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{"id":2279,"date":"2007-11-01T01:08:03","date_gmt":"2007-11-01T07:08:03","guid":{"rendered":"http:\/\/blogs.forumpcs.com.br\/luis_sucupira\/?p=2279"},"modified":"2007-11-01T01:08:03","modified_gmt":"2007-11-01T07:08:03","slug":"a-anatomia-de-uma-marca","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/a-anatomia-de-uma-marca\/","title":{"rendered":"A anatomia de uma marca"},"content":{"rendered":"

“Embora tudo possa estar melhor, tamb\u00e9m est\u00e1 cada vez mais parecido.” <\/strong><\/p>\n

Paul Goldberg, principal correspondente cultural, The New York Times<\/p>\n

Ser\u00e1 que uma bebida que n\u00e3o tivesse sabor de fruta, n\u00e3o agregasse nenhum tipo de vitamina; possu\u00edsse nome duplo e de duplo sentido, que fizesse, indiretamente, refer\u00eancia a drogas que matam milhares de pessoas por ano, al\u00e9m de uma marca com letras manuscritas e tivesse uma garrafa no formato de uma l\u00e2mpada estilizada das mil e uma noites, voc\u00ea acha que daria certo <\/em> ?<\/p>\n

Agora imagine que n\u00e3o existem bebidas de cola e que algu\u00e9m resolveu criar uma. Imagine que esta bebida se chamaria Coca-Cola. O que passaria pela sua cabe\u00e7a ? Agora imagine que voc\u00ea \u00e9 gerente de marketing dessa empresa e que o dono, um ex-farmac\u00eautico ( n\u00e3o confundir com dono de farm\u00e1cia ) desiludido com os parcos rendimentos da profiss\u00e3o quer exatamente este nome. O que voc\u00ea diria a ele ?<\/p>\n

Com certeza seu discurso seria enviado atrav\u00e9s de um caprichado memorando, via e-mail, muito respeitosamente mostrando ao seu patr\u00e3o que uma marca que trouxesse o nome de duas drogas que matam n\u00e3o faria sucesso no Brasil e no mundo. E mais: nomes duplos e deduplo sentido, com letras quase que manuscritas n\u00e3o gerariam retorno e nem recall para os seus neg\u00f3cios. Mas, mesmo com todos os argumentos levantados o cliente insistiria em querer essa marca. A\u00ed voc\u00ea chamaria a ag\u00eancia de propaganda, mostraria o produto para ela e diria:\u00e9 isso que ser\u00e1 lan\u00e7ado no mercado. O pessoal da ag\u00eancia provaria a bebida. Ela n\u00e3o teria gosto de chocolate, morango, guaran\u00e1 ou de qualquer outro sabor j\u00e1 conhecido. N\u00e3o teria um gosto semelhante em nenhum lugar do mundo. Era agrad\u00e1vel, assim… meio amargo, meio doce enfim, deveria ser enquadrada como refrigerante. O pessoal da cria\u00e7\u00e3o ficou meio receoso de aceitar a campanha, mas o atendimento gostaria da verba e resolveria pegar.<\/p>\n

N\u00e3o. Esta n\u00e3o \u00e9 a verdadeira hist\u00f3ria da Coca-Cola. Mas n\u00e3o se engane. Se fosselan\u00e7ada hoje, com este nome talvez viesse a transformar-se num estrondoso fracasso. Fic\u00e7\u00e3o \u00e0 parte, a realidade \u00e9 que este refrigerante \u00e9 a marca de maior valor e a mais conhecida do planeta Terra. \u00c9 a primeira palavra pronunciada pela boca de muitas crian\u00e7as, que mesmo sem saber ler a identificam pelas cores e reconhecem pelo sabor o qual elas fizeram muitas caretas at\u00e9 decidirem aceit\u00e1-lo.<\/p>\n

Na realidade a Coca-Cola \u00e9 um rem\u00e9dio para dor-de-barriga, que tamb\u00e9m ajuda a desentupir pias e ralos, excelente para ressaca, enj\u00f4os; recomendada pelos m\u00e9dicos para reduzir os desconfortos provocados pelo sarampo. Apesar de ser tudo isso e de ter come\u00e7ado assim, virou refrigerante. Tudo pela vontade do consumidor e pela observa\u00e7\u00e3o do homem que percebeu que como rem\u00e9dio a Coca-Cola seria um fracasso. Sendo assim, podemos afirmar: a Coca-Cola \u00e9 um rem\u00e9dio que virou refrigerante.<\/p>\n

A culpa n\u00e3o \u00e9 do fabricante. Bem que ele tentou ” modernizar ” a marca, mudar o formato da garrafa e at\u00e9 mexer no sabor. Protesto geral,amea\u00e7a e queda nas vendas. Voltou tudo a ser como era antes.<\/p>\n

Ai, Jesus. Quem entende o consumidor… Ops ! Algu\u00e9m falou em Jesus ? No Maranh\u00e3o existe um refrigerante chamado Jesus, de gosto semelhante a framboesa mais morango e amora que n\u00e3o possui quase nenhum investimento em marketing e propaganda, comparando-o com outras marcas mais poderosas, e que desbancou as gigantes dos xaropes importados. Parece ser o \u00fanico lugar da Am\u00e9rica onde nenhuma outra marca estrangeira vence. Na terra de S\u00e3o Lu\u00eds a Coca-Cola e os outros tiveram que fazer acordo com Jesus. Hoje o Jesus \u00e9 da Coca-Cola.<\/p>\n

