Por M\u00e1rio S\u00e9rgio Figueredo.<\/strong><\/p>\n

Al\u00e9m de ser motociclista, outro grande prazer que tenho na vida \u00e9 a gastronomia, n\u00e3o aquela apenas para matar a fome, mas outra, que entende a culin\u00e1ria como uma arte e um dom divino que merece ser apreciada com paladar apurado, buscando toda a ess\u00eancia dos ingredientes utilizados na constru\u00e7\u00e3o do prato.<\/p>\n

E tento conciliar esses dois prazeres quando viajo de moto, procurando lugares onde a comida seja boa, como um restaurante que paramos para almo\u00e7ar \u00e0s margens da BR 116, quando eu e alguns amigos motonliners fomos at\u00e9 Urubici e \u00e0 Serra do Rio do Rastro, onde pudemos saborear uma codorna assada espetacular.<\/p>\n

Nos grandes centros \u00e9 f\u00e1cil achar lugares onde a comida \u00e9 primorosa, desde que se esteja disposto a pagar muito por esse prazer. Inusitado \u00e9 encontrar bons restaurantes onde menos se espera, principalmente em lugares interioranos durante os rol\u00e9s de moto.<\/p>\n

Em outra ocasi\u00e3o, descobri por acaso um restaurante de comida t\u00edpica alem\u00e3 no Munic\u00edpio de Pirabeiraba (SC), ao p\u00e9 da Estrada Dona Francisca, rodovia SC-301, que liga S\u00e3o Bento do Sul \u00e0 BR-101. Paramos apenas para tomar uma coca e acabamos esperando mais de uma hora at\u00e9 que iniciasse o hor\u00e1rio do almo\u00e7o. Valeu a pena, comemos um inesquec\u00edvel Marreco Recheado e Carne de Porco, ambos assados e muito saborosos, acompanhados de maionese caipira, feita \u00e0 moda antiga e verduras colhidas na horta do restaurante. Ah, vale mencionar que os marrecos eram criados na propriedade.<\/p>\n

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Rod\u00edzio de carnes \u00e9 muito f\u00e1cil de encontrar em restaurantes \u00e0 beira das estradas<\/p>\n

A grande constata\u00e7\u00e3o \u00e9 a de que n\u00e3o s\u00e3o os restaurantes mais sofisticados que servem a melhor comida. Ao contr\u00e1rio, j\u00e1 comi em verdadeiras espeluncas comidas maravilhosas. Certa vez no Munic\u00edpio de Eldorado Paulista (SP), vi-me obrigado a pernoitar na cidade, mas antes tinha que matar a fome que estava me matando, j\u00e1 que n\u00e3o tinha almo\u00e7ado. Na cidade o \u00fanico \u201crestaurante\u201d era um bar, onde cheguei ap\u00f3s as 20 horas. Se olhasse mais atentamente o ambiente, certamente teria feito meia volta e continuado com fome, mas encarei o sacrif\u00edcio.<\/p>\n

Que decis\u00e3o acertada: fui servido de chuletas de porco rec\u00e9m-sacrificado, fritas na banha do mesmo animal, mais os acompanhamentos de praxe. Nem preciso dizer que sa\u00ed de l\u00e1 com a barriga cheia e um baita sorriso de satisfa\u00e7\u00e3o na face. E foram muitas as situa\u00e7\u00f5es semelhantes que trouxeram surpresas muito agrad\u00e1veis. Claro que tiveram as ruins tamb\u00e9m mas essas eu n\u00e3o quero lembrar.<\/p>\n

Todo mundo que vive na estrada diz que para achar um bom restaurante de beira de estrada \u00e9 s\u00f3 olhar a quantidade de caminh\u00f5es no p\u00e1teo do posto e isso \u00e9 a mais pura verdade, pois caminhoneiro sabe das coisas. Se observar muitos caminh\u00f5es parados, pode almo\u00e7ar ou jantar que a satisfa\u00e7\u00e3o \u00e9 garantida e o pre\u00e7o \u00e9 razo\u00e1vel. Falo muito em pre\u00e7o pois sei que ningu\u00e9m gosta de jogar dinheiro fora. Nem eu. Fuja \u00e9 das paradas de \u00f4nibus, essas, tradicionalmente servem comida de baixa qualidade, com pre\u00e7o para \u201cturista\u201d.<\/p>\n

Eu me considero um ca\u00e7ador da boa comida, simples mas saborosa, a pre\u00e7o justo, com os temperos na medida certa e feita com o mesmo carinho que minha m\u00e3e dedicava \u00e0 minha alimenta\u00e7\u00e3o quando crian\u00e7a.\u00a0Claro que isso acaba trazendo uns quilinhos a mais, mas como tudo na vida, comer bem tamb\u00e9m tem seu pre\u00e7o.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Sabendo procurar \u00e9 f\u00e1cil comer bem com pouco dinheiro<\/p>\n","protected":false},"author":23,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[1340,14],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/214683"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/23"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=214683"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/214683\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":215507,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/214683\/revisions\/215507"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=214683"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=214683"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=214683"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}