![\"A](\"http:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-content\/uploads\/2014\/08\/318947_438161269555184_1819456380_n.jpg\")
<\/a>H\u00e1 uns anos eu possu\u00ed uma CB500 preta apelidada de \u2018negona\u2019. Adorava essa moto, at\u00e9 que tive que vender. Acontece que na mesma \u00e9poca na qual ela saiu de linha ocorreu um fato curioso \u2013 em vez de cair de pre\u00e7o por isso, a moto valorizou-se. Isso mostrou que a Honda havia dado um tiro no p\u00e9.<\/p>\n
Muitos reclamavam a falta de uma moto de entrada com essa cilindrada. Tempos depois a Honda decide traz\u00ea-la de volta com o nome de CB500X. Tive a oportunidade de test\u00e1-la a convite da Fort Motos Honda Dream e me surpreendi com ela.<\/p>\n
A linha Honda CB500 tem tr\u00eas vers\u00f5es: uma esportiva, a\u00a0CBR 500R, uma naked, a\u00a0CB 500F, e esta vers\u00e3o que testei a CB 500X \u2013 uma moto que adota o conceito de moto-vers\u00e1til.<\/p>\n
O Teste<\/strong><\/p>\n N\u00e3o gosto de emitir avalia\u00e7\u00e3o sobre motos sem antes de ter rodado pelo menos uns mil quil\u00f4metros. Esta quilometragem permite que voc\u00ea tenha uma conviv\u00eancia mais familiar com a moto e venha e entender de forma mais ami\u00fade seu projeto.<\/p>\n Assim o teste ocorreu em uma viagem do Anonymous MG que foi \u00e0 Recife buscar a moto nova de um de seus integrantes – Dr. Adriano. \u00a0Sa\u00edmos na sexta pela manh\u00e3 e retornamos no s\u00e1bado. Foram 1.700 km percorridos em menos de 48 horas em v\u00e1rios tipos de piso. De dia e de noite. Na estrada e nos ca\u00f3ticos tr\u00e2nsitos de Fortaleza e Recife.<\/p>\n Consumo<\/strong><\/p>\n Na ida para Recife t\u00ednhamos hora para chegar e por conta disso as paradas foram reduzidas e o ritmo ficou mais intenso. Andamos numa m\u00e9dia de 115 km\/h com as m\u00e1ximas chegando aos 160 km\/h e o consumo ficou na casa dos 20 km\/litro. Na volta, mais tranquilo, e numa m\u00e9dia mais baixa em torno de 105 km\/h com m\u00e1xima de 150km\/h, o consumo melhorou chegando a casa dos 25 km\/litro.<\/p>\n A capacidade do tanque \u00e9 de 17 litros (2,8 litros para reserva) Isto permite uma autonomia m\u00ednima de 323 km e uma m\u00e1xima de 425 km, muito boa para quem vai pegar estrada.<\/p>\n Cicl\u00edstica<\/strong><\/p>\n Aqui a parte que impressiona. A tend\u00eancia parece mesmo que se construam projetos de motos vers\u00e1teis. O pioneirismo nessa linha veio com a Versys 650 da Kawasaki lan\u00e7ada para concorrer com a V-Strom da Suzuki. Agora a Honda se rende a esse conceito e inova fazendo com que ela chegue completa ( Vers\u00e3o com ABS) a um pre\u00e7o interessante para uma moto de entrada – R$ 25.000,00 – pre\u00e7o sugerido site Honda.<\/p>\n Apesar de pequena, a ado\u00e7\u00e3o do conceito vers\u00e1til onde a moto nem \u00e9 esportiva, nem \u00e9 bigtrail, nem \u00e9 naked, nem \u00e9 granturismo e \u00e9 as quatro coisas em uma s\u00f3 moto parece uma aposta arriscada, mas na verdade \u00e9 certeira. Basta andar nela para perceber como ela \u00e9 d\u00f3cil e ao mesmo tempo valente. A cicl\u00edstica favorece todo esse desempenho ao trazer um chassi tipo diamante aliado a uma boa posi\u00e7\u00e3o de pilotagem que permite rodar\u00a0por horas sem sentir cansa\u00e7o. Apesar de ser um motor de dois cilindros DOHC, 4 tempos de refrigera\u00e7\u00e3o l\u00edquida n\u00e3o se percebe a costumeira vibra\u00e7\u00e3o que incomoda muita gente. No teste eu n\u00e3o senti esse inc\u00f4modo. Afinal de contas foram vinte horas em cima dela.