Motos:<\/strong>\u00a0O segmento de duas rodas registrou queda de 20,20% em abril no comparativo com mar\u00e7o. Foram emplacadas 132.227 unidades contra 165.688 motos, respectivamente. Em rela\u00e7\u00e3o a abril de 2011, este setor apresentou retra\u00e7\u00e3o de 9,50%.<\/p>\n Diante da atual conjuntura, com aumento da inadimpl\u00eancia e a restri\u00e7\u00e3o para a concess\u00e3o de cr\u00e9dito, a entidade rev\u00ea suas proje\u00e7\u00f5es para o mercado automotivo e prev\u00ea crescimento de 3,5% nas vendas de autom\u00f3veis e comerciais leves para 2012.<\/p>\n A Fenabrave \u2013 Federa\u00e7\u00e3o Nacional da Distribui\u00e7\u00e3o de Ve\u00edculos Automotores, entidade que representa cerca de 7 mil Concession\u00e1rios de ve\u00edculos no Brasil, apresentou em sua sede, em S\u00e3o Paulo, o desempenho do setor no m\u00eas de abril\/2012 e acumulado do ano. Na oportunidade, a entidade reviu as proje\u00e7\u00f5es para o ano, que sofreu altera\u00e7\u00f5es devido \u00e0 atual conjuntura econ\u00f4mica do Pa\u00eds.<\/p>\n De acordo com o levantamento feito pela entidade, o setor de distribui\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos (autom\u00f3veis, comerciais leves, caminh\u00f5es, \u00f4nibus, motos, implementos rodovi\u00e1rios e outros meios de transporte, como carretinhas para moto-aqu\u00e1tica) apresentou queda de 15,96% no m\u00eas de abril na compara\u00e7\u00e3o com mar\u00e7o (foram emplacados 406.496 no m\u00eas passado contra 483.688 em mar\u00e7o). Na compara\u00e7\u00e3o entre os meses de abril 2011 e 2012, o setor registrou retra\u00e7\u00e3o de 9,95%. \u201cEsta queda se deve \u00e0 maior restri\u00e7\u00e3o ao cr\u00e9dito para a compra de um ve\u00edculo novo. Os bancos est\u00e3o mais criteriosos na avalia\u00e7\u00e3o cadastral gra\u00e7as ao aumento da inadimpl\u00eancia no setor, que cresceu nos \u00faltimos meses e chegou a 5,7% no m\u00eas de mar\u00e7o\u201d, avalia o presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti.<\/p>\n Com este cen\u00e1rio, a entidade reviu as proje\u00e7\u00f5es de crescimento para o ano. De acordo com a Fenabrave, 2012 deve encerrar com 5.762.871 unidades comercializadas em todos os segmentos. Este valor representa crescimento de 3,4% com rela\u00e7\u00e3o ao volume registrado em 2011 (5.573.499 unidades). No in\u00edcio do ano, a entidade previa crescimento de 5,76% para o setor.<\/p>\n Para os segmentos de autom\u00f3veis e comerciais leves, espera-se aumento de 3,50% nos emplacamentos na compara\u00e7\u00e3o com 2011, totalizando 3.545.584 milh\u00f5es de unidades (a previs\u00e3o anterior era de 4,5%). J\u00e1 o setor de caminh\u00f5es dever\u00e1 contabilizar 177.149 mil unidades, com evolu\u00e7\u00e3o de 2,6% (9,6% era a previs\u00e3o no in\u00edcio do ano), enquanto o segmento de \u00f4nibus dever\u00e1 crescer 13,5% \u2013 estimando vender 39.440 mil unidades (previs\u00e3o anterior era de 14,3%). J\u00e1 o setor de duas rodas deve encerrar 2012 com crescimento de 3,1%, com 2.000.698 unidades comercializadas. A proje\u00e7\u00e3o anterior para o segmento era de crescimento de 7,5%.<\/p>\n An\u00e1lise Econ\u00f4mica<\/strong><\/p>\n Durante a coletiva de imprensa, a s\u00f3cia-diretora da MB Associados, Tereza Fernandez, apresentou dados sobre o cen\u00e1rio econ\u00f4mico nacional e comentou sobre as raz\u00f5es que levaram o governo a adotar o Regime Automotivo, assim como falou sobre as perspectivas do setor industrial brasileiro. Segundo ela, o PIB brasileiro deve chegar a 3% de crescimento este ano. Este valor \u00e9 0,5% inferior ao projetado no in\u00edcio de 2012 pela consultoria. \u201cTal resultado, ainda de crescimento, se deve \u00e0 confian\u00e7a que temos na economia durante o segundo semestre. E a ind\u00fastria interfere diretamente neste resultado\u201d, comenta a economista, completando que o aumento da massa salarial na segunda metade do ano pode ajudar no resultado do PIB.