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{"id":216667,"date":"2014-01-12T15:13:49","date_gmt":"2014-01-12T17:13:49","guid":{"rendered":"http:\/\/www.luissucupira.com.br\/?p=216667"},"modified":"2014-07-11T10:04:13","modified_gmt":"2014-07-11T13:04:13","slug":"redescobrindo-o-ceara-de-fortaleza-a-pacoti","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/redescobrindo-o-ceara-de-fortaleza-a-pacoti\/","title":{"rendered":"Redescobrindo o Cear\u00e1: de Fortaleza a Pacoti"},"content":{"rendered":"

A maioria das pessoas que visitam o Cear\u00e1 acredita que aqui s\u00f3 existem belas praias. Os pr\u00f3prios cearenses desconhecem a pr\u00f3pria terra. \u00c9 mais comum saber de cearenses que conheceram outros estados e at\u00e9 mesmo outros pa\u00edses que mesmo lugares que ficam a apenas 100 quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia. \"A<\/a> A paisagem e as curvas s\u00e3o deslumbrantes e muito divertidas de fazer H\u00e1 um ano eu decidi explorar a Terra de Padim Ci\u00e7o e descobrir se no \u201cCear\u00e1 n\u00e3o tem disso, n\u00e3o!\u201d como canta Luiz Gonzaga em um dos seus bai\u00f5es cl\u00e1ssicos. Descobri lugares incr\u00edveis e hist\u00f3rias envolventes que mesmo as pessoas residentes nos locais visitados desconheciam. Tem sido um passeio e tanto realizado com apoio de empresas com foco em contar boas hist\u00f3rias ou mesmo resgat\u00e1-las. \"Um<\/a> Um ano pelas estradas do Cear\u00e1 redescobrindo lugares e contando hist\u00f3rias Nesse ano de redescobertas tive ajuda de fot\u00f3grafos como Jan Messias na sua 125cc e agora a parceria do paraense Jelbes Lima. Neste roteiro fui desbravar junto com meus amigos do MOTO GRUPO ANONYMOUS e dos amigos Anonymous uma nova estrada que passa por lugares muito interessantes. A rota sai de Fortaleza com destino final a cidade de Pacoti via distrito de Campos Belo, passando por Maranguape onde fica outra serra que d\u00e1 nome ao munic\u00edpio. Sa\u00edmos da vegeta\u00e7\u00e3o t\u00edpica de praia para passar por vales que ficam entre serras. Depois entramos na caatinga braba onde est\u00e1 situada a cidade de Campos Belo, distrito de Caridade, terra onde Santo Ant\u00f4nio perdeu a cabe\u00e7a. Alguns quil\u00f4metros depois chegamos \u00e0 subida da Serra de Guaramiranga pela estrada nova que mais se parece, pelas suas curvas e sinuosidade, com a Serra do Rio do Rastro, localizada em Santa Catarina. A paisagem e as curvas s\u00e3o deslumbrantes e muito divertidas de fazer. O projeto teve a preocupa\u00e7\u00e3o de fazer alguns recuos para que sirvam de mirante. Alguns ainda n\u00e3o est\u00e3o totalmente prontos, mas \u00e9 poss\u00edvel parar e apreciar a paisagem e curtir o clima ameno. \"O<\/a> O baiano-cearense Rodolfo Te\u00f3f\u00edlo De longe se v\u00ea que a vegeta\u00e7\u00e3o ainda sofre com uma das piores secas dos \u00faltimos cem anos, mas que com as primeiras chuvas se revestir\u00e1 de um verde exuberante e vi\u00e7oso.<\/p>\n

