3o \u00e9 formada por mec\u00e2nicos e na falta de condi\u00e7\u00f5es financeiras para adquirir uma moto de competi\u00e7\u00e3o eles fazem as suas pr\u00f3prias m\u00e1quinas.<\/p>\n

Uma mistura diferente…<\/strong><\/p>\n

Esses eventos, ainda carentes de boa organiza\u00e7\u00e3o, est\u00e3o se multiplicando e com ele o n\u00famero de pessoas. \u00c9 Motocross com forr\u00f3 e pagode, uma receita um tanto estranha e esquisita, mas que aqui funciona muito bem e \u00e9 sucesso de p\u00fablico.<\/p>\n

Algumas coisas s\u00e3o muito engra\u00e7adas como tudo o que se refere ao nordeste. Numa dessas baterias o locutor come\u00e7ou a enaltecer as oficinas que haviam preparado as motos que estavam na frente, mas algumas dessas motos quebravam e come\u00e7avam a serem ultrapassadas. Ele, empolgado, dizia: \u201d- Fulano preparou sua moto na Tal Motos… Veja galera…. A moto do fulano est\u00e1 quebrando… Vai parando e perdendo posi\u00e7\u00f5es… Ele preparou essa moto na Tal Motos.. mas est\u00e1 parando, a moto est\u00e1 com dificuldades…!\u201d N\u00e3o precisa dizer que esse \u00e9 uma \u00f3tima forma de acabar com a clientela da Tal Motos, n\u00e3o acha?<\/p>\n

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A vaquejada!<\/figcaption><\/figure>\n

Uma coisa \u00e9 certa. Depois que as quatro patas foram substitu\u00eddas por duas rodas e que estas conquistaram o nordeste, a vaquejada come\u00e7a a ficar em segundo plano. Al\u00e9m dos custos que s\u00e3o muito superiores para participar de corridas como essas, a vaquejada precisa de pelo menos tr\u00eas dias para se realizar \u2013 \u00e9 quase como um carnaval rural. J\u00e1 o Motocross \u00e9 um evento que pode acontecer pela manh\u00e3 e depois voc\u00ea e sua moto voltam pra casa.<\/p>\n

Os tempos realmente est\u00e3o mudando e novas tradi\u00e7\u00f5es come\u00e7am a ocupar seu espa\u00e7o. A vaquejada nunca vai deixar de existir por que \u00e9 uma tradi\u00e7\u00e3o que nunca morre aqui. A gera\u00e7\u00e3o desses homens maravilhosos e suas m\u00e1quinas criativas e maravilhosas chegou para ficar e a tend\u00eancia \u00e9 que com o tempo se profissionalize e seja ainda mais emocionante.<\/p>\n

O tempo da pega do boi no mato como divers\u00e3o de amigos e vizinhos nos fins de semana passou. A vaquejada hoje acontece em menos lugares que antigamente, mas o esp\u00edrito do vaqueiro trocou de armadura, modernizou o cavalo e inaugurou um novo tempo que eu vi sendo gestado na fazenda Novo Mundo em Quixel\u00f4, Sert\u00e3o Central do Cear\u00e1.<\/p>\n

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