![\"\"](\"http:\/\/www.motonline.com.br\/wp-content\/uploads\/2013\/03\/JAN73060.jpg\")
<\/a>Um som diferente ecoou nos ares da cidade. O ch\u00e3o tremia como nunca antes acontecer\u00e1. Todos correm para fora de suas casas. Dona Iai\u00e1, uma senhora de idade avan\u00e7ada, descendente de escravos, tamb\u00e9m estava no meio da correria que tomou conta da cidade para saber o que estava acontecendo.<\/em><\/p>\n Era a \u2018Maria-Fuma\u00e7a\u2019 que chegava pela primeira vez em Iguatu. A fuma\u00e7a e o apito aceleraram cora\u00e7\u00f5es, arregalaram olhos, arrepiaram as peles e paralisaram muitas pessoas num misto de medo e \u00eaxtase.<\/em><\/p>\n Muitos se ajoelharam e outros como Dona Iai\u00e1 correram para abra\u00e7ar o trem. Afoita e em um quase transe por ver uma m\u00e1quina t\u00e3o grande e que tinha a for\u00e7a de mil cavalos Dona Iai\u00e1 n\u00e3o se conteve e beijou a m\u00e1quina ainda quente queimando-lhe os l\u00e1bios que ficaram marcados para sempre como o dia da chegada da locomotiva. Ao quinto dia de novembro de 1910, Dona Iai\u00e1 sentiu na pele todo o calor do ve\u00edculo que traria o progresso \u00e0 Iguatu.<\/em><\/p>\n As estradas de ferro no Cear\u00e1 tiveram um papel primordial para levar o progresso e o desenvolvimento \u00e0s cidades. O estado quase n\u00e3o tinha estradas e para ir de Iguatu at\u00e9 Fortaleza, no in\u00edcio do S\u00e9culo XX, levavam-se semanas em uma dif\u00edcil e torturante viagem.<\/p>\n Com a chegada da estrada de ferro em Iguatu, em 05 de novembro de 1910, tudo mudaria para sempre. Foi a \u2018Maria-Fuma\u00e7a\u2019 que trouxe o progresso para a regi\u00e3o. Por ela passaram por Iguatu presidentes de prov\u00edncias e dois Presidentes do Brasil \u2013 Washington Luis (em 1926) e Get\u00falio Vargas (em 1933).<\/p>\n O \u2018BITOLA\u2019 e a \u2018Rapariga Velha Cansada\u2019!<\/strong><\/p>\n Pela RVC \u2013 Rede Via\u00e7\u00e3o Cearense, arrendada desde 1909 a firma inglesa South American Railway Construction Company Ltd. vinham o coronel e o soldado, o pobre e o rico, o padre e o bispo, a pol\u00edcia e o ladr\u00e3o. Era o meio de transporte mais democr\u00e1tico de todos e encantava inclusive aos mais debochados, tipo o advogado e romancista Quintino Cunha \u2013 dono de express\u00f5es at\u00e9 hoje s\u00e3o usadas pelo cearense como o \u201cQueima raparigal\u201d. Tal express\u00e3o se originou quando Quintino, no in\u00edcio do S\u00e9culo XX, completamente de porre, depois de uma noite de boemia, vinha pela Rua Senador Pompeu, centro de Fortaleza e viu um cabar\u00e9 pegando fogo e as meretrizes saltando do primeiro andar do sobrado. Naquele momento ele disse \u2013\u201cQueima, raparigal!\u201d Essa express\u00e3o ainda hoje \u00e9 utilizada no mundo inteiro por cearenses. E foi nesse caminho que Quintino batizou a lenta \u2018Maria-Fuma\u00e7a\u2019 da RVC \u2013 Rede Via\u00e7\u00e3o Cearense de \u2018Rapariga Velha Cansada\u2019.