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{"id":2303,"date":"2011-03-12T06:46:33","date_gmt":"2011-03-12T09:46:33","guid":{"rendered":"http:\/\/blogs.forumpcs.com.br\/luis_sucupira\/?p=2303"},"modified":"2011-03-11T09:48:11","modified_gmt":"2011-03-11T12:48:11","slug":"feito-nas-coxas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/feito-nas-coxas\/","title":{"rendered":"Feito “nas coxas”. De onde vem o nosso h\u00e1bito de fazer arranjos?"},"content":{"rendered":"

<\/strong><\/em><\/p>\n

\"\"<\/a><\/strong>
De onde vem o nosso h\u00e1bito de fazer arranjos? E o que perdemos e ganhamos com isso?<\/figcaption><\/figure>\n

Nas minhas merecidas f\u00e9rias eu costumo cumprir \u00e0 risca duas coisas: divertir-me e acumular mais conhecimento. Nada melhor para isso que viajar de carro ou de moto, conversar e ouvir muito. Nessa \u00faltima viagem aprendi a origem do termo \u0091feito nas coxas\u0092.<\/p>\n

Visitando a Fortaleza de Santa Catarina (uma bela fortifica\u00e7\u00e3o com mais 300 anos de constru\u00edda) <\/em> , no Estado da Para\u00edba, Praia de Cabedelo, o guia de nome Jose\u00edlton mostrava a bela constru\u00e7\u00e3o em todos os seus detalhes. Sempre falante e com muita informa\u00e7\u00e3o, o guia explicou como foram fabricadas as telhas que substitu\u00edram o telhado de palha da primeira vers\u00e3o da Fortaleza. Segundo ele, n\u00e3o havia f\u00f4rma para moldar o barro em telha. Ato cont\u00ednuo, algu\u00e9m teve a id\u00e9ia de moldar as telhas nas coxas dos escravos. Funcionou!<\/p>\n

Telha-a-telha, coxa-a-coxa o telhado foi sendo recoberto. Mas apareceu um outro problema: como eram v\u00e1rios escravos moldando as telhas nas coxas e as coxas eram de tamanhos diferentes, o comandante do forte teve que resolver outro problema: como encaixar telhas de tamanhos diferentes? Primeira solu\u00e7\u00e3o foi fazer um telhado tr\u00edplice com eira, beira e sobeira (antigamente o estado social do dono de uma casa era medido pelo telhado. Com eira e beira era bem de vida. Com sobeira era muito rico ou muito importante).
\n<\/em><\/p>\n

Depois escolher tr\u00eas escravos ou seis coxas, com medidas semelhantes para reduzir ao m\u00e1ximo a diferen\u00e7a, a obra recome\u00e7ou. Mais um problema resolvido. O que era para ser apenas uma fileira de telhas teve que ter pelo menos tr\u00eas e, entre elas, foi posta a argamassa que, compactada, igualava o telhado. Ainda tiveram que ajustar os caibros e as ripas para poderem suportar tanto peso.<\/p>\n

Final da hist\u00f3ria: o problema foi resolvido, o telhado foi feito, mas perderam muito tempo, gastaram tr\u00eas vezes mais massa, madeira e barro e quase mataram tr\u00eas escravos de tanto fazer telha nas coxas.<\/p>\n

Assim, at\u00e9 hoje, o termo \u0091feito nas coxas\u0092 \u00e9 designado para coisas produzidas sob a \u00e9gide do arranjo e do improviso e, mesmo dotadas de boa dose de criatividade, acaba se transformando em um grande problema. \u00c9 o mesmo que juntar muita gente para melhorar um cavalo. Com certeza, se for \u0091feito nas coxas\u0092 esse cavalo melhorado se transformar\u00e1 numa girafa.<\/p>\n

No meu dia-a-dia vejo muitas dessas coisas. Pior que tentar resolver um problema \u00e9 multiplicar uma solu\u00e7\u00e3o trabalhosa ou pouco eficiente. Chamo isso de \u0091Maria-vai-com-as-outras\u0092. O \u0091Maria-vai-com-as-outras\u0092 sempre vem depois do \u0091feito nas coxas\u0092 \u00e9 o que chamamos hoje de \u0091transfer\u00eancia de conhecimento\u0092 ou de \u0091tecnologia embarcada\u0092.<\/p>\n

Nos treinamentos que tenho a grata oportunidade de ministrar (pois sempre aprendo mais que ensino) <\/em> mostro situa\u00e7\u00f5es onde o \u0091feito nas coxas\u0092 vira um \u0091Maria-vai-com-as-outras\u0092.<\/p>\n

No campo do aterramento descobri v\u00e1rias formas intrigantes dessas tentativas. A revista Setor El\u00e9trico havia divulgado que 87% dos domic\u00edlios levaria nota \u0091ZERO\u0092 em aterramento e o restante (13%) levaria nota \u0091UM\u0092. At\u00e9 ai nenhuma novidade, mas vejam as solu\u00e7\u00f5es que descobrimos: Preguinho na parede, barra de cobre chumbada da parede, fio terra ligado \u00e0 canos(tubula\u00e7\u00e3o de \u00e1gua) de cobre ou de ferro, aterramento port\u00e1til feito com lata de leite em p\u00f3, fio terra ligado no neutro do pr\u00e9dio, fio terra ligado ao vergalh\u00e3o do pr\u00e9dio.<\/p>\n

Fiquei curioso a respeito do assunto e fui conversar com v\u00e1rios especialistas sobre o tema. Apesar de parecer uma goza\u00e7\u00e3o eu pedi uma explica\u00e7\u00e3o s\u00e9ria o porqu\u00ea de n\u00e3o funcionar. Confesso que ri bastante. Eu tamb\u00e9m j\u00e1 havia realizado algumas destas experi\u00eancias. Foi essa curiosidade que me fez aprender 5 formas de como n\u00e3o fazer um aterramento.<\/p>\n

