<\/a>Estamos vivendo um momento especial neste pa\u00eds onde cobramos dos nossos representantes uma postura \u00e9tica, honesta; no popular – n\u00e3o \u00e0 corrup\u00e7\u00e3o e \u00e0 impunidade. Estamos indo \u00e0s ruas, entupindo as redes sociais com mensagens de ordem, buscando cassar o presidente do Congresso Nacional, puni\u00e7\u00e3o de magistrados que vendem senten\u00e7as e, at\u00e9 exigindo, o impeachment de uma presidente. Na teoria do da boca para fora estamos muito bem e seremos lindos na imagem, mas ser\u00e1 que \u00e9 “apenas para ingl\u00eas ver”? Parece que sim.<\/p>\nQuando vamos a pr\u00e1tica pessoal a coisa muda. Vamos falar de tr\u00e2nsito. Reclamamos a falta de fiscaliza\u00e7\u00e3o contra maus motoristas, mas formamos grupos para avisar sobre ‘blitz’. Exigimos penas de morte para quem dirige b\u00eabado e mata pessoas, mas procuramos saber se haver\u00e1 blitz no caminho do bar ou da festa. Este tipo de comportamento n\u00e3o condiz com os tempos atuais.<\/p>\n
O “bom samaritano” ou “fariseu”?<\/h2>\n
Usamos como exemplos os inabal\u00e1veis, os redimidos e os reintegrados, n\u00e3o nascidos santos. Da\u00ed ser inaceit\u00e1vel e injustific\u00e1vel qualquer desculpa para anunciar ‘blitz’. As desculpas s\u00e3o as mais esfarrapadas poss\u00edveis: ‘ajudar a um amigo que bebeu’; ‘ajudar um amigo que esqueceu seus documentos’;’ajudar a um amigo que n\u00e3o pagou o licenciamento’; ‘ajudar ao amigo que est\u00e1 sem grana e por isso nao pode pagar o licenciamento’; enfim, uma s\u00e9rie de desculpas para justificar o samaritanismo de avisar sobre ‘blitz’.
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