<\/p>\n Uma palavra que serve de adjetivo para designar um ser efeminado ou pouco \u2018macho\u2019 tamb\u00e9m teve origem na estrada de ferro. Os ingleses dominavam a tecnologia e ter um s\u00fadito do Reino Unido no Cear\u00e1 cuidando disso era f\u00e1cil. Acontece que o sotaque dele n\u00e3o permitia falar corretamente a palavra \u2018bitola\u2019. Como os ingleses tinham h\u00e1bitos refinados, gestos leves e delicados os cearenses da \u00e9poca acostumados \u00e0 rudeza e brutalidade logo acharam aquilo esquisito e batizaram os efeminados ou pouco machos pela forma como se diz \u2018bitola\u2019 com sotaque ingl\u00eas \u2013 ou seja: \u201cbaitola\u201d. O adjetivo tamb\u00e9m \u00e9 usado como um tratamento carinhoso entre amigos e tem o mesmo significado de \u2018f\u00ed-duma-\u00e9gua\u2019 ou \u2018corno-v\u00e9i\u2019. Agora, s\u00f3 diga isso se o cara for muito seu amigo, se n\u00e3o for a missiva ser\u00e1 tida como insulto e a\u00ed a \u2018peixeira come o couro do infeliz descuidado de l\u00edngua frouxa\u2019.<\/p>\n A Hora do Trem<\/strong><\/p>\n As pessoas faziam tudo em fun\u00e7\u00e3o da \u2018hora do trem\u2019. Era uma novidade na cidade saber quem chegou, quem partiu e at\u00e9 mesmo quem estava l\u00e1 para receber ou se despedir. Mas a \u2018Maria-Fuma\u00e7a\u2019 era lenta e demorava dois dias para chegar a Fortaleza. Por\u00e9m era melhor e menos cansativa que viajar por semanas em carro\u00e7as ou lombo de jumentos. Era um luxo. Tinha at\u00e9 vag\u00e3o de primeira classe e restaurante.<\/p>\n Hoje vamos \u00e0 Fortaleza, partindo de Iguatu, por estradas asfaltadas, cruzando ou margeando a velha ferrovia e levamos apenas 4 horas de moto. Viajar de trem naquela \u00e9poca era um evento semelhante ao glamour de quando os avi\u00f5es come\u00e7aram a transportar passageiros. A rota para Fortaleza passava por cidades como Senador Pompeu, Quixad\u00e1 e Baturit\u00e9.<\/p>\n Foi a estrada de ferro que trouxe a tecnologia para a cidade, a fruta desconhecida como as uvas plantadas em Baturit\u00e9 e tornou a fazenda \u2018N\u00e3o Me Deixes\u2019 da escritora Raquel de Queiroz famosa, pois os trilhos cruzavam suas terras, em Quixad\u00e1, e via-se a sua casa ao longe e a Pedra da Galinha-Choca. Para Iguatu vieram m\u00e1quinas para beneficiar o algod\u00e3o e muitas outras que fizeram aumentar a produ\u00e7\u00e3o. Hot\u00e9is foram constru\u00eddos e dentre eles est\u00e1 o Exposi\u00e7\u00e3o Hotel do meu amigo motociclista Ricardo Quinder\u00e9, o qual fica defronte a Esta\u00e7\u00e3o Iguatu. Daqui partiam a carne que abastecia Fortaleza e \u00f3leo retirado da semente de algod\u00e3o que servia para cozinhar. Aqui se fornecia o fio da veste, a carne do rango e o \u00f3leo de cozinha.<\/p>\n A cidade de Iguatu era o fim da linha e tudo come\u00e7ava ou terminava aqui, pois a esta\u00e7\u00e3o do Crato ainda n\u00e3o estava pronta. Uma ponte foi feita pelos ingleses, fabricada em Liverpool, para atravessar o Rio Jaguaribe por um v\u00e3o de 160 metros e que foi inaugurada em 25 de agosto de 1915. A Inglaterra dominava esta tecnologia desde 1825 quando inaugurou a primeira ferrovia do mundo. No Brasil a primeira linha f\u00e9rrea foi patrocinada pelo Bar\u00e3o de Mau\u00e1 em 1854.