![\"Imagem5\"](\"http:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-content\/uploads\/2015\/01\/Imagem5.jpg\")
<\/a>A Yamaha estava devendo ao mercado uma moto que pudesse disputar \u00e0 altura com sua maior concorrente e em 2013 lan\u00e7ou a XTZ Crosser 150. Um projeto novo que deu no que falar. Eu estava curioso para saber o porqu\u00ea de tanta badala\u00e7\u00e3o e o que tinha nessa moto que havia tirado 20% do mercado da Bros da Honda.<\/p>\n
Partindo do princ\u00edpio que o \u2018povo aumenta, mas n\u00e3o inventa\u2019 e que essa mesma \u2018voz do povo pode vir a ser a de Deus\u2019, ent\u00e3o, resolvi testar para conhecer as raz\u00f5es de tanta fama.<\/p>\n Minha primeira sensa\u00e7\u00e3o ao pilotar essa moto foi de leveza, manobrabilidade, conforto e um bom torque para uma moto de baixa cilindrada. Al\u00e9m disso \u00e9 \u00f3tima em curvas, tem bons freios e uma boa sa\u00edda. Sua suspens\u00e3o agrada muito por conta do link e posteriormente a economia me impressionou bastante.<\/p>\n Mas vamos aos detalhes.<\/p>\n A primeira coisa que verifico numa moto \u00e9 o chassi. Ele determina se o projeto \u00e9 espec\u00edfico para esse modelo ou reaproveitado de outro. Tenho grandes restri\u00e7\u00f5es quanto a chassi usado para v\u00e1rias motos. Isso pra mim \u00e9 adapta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Para um dos modelos servir\u00e1 perfeitamente, por\u00e9m, para outros vai na adequa\u00e7\u00e3o. O que me pareceu foi ter um chassi semi-ber\u00e7o duplo que foi bem desenhado e que nas manobras tem boa tor\u00e7\u00e3o e comporta-se confiavelmente e absorve bem os impactos. O acabamento segue o padr\u00e3o da Yamaha com um design bem moderno e com a cara \u2018transformers\u2019 deixa a moto com um visual robusto que engana a quem olha ela rapidamente. Boa parte pensa ser uma 250cc.<\/p>\n Uma coisa que gostei nessa moto foi a altura do assento em rela\u00e7\u00e3o ao solo \u2013 836mm. Para um modelo categoria \u2018Bator\u00e9 2015\u2019 ela n\u00e3o me deixou com aquela sensa\u00e7\u00e3o de \u201candar que nem bailarina\u201d \u2013 na ponta-do-p\u00e9 (Sim, modelo, pois minha m\u00e3e me acha lindo e uma m\u00e3e jamais iria mentir para seu pr\u00f3prio filho). Brinquei na moto como se fosse um cara alto. Para quem n\u00e3o sabe, depois que a gente fica mais \u2018usado\u2019 ou \u2018rodado\u2019, se voc\u00ea tem 1,65m vai diminuir de tamanho, podendo atingir o modo BATOR\u00c9 \u2013 que no Nordeste Brasileiro equivale a pessoas abaixo de 1,60m. Mas s\u00e3o nos pequenos frascos que est\u00e3o as melhores e mais fortes ess\u00eancias. Assunto encerrado. N\u00e3o se fala mais nisso.<\/p>\n Um cap\u00edtulo que merece destaque \u00e9 o c\u00e2mbio preciso e suave. Passei v\u00e1rias vezes as marchas no tempo, tanto para subir como para descer e usando a embreagem elas ficam ainda mais macias e precisas. S\u00e3o 5 velocidades com destaque para a 4\u00aa. Marcha que \u00e9 bem esticada. Sabendo us\u00e1-la corretamente conseguir\u00e1 boas velocidades no Overdrive (5\u00aa.marcha).<\/p>\n O motor \u00e9 monocil\u00edndrico e \u00e9 FLEX (funciona com \u00e1lcool e\/ou gasolina) com pot\u00eancia m\u00e1xima de \u00a012,2cv a 7500 rpm (gasolina) e 12,4 cv a 7500 rpm (\u00e1lcool). O torque \u00e9 de 1.28 kgf.m\/6000rpm (gasolina) e de 1.29 kgf.m\/6000 rpm (\u00e1lcool). S\u00e3o exatas 149,3cc em um motor 4 tempos SOHC, 2 v\u00e1lvulas, refrigerado a ar. Trocando em mi\u00fados ela consegue ser forte e ao mesmo tempo econ\u00f4mica. H\u00e1 relatos colhidos na concession\u00e1ria de pessoas que dizem ter conseguido (sic) chegar a 50 km\/l. Nos meus testes com garupa e sem garupa, cidade e estrada consegui (operando na faixa entre 5 e 6 mil rpm) bons n\u00fameros, mas n\u00e3o os 50 km\/l. Rodando apenas na cidade chegamos a 36km\/l com garupa. Sem garupa 38 km\/l. Na estrada com garupa 40 km\/l e sem garupa 41 km\/l. \u00d3timo consumo! Isso d\u00e1 a perspectiva m\u00ednima de autonomia de um m\u00ednimo de 432 km e a m\u00e1xima de 492 km.