<\/p>\n Tereza Fernandez informou que o brasileiro se endividou bastante nos \u00faltimos anos. Para que esta massa volte a comprar, a s\u00f3cia-diretora da MB disse que \u00e9 necess\u00e1rio, em primeiro lugar, sanar as d\u00edvidas para a\u00ed sim voltar ao consumo. \u201cA m\u00e9dio prazo, as fam\u00edlias\u00a0 voltar\u00e3o a consumir, por\u00e9m em menor volume. O consumo no Brasil ter\u00e1 um avan\u00e7o mais lento\u201d, disse.<\/p>\n Com rela\u00e7\u00e3o ao setor automotivo, a MB Associados prev\u00ea, ainda, um crescimento nas importa\u00e7\u00f5es, mesmo com o aumento do IPI para ve\u00edculos provenientes fora do eixo Mercosul-M\u00e9xico. \u201cO consumidor quer um ve\u00edculo com maior motoriza\u00e7\u00e3o e com pre\u00e7os que caibam em seu or\u00e7amento. Os fabricantes de outros pa\u00edses trazem esses ve\u00edculos com pre\u00e7os competitivos\u201d, argumentou. Para Tereza Fernandez, a ind\u00fastria automotiva brasileira n\u00e3o acompanhou o ritmo de consumo, o que gerou maior demanda e menos produtos dispon\u00edveis.<\/p>\n De acordo com a MB Associados, \u00a0um dos fatores do arrefecimento do mercado de autom\u00f3veis nos \u00faltimos meses \u00e9 a perda do valor patrimonial dos ve\u00edculos, decorrente da abertura do spread entre o produto novo e seminovo. \u201cAl\u00e9m disso, elevou-se o custo da manuten\u00e7\u00e3o, o cr\u00e9dito ficou mais restrito e o consumidor mudou o seu perfil de compra\u201d, analisou Tereza que complementou: \u201cA inadimpl\u00eancia precisa cair para o cr\u00e9dito voltar ao setor automotivo\u201d, conclui Fernandez.<\/p>\n Segundo a economista, as vendas de autom\u00f3veis e comerciais leves cresceram mais de 60% nos \u00faltimos cinco anos e um aumento exponencial como este n\u00e3o se manteria eternamente. \u201cJ\u00e1 falamos sobre isso anteriormente. O mercado automotivo n\u00e3o tinha como sustentar aumentos sucessivos. A tend\u00eancia j\u00e1 era de modera\u00e7\u00e3o no crescimento\u201d, avalia a s\u00f3cia-diretora da MB Associados.<\/p>\n Segundo levantamento feito pela Consultoria, a ind\u00fastria automotiva apresentou retra\u00e7\u00e3o de 28% apenas no \u00faltimo trimestre de 2011. \u201cA ind\u00fastria est\u00e1 com problemas, n\u00e3o adianta apenas culpar o c\u00e2mbio ou ordenar baixa na taxa de juros. O governo deve agir no sentido de garantir a competitividade do Pa\u00eds. \u00c9 isso o que trar\u00e1 de volta o crescimento\u201d, finaliza Fernandez.<\/p>\n Confira, abaixo, o desempenho do setor em cada segmento:<\/em><\/p>\n Autom\u00f3veis e Comerciais Leves: O volume de vendas de autom\u00f3veis e comerciais leves somou 244.853 unidades em abril. Houve queda de 13,82% se comparados aos 284.121 ve\u00edculos comercializados em mar\u00e7o. Na compara\u00e7\u00e3o com abril\/2011 (272.882 unidades), os segmentos registraram retra\u00e7\u00e3o de 10,27%.<\/p>\n Caminh\u00f5es e \u00d4nibus: Os emplacamentos de caminh\u00f5es tiveram queda de 18,58% na compara\u00e7\u00e3o com mar\u00e7o. Foram licenciados 10.842 unidades em abril, contra 13.316 caminh\u00f5es no m\u00eas anterior. Na compara\u00e7\u00e3o com abril de 2011, quando foram negociadas 13.514 unidades, o setor registrou queda de 19,77%.<\/p>\n O segmento de \u00f4nibus apresentou retra\u00e7\u00e3o de 30,06% no m\u00eas de abril. Foram emplacadas 2.180 unidades, contra 3.117 em mar\u00e7o. Na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo de 2011 (2.776 unidades), o segmento tamb\u00e9m registrou queda de 21,47%.<\/p>\n Os setores de caminh\u00f5es e \u00f4nus, juntos, apresentaram queda de 20,76%, no comparativo entre mar\u00e7o e abril, e retra\u00e7\u00e3o de 20,06% na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/p>\n Implementos Rodovi\u00e1rios: Foram vendidas 4.468 unidades em abril contra 4.690 em mar\u00e7o, este setor apresentou queda de 4,73%.<\/p>\n Outros Ve\u00edculos: Outros ve\u00edculos, como carretinhas de transporte de moto-aqu\u00e1tica, motos, etc, registraram queda de 13,32% em abril. Foram comercializadas 6.945 unidades no quarto m\u00eas de 2012, contra 8.012 em mar\u00e7o.<\/p>\n ***<\/p>\n MCE- Mazzuchini Comunica\u00e7\u00e3o e Eventos S\/C Ltda.<\/p>\n
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