<\/p>\n Suspens\u00e3o e pneus<\/strong><\/p>\n A CB 500X tem 140mm de curso na suspens\u00e3o dianteira e isso nas bengalas quer dizer que possui um \u00e2ngulo de rake mais apropriado a uma moto pronta tamb\u00e9m para trafegar em piso ruim e ainda uma melhor capacidade de absor\u00e7\u00e3o de impactos pela frente. Al\u00e9m disso, a dist\u00e2ncia entre eixos, melhora a estabilidade em retas. Com velocidade a moto n\u00e3o \u2018shima\u2019!<\/p>\n Do ponto de vista de quem pilota, percebe-se nitidamente uma suspens\u00e3o que transfere pouco impacto para o guid\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o ao piso. A altura de 81cm do assento em rela\u00e7\u00e3o ao solo n\u00e3o incomoda principalmente a um ser baixinho como eu que com um 1,65m de altura estou perto da zona de rebaixamento para a categoria \u2018bator\u00e9\u2019.<\/p>\n Os pneus escolhidos para equipar este\u00a0modelo proporcionam a sensa\u00e7\u00e3o de estar pilotando uma supermotard. Na dianteira temos um 120\/70 – 17 e na traseira um 160\/60 – 17. \u00a0Este conjunto responde bem e proporciona uma pilotagem segura em terrenos ruins tamb\u00e9m.<\/p>\n Motor<\/strong><\/p>\n O modelo fecha a fam\u00edlia 500cc, ao lado da naked CB 500F e da esportiva CBR 500R. Os tr\u00eas modelos utilizam o mesmo motor bicilindrico, de quatro tempos e 471 cm3 – DOHC (Double Over Head Camshaft), com duplo comando de v\u00e1lvulas no cabe\u00e7ote, quatro v\u00e1lvulas por cilindro e arrefecimento a l\u00edquido, que desenvolve pot\u00eancia m\u00e1xima de 50 cv\u00a0a 8.500 rpm e torque m\u00e1ximo de 4,55kgf.m a 7.000 rpm para empurrar um conjunto de 183 kg de peso na vers\u00e3o ABS e uma raz\u00e3o de um cavalo para cada 3,66kg. Adicionando o meu peso ao conjunto mais o combust\u00edvel teremos uma rela\u00e7\u00e3o de 5,76 kg para cada cavalo. Para uma moto de 500cc isso n\u00e3o \u00e9 ruim.<\/p>\n \u00c9 aqui que a Honda deu o chamado \u2018pulo-do-gato\u2019. A combina\u00e7\u00e3o equilibrada de um bom projeto de chassi com um motor que n\u00e3o vibra, apesar dos dois cilindros, proporciona a quem pilota uma garantia de ter um equipamento que consegue andar com motos de maior cilindrada e pot\u00eancia sem fazer feio. E esse foi o tom dos outros pilotos: \u201cA CB500X fez bonito nesta viagem\u201d. A ela foi dada a miss\u00e3o de puxar o grupo composto por motos acima de 1200 cc. N\u00e3o sofri com vento, pois a boa prote\u00e7\u00e3o aerodin\u00e2mica ajuda inclusive a reduzir a vibra\u00e7\u00e3o do capacete em raz\u00e3o da turbul\u00eancia provocada pelo vento frontal e lateral. \u00c9 abusada \u2013 acelera r\u00e1pido e retoma melhor ainda. O segredo \u00e9 manter o motor sempre cheio na casa dos cinco mil giros. Neste ponto a moto responde muito r\u00e1pido e torna a pilotagem bem divertida. Mas tamb\u00e9m sabe ser d\u00f3cil e equilibrada para superar os malabarismos necess\u00e1rios de quem pilota no tr\u00e2nsito urbano de capitais como Recife e Fortaleza.<\/p>\n Outro ponto a destacar \u00e9 a temperatura de funcionamento do motor. A refrigera\u00e7\u00e3o l\u00edquida e a dist\u00e2ncia dos cilindros em rela\u00e7\u00e3o as pernas do piloto ajudam a minimizar a sensa\u00e7\u00e3o de calor extremo nas pernas. Para completar ela tamb\u00e9m \u00e9 boa de curvas. Sim! Gostei bastante de poder saltar alguns quebra-molas e emendas de pontes e viadutos sem nenhum problema. Em curvas ela se comporta como uma semi-esportiva e torna a pilotagem uma gostosa brincadeira.<\/p>\n A troca de marchas \u00e9 outro ponto a destacar. Os engates s\u00e3o r\u00e1pidos e precisos em todas as seis marchas e n\u00e3o s\u00e3o duros. Respondem bem tanto na arrancada como na reduzida e se voc\u00ea pegar o jeito do motor passa, sem grandes dificuldades, as marchas no tempo.<\/p>\n<\/a><\/a><\/a><\/a>