\u00a0 Com o pre\u00e7o da gasolina a R$ 3,30 e o tanque de 12 litros da Crosser custando R$ 39,60; estaremos entre R$ 0,10 e R$ 0,12 o km rodado. Aqui meu recado: \u201c- \u00c9 por isso, nobres autoridades da mobilidade urbana, que se prefere a moto em vez dos \u00f4nibus\u201d. Entenderam?<\/p>\n Uma curiosidade comparativa que gosto de fazer \u00e9 na rela\u00e7\u00e3o peso-pot\u00eancia. A Crosser possui uma raz\u00e3o de 10 kg\/cv, enquanto uma 50cc carrega 33,08 kg\/cv. Uma rela\u00e7\u00e3o bem cruel contra a 50cc e que justifica o bom consumo da Crosser. A transmiss\u00e3o \u00e9 por corrente.<\/p>\n Agora, meu amigo leitor, quer ver o \u201cc\u00e3o chupando manga?\u201d Ent\u00e3o abaste\u00e7a com \u00e1lcool. Esque\u00e7a consumo. \u00c1lcool \u00e9 para desempenho, ent\u00e3o: arrocha! A moto se transforma. Fica mais valente, mais desaforada e sem o menor pudor. Fica gostoso acelerar. Nela rodei pelas vielas da Prainha \u2013 uma vila de pescadores que fica em Aquiraz(CE), com direito a andar em lugar onde s\u00f3 passava bicicleta e a descer e subir escadas. Foi quando eu entendi a dica do Alexandre Patriarca. Vai brincar? Coloca \u00e1lcool.<\/p>\n Os pneus Metzeler\/ Tourance com c\u00e2mara 90\/90-19M\/C 52P e traseiro 110\/90-17M\/C 60P atendem bem no asfalto e inclusive em pista molhada. Em um dia de testes peguei uma chuva cruel e ainda com garupa. Decidi ir de Eus\u00e9bio(CE) \u00e0 Cascavel(CE), algo como 50km de estrada debaixo de chuva forte e em nenhum momento a moto reclamou falta de ader\u00eancia. Na terra e no cal\u00e7amento os pneus respondem bem proporcionando boa estabilidade, contato com o solo e, consequentemente, mais seguran\u00e7a, inclusive nas frenagens.<\/p>\n Os freios compostos por um disco dianteiro de 230mm hidr\u00e1ulico movido por pist\u00e3o simples e tambor mec\u00e2nico na roda traseira de 130mm est\u00e3o dentro do esperado, por\u00e9m, \u00e9 necess\u00e1ria uma pegada r\u00e1pida e em seguida a pegada mais forte para minimizar o efeito \u2018borrachudo\u2019. Um toquinho e em seguida a press\u00e3o certa dar\u00e3o uma sensa\u00e7\u00e3o de melhor seguran\u00e7a e firmeza na frenagem. Os traseiros respondem bem em todas as situa\u00e7\u00f5es e possuem regulagens, inclusive, de altura da mola.<\/p>\n Os controles s\u00e3o bem vis\u00edveis e trazem um conta-giros anal\u00f3gico, indicador de marcha, veloc\u00edmetro, hod\u00f4metro total\/ parcial e marcador de combust\u00edvel. Senti falta do lampejador de farol. Para mim uma economia de palito para quem colocou um painel digital.<\/p>\n O comprimento de 2.050mm, aliado a um entre eixos de 1.350mm proporciona uma pilotagem gostosa e com pouqu\u00edssima vibra\u00e7\u00e3o. A altura do assento me deixou bem \u00e0 vontade e seu \u00e2ngulo de caster a 26\u00ba. e o de trail com 92mm confirmam que esta moto \u00e9 boa de curva e atende bem em manobras e mudan\u00e7as r\u00e1pidas de curso.<\/p>\n Al\u00e9m disso a suspens\u00e3o traseira composta de balan\u00e7a oscilante monoshock com link com curso de 56,5mm aumenta a sensa\u00e7\u00e3o de conforto e de seguran\u00e7a. A suspens\u00e3o dianteira composta de garfo telesc\u00f3pico com curso de 180mm ajuda a copiar bem o solo e a minimizar os impactos na roda dianteira.<\/p>\n No teste com garupa, que sempre \u00e9 feito com a colabora\u00e7\u00e3o da minha esposa Jamile transcrevo aqui a opini\u00e3o dela: \u201cPara a garupa \u00e9 uma moto confort\u00e1vel. N\u00e3o sofremos com as irregularidades do solo e nem nos assustamos com as arrancadas. O banco \u00e9 bem largo e confort\u00e1vel e sem garupa pode colocar bagagem, pois tem onde prender, mesmo sem bagageiro, usando apenas um stick\u201d<\/em>. Obrigado Dona Jamile, continuemos no assunto.