<\/p>\n Junto com Iguatu foram inauguradas as esta\u00e7\u00f5es de Lages (hoje munic\u00edpio de Acopiara), Suassurana, Quinco\u00e9 e depois Jos\u00e9 de Alencar. S\u00f3 em 1926 que Juazeiro teria inaugurada a sua esta\u00e7\u00e3o ferrovi\u00e1ria. At\u00e9 na miscigena\u00e7\u00e3o a estrada de ferro interferiu. Por conta de ter muitos oper\u00e1rios a cidade passou a ter mais homens que mulheres. Para casar seus filhos muitos pais os mandaram para a Serra Grande buscar esposas, pois l\u00e1 era lugar de mulheres bonitas descendentes de europeus. Os rapazes arrumavam as namoradas e se casavam e em seguida vinham pra Iguatu. Da\u00ed o fato de existir nesta cidade uma parcela significante de pessoas de pele e olhos claros.<\/p>\n Neste meio tempo muitos fatos hist\u00f3ricos aconteceram na Esta\u00e7\u00e3o Iguatu. Vou destacar dois deles que considero muito importantes. Em apenas dois anos esta cidade viu uma revolu\u00e7\u00e3o derrubar um governador e um trem ser chamado de \u2018esperan\u00e7a\u2019 para milhares de retirantes da \u2018Seca do 15\u2019.<\/p>\n A Sedi\u00e7\u00e3o de Juazeiro \u2013 A Guerra do Padre C\u00edcero<\/strong><\/p>\n A Sedi\u00e7\u00e3o de Juazeiro ou a Revolu\u00e7\u00e3o de 1914 foi algo que merece um filme pelo seu ineditismo e coragem de um padre ao desafiar o Presidente da Prov\u00edncia do Cear\u00e1.<\/p>\n Franco Rabelo, presidente da prov\u00edncia do Cear\u00e1, resolveu bater de frente com Pe. C\u00edcero e alguns coron\u00e9is. Levou a pior. Aqui em Iguatu 250 soldados foram postos pra correr quando da Sedi\u00e7\u00e3o de Juazeiro que contou com apoio de jagun\u00e7os e cangaceiros de v\u00e1rios bandos em apoio a Pe. C\u00edcero, dentre eles Pedro Silvino, Floro Bartolomeu e Jos\u00e9 Borba. Iguatu era o fim da linha onde as tropas desceram e foi tamb\u00e9m o come\u00e7o do fim para Franco Rabelo.<\/p>\n J. da Penha decidiu deixar Iguatu e lutar em outro lugar chamado Ibicu\u00e3 por conta do terreno ser desfavor\u00e1vel em Iguatu devido \u00e0s muitas plan\u00edcies. Mas n\u00e3o deu certo. A t\u00e1tica de guerrilha dominada pelos cangaceiros (chamados aqui de Guerreiros do Sol \u2013 nome do nosso motoclube) foi mais eficiente.<\/p>\n Uma legi\u00e3o de milhares de romeiros derrotou por v\u00e1rias vezes o Ex\u00e9rcito da Uni\u00e3o matando Zezinho e J. Da Penha, seu capit\u00e3o. Meu av\u00f4 seu Zito (pai de Dona Catarina Magalh\u00e3es e Antonio Nobre Magalh\u00e3es), ainda jovem, lutou ao lado de Pe. C\u00edcero quando tentaram tomar Juazeiro. Trouxeram at\u00e9 canh\u00e3o importado da China e que na hora \u2018H\u2019 n\u00e3o funcionou. Foi uma surra que s\u00f3 parou na cidade de Miguel Calmon hoje Ibicu\u00e3.<\/p>\n Quando as for\u00e7as juazeirenses chegaram \u00e0 Fortaleza, uma esquadra da Marinha imp\u00f4s um bloqueio mar\u00edtimo na orla fortalezense. Cercado, Franco Rabelo n\u00e3o teve como reagir e nem como fugir e acabou deposto.<\/p>\n Hermes da Fonseca nomeou interinamente Fernando Setembrino de Carvalho, enquanto novas elei\u00e7\u00f5es eram convocadas. Liberato Barroso foi eleito governador e Padre C\u00edcero vice novamente. Isto custou a Pe. C\u00edcero sua excomunh\u00e3o, mas de pouco serviu, pois s\u00f3 aumentou seu poder e sua fama. Hoje Padim Ci\u00e7o \u00e9 santo na boca do povo e ai quem se atreva a falar mal dele na regi\u00e3o do Cariri \u2013 \u00e9 arrumar entrevero certo e uma quase morte. Ele \u00e9 santo e pronto, n\u00e3o se discute! Para ter uma ideia da for\u00e7a dele, quando Iguatu foi invadido pelas suas for\u00e7as os romeiros descobriram o assassino de um beato do Padim e mataram o cara na hora!