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{"id":214728,"date":"2013-01-08T11:47:07","date_gmt":"2013-01-08T13:47:07","guid":{"rendered":"http:\/\/www.luissucupira.com.br\/?p=214728"},"modified":"2013-01-18T10:31:46","modified_gmt":"2013-01-18T12:31:46","slug":"aventura-caldeirao-de-santa-cruz-do-deserto-do-beato-jose-lourenco","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/aventura-caldeirao-de-santa-cruz-do-deserto-do-beato-jose-lourenco\/","title":{"rendered":"Aventura – Caldeir\u00e3o de Santa Cruz do Deserto ( do Beato Jos\u00e9 Louren\u00e7o)"},"content":{"rendered":"
\"JAN48461UP\"<\/a>
A chegada ao Caldeir\u00e3o \u00e9 pela colina onde ficava a casa o Beato. Da resid\u00eancia restaram apenas as principais madeiras de sustenta\u00e7\u00e3o. A capela ao fundo, reformada, mostra o desenvolvimento a que o lugar chegou.<\/figcaption><\/figure>\n

VISITE O BLOG 125CILINDRAVENTURAS<\/a><\/p>\n

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A primeira vez que ouvi sobre o Caldeir\u00e3o de Santa Cruz do Deserto foi nas minhas aulas de Hist\u00f3ria do Cear\u00e1, na voz calma do Professor Nelson Campos. Tempos depois li sobre o lugar na prosa l\u00edrica do livro
\nde Hist\u00f3ria do Cear\u00e1 do Professor Nelson, que me encantou e assustou.
\nEm um resumo breve e frio, copiado da wikip\u00e9dia:<\/p>\n

“O\u00a0Caldeir\u00e3o de Santa Cruz do Deserto<\/b>\u00a0foi um dos\u00a0movimentos messi\u00e2nicos\u00a0que surgiu nas terras no\u00a0Crato,\u00a0Cear\u00e1. A comunidade era liderada pelo\u00a0paraibano\u00a0de\u00a0Pil\u00f5es de Dentro,\u00a0Jos\u00e9 Louren\u00e7o Gomes da Silva, mais conhecido por\u00a0beato\u00a0Jos\u00e9 Louren\u00e7o<\/i>.No Caldeir\u00e3o, os romeiros e imigrantes trabalhavam todos em favor da comunidade e recebiam uma quota da produ\u00e7\u00e3o. A comunidade era pautada no\u00a0trabalho, na\u00a0igualdade\u00a0e na\u00a0Religi\u00e3o.”<\/p><\/blockquote>\n

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Seguindo as placas e pegando informa\u00e7\u00f5es com a popula\u00e7\u00e3o fica f\u00e1cil chegar ao local.<\/figcaption><\/figure>\n

A comunidade cresceu e assim como o Arraial de Canudos, come\u00e7ou a incomodar os grupos dominantes, que criaram boatos diversos para denegrir a fama do lugar. O final foi t\u00e3o tr\u00e1gico quanto o de Canudos:<\/p>\n

”\u00a0Em\u00a01937, sem a prote\u00e7\u00e3o de\u00a0Padre C\u00edcero, que falecera em\u00a01934, a fazenda foi invadida, destru\u00edda, e os sertanejos divididos, ressurgindo novamente pela mata em uma nova comunidade, a qual em 11 de maio foi invadida novamente, mas dessa vez por terra e pelo ar, quando aconteceu um grande massacre, com o n\u00famero oficial de 400 mortos. Foi a primeira a\u00e7\u00e3o de exterm\u00ednio doEx\u00e9rcito Brasileiro, e\u00a0Pol\u00edcia Militar do Estado do Cear\u00e1. Acontecera o primeiro ataque a\u00e9reo da hist\u00f3ria do\u00a0Brasil. Os familiares e descendentes dos mortos nunca souberam onde encontra-se os corpos, pois o Ex\u00e9rcito Brasileiro e a Pol\u00edcia Militar do Cear\u00e1 nunca informaram o local da\u00a0vala comum\u00a0na qual os seguidores do Beato foram enterrados. Presume-se que a vala coletiva encontra-se no Caldeir\u00e3o ou na Mata dos Cavalos, na Serra do Cruzeiro (regi\u00e3o do Cariri).”<\/p><\/blockquote>\n

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A estrada se estende diante da minha brava 125cc.<\/figcaption><\/figure>\n

Meu interesse em caminhar pelo lugar vinha desde quando li sobre e em minha visita ao Crato, n\u00e3o pude deixar de pegar a estrada em busca dessa hist\u00f3ria.<\/p>\n

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O caminho \u00e9 relativamente simples, como voc\u00eas podem acompanhar no mapa. Por\u00e9m, eu fui sem pegar essas instru\u00e7\u00f5es (n\u00e3o tentem fazer isso…) e acabei andando mais do que deveria.<\/p>\n

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Importante ficar atento \u00e0s placas e \u00e0s informa\u00e7\u00f5es para n\u00e3o se perder.<\/figcaption><\/figure>\n