Em Pernambuco frevo tamb\u00e9m \u00e9 sin\u00f4nimo de refrigerante, ou melhor: tuba\u00edna. Mais uma a amea\u00e7ar o caminho da l\u00edder. A m\u00fasica que no in\u00edcio estava distante, agora incomoda os ouvidos da Coca-Cola. O Frevo j\u00e1 foi o segundo colocado. Se continuar assim em um pr\u00f3ximo carnaval o pernambucano vai beber e dan\u00e7ar o (F)frevo apreciando as placas de Coca-Cola.<\/p>\n

\u00c9 interessante perceber como as marcas s\u00e3o bastante lembradas mais pelos seus atributos e pelo status sinalizado que pelos benef\u00edcios racionais do produtos. Prova disso \u00e9 que duas das marcas mais famosas do mundo quando colocadas lado a lado para que o cliente de olhos vendados escolha qual \u00e9 a que corresponde a marca A e a que corresponde a marca B apresentaram \u00edndices cru\u00e9is e que s\u00f3 o marketing explica: acredite, a grande maioria simplesmente errou. Esse mesmo teste foi aplicado em marcas de cigarro, cervejas, salsichas, frango, presunto e muitas outras e o resultado foi o mesmo. Experimente. Fa\u00e7a voc\u00ea mesmo o teste. Uma marca, na grande maioria das vezes \u00e9 distinguida primeiro pelo signo, depois pelo sabor ou aroma. E os produtos de hoje est\u00e3o cada vez mais pr\u00f3ximos e parecidos. Os japoneses, pasmem, colocaram um chip numa imita\u00e7\u00e3o de Harley Davidson para que o barulho fosse igual. A Harley patenteou o barulho e os japoneses processaram. Na festa dos 100 anos a Harley liberou a patente, desistindo do processo.<\/p>\n

Uma marca \u00e9 na realidade um signo de apelo visual e de atributos psicol\u00f3gicos. Numa Harley um dos atributos \u00e9 o barulho.<\/p>\n

Criadas para proteger a propriedade, facilitar o acesso e a identifica\u00e7\u00e3o de produtos preferenciais do consumidor, as marcas se originaram na arte atrav\u00e9s dos escultores que usavam signos e assinaturas diferenciados para destacar sua obra dos demais.<\/p>\n

Quando o feudalismo passou a ser o modelo <\/strong> econ\u00f4mico-produtivo na Europa Ocidental come\u00e7aram a surgir o que se parece muito com as nossas feiras livres de hoje e com elas as guildas – associa\u00e7\u00f5es semelhantes aos nossos sindicatos trabalhistas . Uma das determina\u00e7\u00f5es dessas guildas era exigir que cada produtor colocasse uma marca em seus produtos. Isso permitia a identifica\u00e7\u00e3o mais f\u00e1cil de produtos de qualidade inferior e a aplica\u00e7\u00e3o de puni\u00e7\u00f5es para produtos enganosos e prejudiciais ao cliente.<\/p>\n

As marcas modernas surgiram na Revolu\u00e7\u00e3o Industrial <\/strong> por conta do uso de t\u00e9cnicas de promo\u00e7\u00e3o e vendas que exigiam nomes f\u00e1ceis de lembrar e pronunciar, originais e que ajudassem a descrever o produto. Hoje s\u00e3o milh\u00f5es e chegam a valer muito mais do que v\u00e1rias vezes o faturamento anual das empresas.<\/p>\n

Se uma marca identifica a origem do produto, protege o consumidor, possibilita a sele\u00e7\u00e3o de produtos e \u00e9 mais valorizada pelo status sinalizado do que pelos benef\u00edcios racionais do produto, ent\u00e3o est\u00e1 explicado por que deu certo um refrigerante que n\u00e3o tem sabor de fruta, que n\u00e3o agrega nenhum tipo de vitamina; que possui nome de duplo sentido e que se apresenta num design ultrapassado.<\/p>\n

Afinal de contas o refrigerante que voc\u00ea bebe \u00e9 na maioria das vezes apenas um atributo; uma emo\u00e7\u00e3o pra valer, que sempre mata a sua sede, assim como um copo d’agua ou suco, s\u00f3 que, no caso, o suco e a \u00e0gua possuem atributos mais fracos. \u00c9 isso ai ! Agora me d\u00ea licen\u00e7a pois est\u00e1 na hora de tomar meu rem\u00e9dio, quer dizer meu refrigerante. Ou seria meu atributo ?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

“Embora tudo possa estar melhor, tamb\u00e9m est\u00e1 cada vez mais parecido.” Paul Goldberg, principal correspondente cultural, The New York Times Ser\u00e1 que uma bebida que n\u00e3o tivesse sabor de fruta, n\u00e3o agregasse nenhum tipo de vitamina; possu\u00edsse nome duplo e de duplo sentido, que fizesse, indiretamente, refer\u00eancia a drogas que matam milhares de pessoas por …<\/p>\n

A anatomia de uma marca<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":22,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2279"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/22"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2279"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2279\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2279"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2279"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2279"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}