<\/p>\n A Seca do 15 e o Trem da Esperan\u00e7a<\/strong><\/p>\n Um ano depois a Esta\u00e7\u00e3o de Iguatu era o ponto de partida para o \u2018Trem da Esperan\u00e7a\u2019. Daqui partiram milhares de retirantes esfomeados e esqu\u00e1lidos v\u00edtimas da pior seca de todos os tempos \u2013 A Seca de 15.<\/p>\n O trem levava os retirantes e a primeira leva de 300 foi recebida pelo Presidente da Prov\u00edncia do Cear\u00e1 Benjamim Barroso que os alojou no Passeio P\u00fablico. Acontece que Fortaleza naquela \u00e9poca era considerada uma Paris do Nordeste e n\u00e3o podia ser maculada por pestes (var\u00edola, por exemplo) e com esfomeados e pedintes andando pela cidade. Tempos depois tiveram a p\u00e9ssima ideia de criar os tais campos de concentra\u00e7\u00e3o que acabaram matando milhares de cearenses.<\/p>\n A mem\u00f3ria recente dos cearenses e do governo em raz\u00e3o da epidemia de var\u00edola fez com que Rodolfo Te\u00f3filo fosse novamente chamado para vacinar os retirantes e afastar a possibilidade de uma nova epidemia. Aqui vale destacar a hist\u00f3ria de um her\u00f3i cearense e benfeitor da humanidade. Sozinho, Rodolfo Te\u00f3filo \u2013 criador da caju\u00edna \u2013 e sem qualquer ajuda do governo do estado fabricava e combatia a var\u00edola at\u00e9 erradic\u00e1-la completamente em 1900. Para vacinar era preciso furar as pessoas com inje\u00e7\u00e3o e isso era outro drama, muitos preferiram correr risco de morte a serem furados. Vacinou o Cear\u00e1 todo e tudo isso sem nenhuma ajuda do governo que mais atrapalhava ao promover uma campanha p\u00fablica para difam\u00e1-lo. Mesmo assim ele foi at\u00e9 o fim e o resultado disso foi que outro governador acabou caindo.<\/p>\n Iguatu era a cidade que dava o primeiro atendimento aos flagelados e com o tempo as coisas foram ficando dif\u00edceis at\u00e9 que o governo resolveu ajudar. Muitas vidas foram salvas pela \u2018Maria-Fuma\u00e7a\u2019 que d\u00e9cadas depois seria substitu\u00edda pelas locomotivas a diesel.<\/p>\n Em 12 de dezembro de 1988 a Esta\u00e7\u00e3o de Iguatu levou o \u00faltimo vag\u00e3o de passageiros. Hoje transporta apenas carga e combust\u00edvel e cada dia \u00e9 mais raro a sua passagem. Do que sobrou daquele tempo, restam a lembran\u00e7a e a gratid\u00e3o de ter sido por ela que Iguatu se tornou a maior cidade da Regi\u00e3o Centro-Sul do Estado do Cear\u00e1. Uma locomotiva \u2018Maria-Fuma\u00e7a\u2019 foi adquirida pela prefeitura, por ocasi\u00e3o do seu Centen\u00e1rio em 2010, para ser colocada em uma pra\u00e7a da cidade para marcar uma \u00e9poca onde aqui era a \u00faltima ou a primeira esta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n No Distrito de Alencar distante 26 km de Iguatu, a popula\u00e7\u00e3o derrubou a esta\u00e7\u00e3o por medo que a RFFSA tomasse as casas deles pois n\u00e3o poderiam mexer em nada que estivesse em volta. Um mal-entendido transformou a antiga esta\u00e7\u00e3o que embarcava at\u00e9 boi em uma quadra de esportes meia-boca.<\/p>\n No Distrito de V\u00e1rzea da Concei\u00e7\u00e3o, distante 22 km da cidade do Cedro aconteceu o contr\u00e1rio. Um vereador local comprou o terreno onde est\u00e1 a esta\u00e7\u00e3o de trem, mas n\u00e3o deixou derrubar. Ela foi transformada em bar e o bar salvou da demoli\u00e7\u00e3o. Podemos afirmar que, neste caso, o \u00e1lcool preserva.