Thomas Edson, na tentativa n\u00famero 1000 ouviu de um de seus amigos que ele deveria \u0091desistir\u0092 de tentar inventar a l\u00e2mpada, pois tentara mil vezes e n\u00e3o conseguira. Edson respondeu que descobrira 1000 maneiras de \u0091n\u00e3o fazer\u0092 uma l\u00e2mpada. Poucas tentativas depois ele iria conseguir. Os amigos especialistas, pacientemente, me explicaram de uma forma muito interessante e f\u00e1cil de entender.<\/p>\n

Preguinho na parede<\/p>\n

: N\u00e3o funciona. Os materiais que comp\u00f5em a parede n\u00e3o garantem uma condu\u00e7\u00e3o eficiente da eletricidade est\u00e1tica ou da sobra de energia ( spikes <\/em> ou picos). Contou-me um engenheiro que o leigo \u0091piorou\u0092 isso utilizando bucha e parafuso de alum\u00ednio para n\u00e3o machucar o reboco da parede.<\/p>\n

Barra de cobre chumbada da parede<\/p>\n

: Mesmo problema do preguinho na parede. Portanto a \u00fanica utilidade dessa vara sepultada na parede \u00e9 mesmo ligar nada a coisa nenhuma, mesmo que ela esteja encostada no vergalh\u00e3o.<\/p>\n

Fio terra ligado \u00e0 canos(tubula\u00e7\u00e3o de \u00e1gua) de cobre ou de ferro<\/p>\n

: Imagine voc\u00ea que a \u00e1gua pode conduzir energia e que toda a tubula\u00e7\u00e3o dessa casa se comunica de alguma forma. Algu\u00e9m vai tomar banho e literalmente leva um choque. Imagine quantas pessoas quase morreram ou se acidentaram gravemente? Depois descobri que choques el\u00e9tricos j\u00e1 s\u00e3o a terceira causa mortis <\/em> em pessoas de 0 a 14 anos de idade.<\/p>\n

Aterramento port\u00e1til feito com lata de leite em p\u00f3<\/p>\n

: Essa \u00e9 brilhante! Voc\u00ea pega uma lata de leite em p\u00f3 integral da marca Nestl\u00e9, pois segundo o manual da tecnologia \u0091embarcada\u0092 (Maria-vai-com-as-outras) a lata do instant\u00e2neo e o leite de outra marca n\u00e3o funcionam. Depois voc\u00ea pega areia de rio virgem (????? Como saber se \u00e9 virgem?????) <\/em> , pois a colorida de aqu\u00e1rio n\u00e3o funciona. Complete com \u00e1gua at\u00e9 a metade e insira um fio 10 branco, pois o preto n\u00e3o serve (apesar de s\u00f3 mudar a pigmenta\u00e7\u00e3o da capa do fio) <\/em> . E por \u00faltimo ligue a outra ponta em um dos parafusos existentes na traseira do computador. Pronto, o seu terra port\u00e1til est\u00e1 ativado. Bom…. Tr\u00eas meses depois sua m\u00e1quina, com a ajuda dos coolers <\/em> estar\u00e1 oxidada e a lata… bom… o lat\u00e3o vai ser corro\u00eddo e quando precisar mover o seu terra, o conte\u00fado da lata, ficar\u00e1 espalhado pela casa, pois o fundo dela vai cair.<\/p>\n

Fio terra ligado no neutro do pr\u00e9dio<\/p>\n

: Aquele fio serve para equipamentos movidos a motores el\u00e9tricos e para o p\u00e1ra-raios. Equipamentos eletr\u00f4nicos n\u00e3o suportam esses tipos de ru\u00eddos. Segundo meu amigo \u00e9 o \u0091mesmo que ligar o cano da fossa com o da \u00e1gua de beber\u0092.<\/p>\n

Fio terra ligado ao vergalh\u00e3o do pr\u00e9dio<\/p>\n

: Nada garante que o vergalh\u00e3o do quinto andar de um pr\u00e9dio com 10 andares tenha comunica\u00e7\u00e3o com a terra que fica no subsolo. Portanto mais uma inutilidade para o lar.<\/p>\n

Assim aprendemos que \u0091feito nas coxas\u0092 n\u00e3o \u00e9 garantia de efici\u00eancia e o seu efeito colateral, o \u0091Maria-vai-com-as-outras\u0092, serve apenas para multiplicar um erro. Numa dessas viagens vi (em v\u00e1rios estados) garrafas pl\u00e1sticas de refrigerantes sendo colocadas, cheias de \u00e1gua, em cima dos rel\u00f3gios de medi\u00e7\u00e3o de uso de energia el\u00e9trica, sob o pretexto de que ajudaria a economizar energia. Com certeza! Uma hora esse pl\u00e1stico vazaria a \u00e1gua para dentro do rel\u00f3gio e, um curto-circuito, iria deixar a casa \u00e0s escuras, por alguns dias ou pelo menos por horas. Por n\u00e3o haver energia, n\u00e3o haveria consumo e assim haveria uma \u0091economia\u0092. Mas se a concession\u00e1ria resolvesse cobrar o rel\u00f3gio novo… bom, ai a economia se transformaria num estrondoso preju\u00edzo.<\/p>\n

O que \u00e9 \u0091Feito nas coxas\u0092 \u00e9 sin\u00f4nimo de caro, demorado e arranjado, al\u00e9m de pouco ou nada eficiente. E cuidado com o Maria-vai-com-as-outras: pergunte! Sempre! A curiosidade, neste caso, pode salvar o gato ou a gata, em vez de mat\u00e1-los.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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