Da peste ao riso<\/strong><\/p>\n

A primeira cidade depois que sa\u00edmos da capital do Cear\u00e1 \u00e9 Maranguape que fica na Regi\u00e3o Metropolitana de Fortaleza. O lugar se notabilizou pelo clima de serra, seus remansos e cachoeiras e por ser terra de Chico An\u00edsio \u2013 o maior humorista brasileiro de todos os tempos e um dos maiores do mundo pela quantidade de personagens que criou e interpretou. Al\u00e9m dele, Maranguape tem a marca forte de um soteropolitano que adotou o Cear\u00e1 como sua terra. Chama-se Rodolfo Te\u00f3filo (*1853+1932)\u00a0escritor\u00a0brasileiro\u00a0naturalista,\u00a0poeta,\u00a0documentarista, contista,\u00a0articulista e o cara que inventou a caju\u00edna que pode ser cristalina em Teresina, mas foi criada por um baiano no Cear\u00e1 para acalmar a sua terr\u00edvel gastrite. Mas foi como farmac\u00eautico que Rodolfo tornou-se conhecido por ter empreendido, no in\u00edcio do S\u00e9culo XX uma batalha pessoal contra a var\u00edola e contra o medo do povo de tomar a vacina. Sem recursos, em tempo de seca, fome, da migra\u00e7\u00e3o em massa, lutando inclusive contra os coron\u00e9is e as p\u00e9ssimas condi\u00e7\u00f5es de higiene, enfrentou praticamente sozinho, em duas oportunidades, epidemias de var\u00edola que vitimou milhares de pessoas em Fortaleza e interior do Cear\u00e1, no final do s\u00e9culo XIX e in\u00edcio do s\u00e9culo XX. O c\u00f3lera matou quase um ter\u00e7o dos seis mil habitantes de Maranguape (1862) e no final da d\u00e9cada seguinte (1878), a var\u00edola matou um quinto da popula\u00e7\u00e3o da capital cearense. Rodolfo aprendeu a fabricar a vacina e passou a imunizar o povo (1901) com ajuda de sua mulher e um criado vacinando cerca de duas mil pessoas (1902), n\u00e3o sendo registrado nenhum novo caso de var\u00edola na capital cearense naquele ano. Mesmo fazendo o certo foi perseguido pelo governo de Ant\u00f4nio Pinto Nogueira Accioli, que estava totalmente alheio ao sofrimento do povo cearense. \"O<\/a> O Cear\u00e1 enfrenta a pior seca dos \u00faltimos 70 anos, mas encanta pela resist\u00eancia No livro do jornalista e bi\u00f3grafo Lira Neto (O poder e a Peste\u00a0A vida de Rodolfo Te\u00f3filo \u2013 Lira Neto, Ed. Funda\u00e7\u00e3o Dem\u00f3crito Rocha, 1999.), ele descreve o cen\u00e1rio da peste naquela \u00e9poca onde no lugar onde est\u00e1 situada a pra\u00e7a da matriz de Maranguape foi cavada uma das maiores valas-comuns que se tem not\u00edcia para cremar corpos que se amontoavam as centenas. O brilho da chama da queima dos corpos e o odor podiam ser percebidos e sentidos a quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia. A cena parecia com o que vimos em document\u00e1rios sobre o Holocausto Judeu. \"Em<\/a> Em busca da serra na companhia dos Anonymous \u201cRodolfo Te\u00f3filo e Oswaldo Cruz t\u00eam trajet\u00f3rias semelhantes\u201d, destaca Lira Neto. Cruz virou her\u00f3i nacional. Rodolfo Te\u00f3filo foi esquecido, lamenta-se Lira Neto. Em 10 de dezembro de 1904, a popula\u00e7\u00e3o do Rio de Janeiro se levantou na Revolta da Vacina, contra a a\u00e7\u00e3o dos militares, que usavam da for\u00e7a para obrigar a popula\u00e7\u00e3o que, temerosa, resistia a ser vacinada. No Cear\u00e1 n\u00e3o houve isso. Como n\u00e3o havia apoio do Poder P\u00fablico, Rodolfo tinha que convencer na conversa.<\/p>\n

Santo Ant\u00f4nio \u00e0 espera de um milagre.<\/strong><\/p>\n

Deixamos Maranguape e rumamos para Campos Belo, distrito de Caridade, que fica no limite entre a vegeta\u00e7\u00e3o de caatinga e o \u00edn\u00edcio da Serra de Guaramiranga que ainda guarda lembran\u00e7as da exuber\u00e2ncia que tinha quando era totalmente coberta pela Mata Atl\u00e2ntica. \"A<\/a> A cabe\u00e7a ficou t\u00e3o pesada que n\u00e3o p\u00f4de ser suportada pelo corpo destinado ao santo. Ficou pela rua<\/strong><\/p>\n