<\/p>\n No Cedro a cidade construiu um museu fechado em na Pra\u00e7a dos Ferrovi\u00e1rios onde existe locomotiva em prec\u00e1rio estado de conserva\u00e7\u00e3o. Em Iguatu a esta\u00e7\u00e3o ainda est\u00e1 de p\u00e9. Por\u00e9m parte dela est\u00e1 transformada em pequenas bodegas e quiosques para emiss\u00e3o de passagens para pessoas que utilizam topics.<\/p>\n N\u00e3o foi \u00e1 toa que este foi o lugar escolhido para realizar os shows e o evento IGUATU MOTO FEST 2013. Mais uma vez na hist\u00f3ria de Iguatu o ch\u00e3o ir\u00e1 tremer, mas desta feita n\u00e3o mais pela monstruosa \u2018Maria-Fuma\u00e7a\u2019 de mil cavalos de Dona Iai\u00e1 e sim pelo roncar de motores vigorosos e cheios de um sentimento de liberdade. O mesmo sentimento que fez desta cidade um cap\u00edtulo importante na hist\u00f3ria do Brasil.<\/p>\n <\/p>\n Onde se hospedar: <\/strong>Havenna Hotel \u2013 Av. Mal Castelo Branco, N\u00ba 1222<\/em> http:\/\/www.havennahotel.com.br\/havennahotel\/<\/em><\/p>\n APOIO CULTURAL<\/strong> \u2013 FAB Energ\u00e9tico da Foverer (Representante Forever Iguatu: maria_suelisil@hotmail.com), Make Safe \u2013 alarmes presenciais, Icamotos e Posto Icavel.<\/em><\/p>\n Fonte:<\/strong> A Estrada de Ferro de Iguatu de Jos\u00e9 H\u00edlton Lima Verde Montenegro. 2010. Editora Express\u00e3o.<\/em><\/p>\n Fotos:<\/strong> Jan Messias, Samuel Gurgel<\/em><\/p>\n NOTA DOS AUTORES<\/strong> – Certa vez perguntaram a mim por que eu e Jan Messias sa\u00edamos por a\u00ed em busca de hist\u00f3rias e n\u00e3o apenas de fotografias. Respondi que somos \u2018ca\u00e7adores de hist\u00f3rias\u2019 e n\u00e3o de paisagens. Em um carro a paisagem j\u00e1 est\u00e1 emoldurada e isolada das pessoas e voc\u00ea acaba deixando de descobrir algo interessante. <\/em><\/p>\n Eu sempre me lembro do filme Ratatouille \u2013 onde o restaurante era o que menos importava \u2013 a hist\u00f3ria mais fant\u00e1stica estava l\u00e1 na cozinha e n\u00e3o no sal\u00e3o. A comida pode ser boa, mas se voc\u00ea quiser pode descobrir a hist\u00f3ria de quem a fez e talvez degustar esta hist\u00f3ria seja mais saboroso que a mais doce sobremesa. <\/em><\/p>\n Gostamos de descobrir pessoas e lugares s\u00e3o feitos por gente. O porqu\u00ea de ir de moto foi a pr\u00f3xima pergunta. Respondi que numa moto voc\u00ea est\u00e1 na hist\u00f3ria, sente o clima, o cheiro e as pessoas se aproximam mais facilmente de voc\u00ea. \u00c9 uma curiosidade de ambos os lados. N\u00f3s querendo saber sobre eles e eles sobre n\u00f3s e assim a conversa rola e conhecemos pessoas incr\u00edveis, descobrimos fatos que ningu\u00e9m contou. A\u00ed \u00e9 puxar a c\u00e2mera, abrir o caderno e ouvir. O resto \u00e9 hist\u00f3ria.<\/em><\/p>\n \u00c9 o que eu digo quando chego a um lugar para ca\u00e7ar hist\u00f3rias: SURPREENDA-ME! E assim seguimos ca\u00e7ando e contando hist\u00f3rias.<\/em><\/p>\n<\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a>
\n Bairro: Esplanada \u2013 88 3581-2488 \u2013 Iguatu \u2013 Cear\u00e1<\/em><\/p>\n<\/a><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure><\/a>\n\t\t\t<\/div><\/figure>