A melhor dica \u00e9 seguir para a ‘Ponta da Serra’. Perguntando todos sabem informar. Chegando l\u00e1, basta perguntar por onde se chega ao Caldeir\u00e3o do Beato. \u00c9 importante lembrar que h\u00e1 outro s\u00edtio por nome de Caldeir\u00e3o, portanto, fa\u00e7a refer\u00eancia ao Beato para que orientem corretamente.
\nDepois de precorrer um trecho de pista boa, saindo de Crato at\u00e9 a “Ponta da Serra”, entramos na estrada de terra. O caminho parece confuso, j\u00e1 que h\u00e1 muitas bifurca\u00e7\u00f5es, mas \u00e9 poss\u00edvel seguir as placas postas pela Prefeitura do Crato para seguir o caminho certo. Perguntar \u00e0 popula\u00e7\u00e3o local tamb\u00e9m \u00e9 bom, j\u00e1 que eles est\u00e3o acostumados a orientar visitantes.
\nDepois de percorrer alguns quil\u00f4metros pela estrada carro\u00e7al, chegamos ao Caldeir\u00e3o de Santa Cruz do Deserto, o Caldeir\u00e3o do Beato Jos\u00e9 Louren\u00e7o.<\/p>\n

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As madeiras s\u00e3o o que restou da casa do Beato no topo da colina.<\/figcaption><\/figure>\n

Na chegada somos recebidos pelas ruinas da casa que abrigou o l\u00edder e fundador da comunidade. Apenas umas poucas madeiras restaram. Uma cruz, posta no lugar mostra a ‘omenagen’ feita por algu\u00e9m da regi\u00e3o ao Beato.<\/p>\n

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Caldeir\u00e3o visto da entrada do lugar, na colina onde ficava a casa do Beato.<\/figcaption><\/figure>\n

Descemos a colina rumo \u00e0 Igreja de Santo Ign\u00e1cio de Loyola, que foi erguida pelos moradores do Caldeir\u00e3o. A edifica\u00e7\u00e3o foi recentemente reformada. Pr\u00f3ximo \u00e0 um pequeno museu para contar a Hist\u00f3ria do lugar.
\nSentamos na sombra de uma casa r\u00fastica, remanescente da comunidade original e fomos recebidos por um senhor e sua esposa. Eles moram l\u00e1 e sabem das hist\u00f3rias, recebem os visitantes, mas n\u00e3o podem oferecer muito al\u00e9m da t\u00e3o nobre hospitalidade sertaneja, j\u00e1 que , como me disse o senhor, n\u00e3o recebem o pagamento h\u00e1 cerca de um ano e vivem das aposentadorias.<\/p>\n

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Igreja erguida pelos habitantes do caldeir\u00e3o na d\u00e9cada de 30.<\/figcaption><\/figure>\n

Eles nos oferecem \u00e1gua e boas hist\u00f3rias. Conta, no seu jeito humilde, o que sabe sobre o massacre, “Diz que caia bomba dos avi\u00e3o, n\u00e3o tinha para onde correr’. <\/i>Tomamos alguns goles de \u00e1gua para amenizar o calor. Somos informados que a \u00e1gua que bebemos era retirada do caldeir\u00e3o de pedras, que d\u00e1 nome ao lugar, em um grot\u00e3o pr\u00f3ximo.
\nA curiosidade nos leva a conhecer o lugar, que fica depois da pequena colina atr\u00e1s da igreja. H\u00e1 um caminho entre a caatinga, que a pequena 125cc vai percorrendo sem problemas, embora eu sempre fique apreensivo quando \u00e0 possibilidade de um pneu furar.<\/p>\n

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Uns goles de \u00e1gua e uns dedos de prosa.<\/figcaption><\/figure>\n

O Caldeir\u00e3o de pedras parece ser bastante fundo e acumula \u00e1gua por muito tempo, tanto que quando passei por l\u00e1, cerca de 8 meses depois das chuvas, ainda havia \u00e1gua. Na esta\u00e7\u00e3o chuvosa muitos s\u00e3o levados at\u00e9 l\u00e1 pelo banho nas \u00e1guas que correm entre as serras e v\u00e3o se acumulando na forma\u00e7\u00e3o rochosa.<\/p>\n

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\u00c1gua ainda se acumula no caldeir\u00e3o de pedras<\/figcaption><\/figure>\n

Certamente pretendo voltar no periodo chuvoso para passar mais tempo e aproveitar o banho refrescante.
\nDepois de mais uns goles de \u00e1gua e uns ‘dedinhos de prosa’, tomamos a estrada voltanto.<\/p>\n

A aventura valeu a pena. \u00a0Caminhando pelo local, depois de ouvir sobre o que houve, h\u00e1 muito o que pensar. Incr\u00edvel o poder da coletividade, que no meio do nada, entre a seca e os coron\u00e9is, conseguiu erguer uma vila pr\u00f3spera, que alimentou sertanejos e os protegeu do sol e da estiagem. Infelizmente, essas experi\u00eancias foram devastadas em nome do progresso, da posse e do poder dominante, mas resta a esperan\u00e7a que o testemunho das ruinas ainda possa ver outras comunidades viverem sua paz e prosperidade na independ\u00eancia dos olhos gananciosos que movem a roda do mundo.
\nDepois dessas palavras, que me lembraram as do Professor Nelson Campos, encerro aqui, desejando boa viagem! E caso algu\u00e9m queira ir durante a esta\u00e7\u00e3o chuvosa, me avise que vou tamb\u00e9m!\u00c9 isso a\u00ed! At\u00e9 a pr\u00f3xima e vamos no aventurar!!!<\/p>\n

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A pequena 125 se destacando entre os tons da vegeta\u00e7\u00e3o seca da caatinga.<\/dd>\n<\/dl>\n

Aqui voc\u00eas conferem como chegar ao local partindo de Juazeiro do Norte, mas querendo, \u00e9 s\u00f3 alterar o local da partida. Boa viagem.<\/p>\n

Fonte: http:\/\/www.125cilindraventuras.blogspot.com.br<\/p>\n

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Caldeir\u00e3o de Pedras visto do topo.<\/figcaption><\/figure>\n