O cen\u00e1rio do cr\u00e9dito para financiamento de ve\u00edculos, em 2011, foi fortemente marcado pelas medidas macroprudenciais do Banco Central (BC) iniciadas em dezembro de 2010. Esta \u00e9 a avalia\u00e7\u00e3o da ANEF (Associa\u00e7\u00e3o Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) que consolidou o saldo das carteiras de financiamento para a aquisi\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos no ano: R$ 200,6 bilh\u00f5es, que representam um crescimento de 7,9% na compara\u00e7\u00e3o anual.<\/p>\n
O resultado aparentemente discreto \u2013 se confrontado com o crescimento recorde de 19,9% registrado em 2010 \u2013 est\u00e1 dentro das previs\u00f5es da ANEF do in\u00edcio de 2011. A entidade j\u00e1 projetava uma tend\u00eancia para o ano de crescimento em ritmo desacelerado e menor do que o obtido em 2010.<\/p>\n
As medidas restritivas do BC foram abrandadas em novembro, mas isto n\u00e3o foi suficiente para uma retomada da acelera\u00e7\u00e3o. \u201cAinda \u00e9 cedo para afirmar que teremos uma mudan\u00e7a de cen\u00e1rio nos primeiros meses de 2012, de modo que as proje\u00e7\u00f5es para o ano mant\u00eam-se, por enquanto, no patamar de 8% a 10% de crescimento\u201d, afirma D\u00e9cio Carbonari de Almeida, presidente da ANEF.<\/p>\n
Do saldo total registrado em 2011, R$ 172,9 bilh\u00f5es correspondem \u00e0 carteira de CDC, que registrou crescimento de 23,2% sobre 2010 (R$ 140,3 bilh\u00f5es). J\u00e1 o Leasing fechou o ano em queda de 39,3%, passando de R$ 45,6 bilh\u00f5es em dezembro de 2010 para R$ 27,7 bilh\u00f5es em dezembro de 2011.<\/p>\n
As vendas \u00e0 vista representaram 38% do total de ve\u00edculos leves e comerciais leves. A op\u00e7\u00e3o pelo CDC foi a prefer\u00eancia de 50% dos compradores, enquanto o Cons\u00f3rcio representou 7% das escolhas. O leasing, em queda acentuada, foi a modalidade de menor ades\u00e3o com apenas 5%.\u00a0 Nas vendas de ve\u00edculos comerciais (\u00f4nibus e caminh\u00f5es), o Finame lidera com 70% da prefer\u00eancia, seguido do CDC (13%), vendas \u00e0 vista (12%), Leasing (3%) e Cons\u00f3rcio (2%).<\/p>\n
Na aquisi\u00e7\u00e3o de motocicletas, as modalidades mantiveram praticamente os mesmos \u00edndices de 2010. O financiamento lidera as prefer\u00eancias do consumidor com 52%, enquanto o Cons\u00f3rcio ficou com 27%. Vendas \u00e0 vista de motocicletas representaram 21% das op\u00e7\u00f5es. O leasing ficou abaixo de 1% neste segmento.<\/p>\n
Inadimpl\u00eancia<\/strong> \u201cO consumidor nem sempre est\u00e1 suficientemente bem informado antes de assumir um financiamento, esquecendo-se de que o ve\u00edculo acarreta outras despesas al\u00e9m da presta\u00e7\u00e3o mensal, tais como IPVA, combust\u00edvel, ped\u00e1gio e custos com manuten\u00e7\u00e3o peri\u00f3dica\u201d, afirma Carbonari. O executivo ressalta que as institui\u00e7\u00f5es financeiras cumprem um papel importante de esclarecer o consumidor e somente conceder cr\u00e9dito a pessoas que realmente t\u00eam condi\u00e7\u00f5es de assumi-lo.<\/p>\n \u201c\u00c9 importante ressaltar que, sob o aspecto financeiro, n\u00e3o \u00e9 interessante para os bancos reaverem os bens por conta de inadimpl\u00eancia\u201d, afirma o presidente, lembrando que na maior parte dos casos os ve\u00edculos retomados chegam depreciados, desgastados e com d\u00e9bitos de IPVA e multas.<\/p>\n Planos e prazos de financiamento<\/strong> Fundada em 1993, a ANEF representa as suas marcas associadas junto aos \u00f3rg\u00e3os do governo, de entidades de classe e associa\u00e7\u00f5es cong\u00eaneres, divulga, esclarece e presta informa\u00e7\u00f5es tanto \u00e0 imprensa quanto aos consumidores em geral sobre as modalidades de financiamentos \u2013 CDC (Cr\u00e9dito Diretor ao Consumidor), Finame, Leasing e Cons\u00f3rcio \u2013, nos segmentos autom\u00f3veis, \u00f4nibus, caminh\u00f5es e motocicletas. A entidade representa, hoje, 14 marcas e suas respectivas estruturas de servi\u00e7os financeiros, incluindo bancos, empresas de arrendamento mercantil e administradoras de cons\u00f3rcios vinculados \u00e0 ind\u00fastria automotiva.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O cen\u00e1rio do cr\u00e9dito para financiamento de ve\u00edculos, em 2011, foi fortemente marcado pelas medidas macroprudenciais do Banco Central (BC) iniciadas em dezembro de 2010. Esta \u00e9 a avalia\u00e7\u00e3o da ANEF (Associa\u00e7\u00e3o Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) que consolidou o saldo das carteiras de financiamento para a aquisi\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos no ano: R$ 200,6 …<\/p>\n
\nDestaque negativo de 2011, o saldo de inadimpl\u00eancia acima de 90 dias no CDC para pessoa f\u00edsica chegou \u00e0 marca de 5% do saldo da carteira, um aumento de 2,5 pontos percentuais na compara\u00e7\u00e3o com 2010. Para a ANEF, este cen\u00e1rio est\u00e1 acima das expectativas, por\u00e9m sob controle. A inadimpl\u00eancia no financiamento de ve\u00edculos segue abaixo do \u00edndice de atraso total de empr\u00e9stimos para pessoas f\u00edsicas, que \u00e9 de 7,1%.<\/p>\n
\nNos contratos firmados em 2011, a m\u00e9dia dos planos de financiamento foi de 41 meses. Em 2010, esta m\u00e9dia foi 44 meses. O plano m\u00e1ximo oferecido pelas institui\u00e7\u00f5es permaneceu em 60 meses.<\/p>\n
\n