Perto dali, em Caridade (100 km de Fortaleza), piedade do santo foi o que n\u00e3o tiveram. Santo Ant\u00f4nio, literalmente, est\u00e1 sem a cabe\u00e7a h\u00e1 mais de 20 anos. L\u00e1 \u00e9 o santo que espera que as pessoas fa\u00e7am algo por ele. No morro do Cerrote, na cidade de Caridade \u2013 sede de Campos Belo \u2013 existe uma est\u00e1tua de Santo Ant\u00f4nio sem cabe\u00e7a. A confus\u00e3o teve in\u00edcio quando o ent\u00e3o prefeito de Caridade, Raul Linhares, que governou o munic\u00edpio entre os anos de 1981 e 1986 encomendou o monumento de cerca de 30 metros de altura. Era para ser um dos maiores do mundo\u2026 Era. \"Em<\/a> Em cada lugar uma paisagem diferente e hist\u00f3rias inusitadas <\/strong><\/p>\n

A obra come\u00e7ou em 1992 e quando terminou, a cabe\u00e7a ficou t\u00e3o pesada que n\u00e3o p\u00f4de ser suportada pelo corpo destinado ao santo. Al\u00e9m disso, os fortes ventos da regi\u00e3o n\u00e3o permitiam ergu\u00ea-la com seguran\u00e7a. O ex-prefeito morreu em 2005 e at\u00e9 hoje Santo Ant\u00f4nio espera por um milagre dos fi\u00e9is para, enfim, juntar a cabe\u00e7a ao corpo que est\u00e1 no alto do Cerrote e a cabe\u00e7a no meio da rua, ambos, assim, separados no nascimento, h\u00e1 mais de vinte anos. Sabe-se que as vitalinas judiam do santo para arrumar marido, mas Caridade pegou pesado.<\/p>\n

Serra das Flores<\/strong> \"Tudo<\/a><\/p>\n

Tudo muito bonito inserido em um clima ameno Tomamos o rumo da subida da Serra de Guaramiranga. Na medida em que venc\u00edamos cada curva a paisagem e o clima iam mudando. Do calor insuport\u00e1vel da caatinga para o ameno clima de serra que descortinava sua exuberante vegeta\u00e7\u00e3o decorada por muitas flores. Na Serra de Guaramiranga h\u00e1 \u00f3timos hot\u00e9is, excelente gastronomia, monumentos hist\u00f3ricos, cachoeiras, o Pico Alto e no carnaval a cidade recebe o Festival Internacional de Jazz de Guaramiranga. Paramos na primeira cidade logo ap\u00f3s o fim da subida. Pacoti \u00e9 pequena, aconchegante e tem da serra de tudo um pouco. Almo\u00e7amos com meus amigos do Anonymous Moto Grupo no K-Labar. \"Uma<\/a><\/p>\n

Uma parada para ver a paisagem.<\/strong><\/p>\n

Alegria contagiante no clique de Jelbes Lima A Serra de Guaramiranga e de Maranguape merecem uma mat\u00e9ria \u00e0 parte de tanto que se tem para mostrar. Ap\u00f3s o almo\u00e7o descemos a serra de volta \u00e0 Fortaleza. \u00c9 um passeio de 220 km (ida e volta) carregado de paisagens e climas diferentes e de muita hist\u00f3ria que vale a pena conhecer. \u00a0 \u00a0 \"Mapa<\/a><\/p>\n

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Mapa do roteiro \u00a0 <\/strong><\/p>\n

Agradecimentos<\/strong>\u00a0\u2013 Esta reportagem tem o apoio cultural do Motonline, Motoboy Magazine, Make Safe Alarmes Presenciais, Anonymous Moto Grupo, Custom & Race \u2013 Moto Parts e Fort Motos Imports.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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