<\/p>\n Um dado importante em toda moto que \u00e9 leve demais \u2013 caso da Crosser \u2013 \u00e9 tomar cuidado com ventos laterais e deslocamento de ar provocado pela passagem de ve\u00edculos pesados. Fique atento a isso. N\u00e3o \u00e9 falha de projeto, \u00e9 caracter\u00edstica de projeto de todas as motos com essa configura\u00e7\u00e3o de peso e cilindrada.<\/p>\n Antes da Segunda Guerra Mundial a Yamaha fabricava um dos mais disputados pianos. Era comum, na Europa, toda casa ter um piano e assim a Yamaha ganhava a vida produzindo instrumentos destinados a tocar o prazer da m\u00fasica. Finda a Segunda Guerra Mundial e o Jap\u00e3o e Europa arrasados, o interesse por pianos diminui e essa precis\u00e3o herdada dos pianos migrou para as motos e depois da Lib\u00e9lula Vermelha \u2013 primeira moto da Yamaha \u2013 a tocada passou a ser outra. A Yamaha Motors herdou a logo do diapas\u00e3o \u2013 equipamento respons\u00e1vel pela afina\u00e7\u00e3o de instrumentos musicais. De l\u00e1 para c\u00e1 a Yamaha vem numa tocada forte e ultimamente, mais afinada com o que o mercado espera da casa do samurai. A Crosser \u00e9 uma dessas boas surpresas da Yamaha. Quem ganha somos n\u00f3s, consumidores.<\/p>\n CONFIRA GALERIA DE IMAGENS AP\u00d3S A FICHA T\u00c9CNICA.<\/strong><\/p>\n Ficha T\u00e9cnica – Yamaha XTZ 150 Crosser<\/strong><\/em> Pneus:<\/strong>\u00a090\/90-19 (diant.) \/ 110\/90-17 (tras.) Fotos:\u00a0<\/strong><\/a>Chassi, Design e acabamento<\/strong><\/h1>\n
<\/a>C\u00e2mbio<\/strong><\/h1>\n
<\/a>Motor<\/strong><\/h1>\n
<\/a>Pneus<\/strong><\/h1>\n
<\/a>Freios<\/strong><\/h1>\n
Controles\/ Painel<\/strong><\/h1>\n
<\/a>Conforto e Suspens\u00e3o<\/strong><\/h1>\n
<\/a><\/a>Conclus\u00e3o<\/strong><\/h1>\n
<\/a>
\nMotor:<\/strong>\u00a0Arrefecimento a ar, SOHC, monocil\u00edndrico, quatro tempos, 2 v\u00e1lvulas
\nCapacidade c\u00fabica 149,3 cm\u00b3
\nPot\u00eancia:<\/strong>\u00a0m\u00e1xima (declarada) 12,2 cv a 7.500 rpm (gasolina) e 12,4 cv a 7.500 rpm (etanol)
\nTorque:<\/strong>\u00a0m\u00e1ximo (declarado) 1,28 kgf.m a 6.000 rpm (gasolina) e 1,29 kgf.m a 6.000 rpm (etanol)
\nC\u00e2mbio:<\/strong>\u00a0Cinco marchas
\nTransmiss\u00e3o:<\/strong>\u00a0final corrente
\nAlimenta\u00e7\u00e3o:<\/strong>\u00a0Inje\u00e7\u00e3o eletr\u00f4nica
\nPartida:<\/strong>\u00a0El\u00e9trica
\nQuadro:<\/strong>\u00a0Ber\u00e7o semi-duplo em a\u00e7o
\nSuspens\u00e3o:<\/strong>\u00a0dianteira Garfos telesc\u00f3picos com 180 mm de curso
\nSuspens\u00e3o:<\/strong>\u00a0traseira Monoamortecida com link e 56,5 mm de curso
\nFreio:<\/strong>\u00a0dianteiro Disco simples de 230 mm de di\u00e2metro (vers\u00e3o ED)
\nFreio:<\/strong>\u00a0traseiro Tambor mec\u00e2nico de 130 mm de curso<\/p>\n<\/a>
\nComprimento:<\/strong>\u00a02.050 mm
\nLargura:<\/strong>\u00a0830 mm
\nAltura:<\/strong>\u00a01.140 mm
\nDist\u00e2ncia<\/strong>\u00a0entre-eixos:<\/strong>\u00a01.350 mm
\nDist\u00e2ncia do solo:<\/strong>\u00a0235 mm
\nAltura do assento:<\/strong>\u00a0836 mm
\nPeso a seco:<\/strong>\u00a0120 kg
\nTanque:<\/strong>\u00a012 litros \u2013 Reserva (3litros)
\nCores:<\/strong>\u00a0Branco, Cinza fosco e Laranja
\nPre\u00e7o sugerido:<\/strong>\u00a0R$ 9.350,00 (vers\u00e3o ED)<\/p>\n
\nJamile Sucupira e Luis Sucupira
\nAgradecimentos<\/strong>
\nCRASA MOTOS \u2013 Yamaha \u2013 Fortaleza(CE) e Paulo Roberto \u2013 CRASA Messejana (85) 32883654 e (85) 87741213.<\/p>\n<\/a>\n\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/a>\n\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/a>\n\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/a>\n\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/a>\n\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/a>\n\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t