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{"id":2806,"date":"2009-07-30T11:40:25","date_gmt":"2009-07-30T14:40:25","guid":{"rendered":"http:\/\/blogs.forumpcs.com.br\/luis_sucupira\/?p=2806"},"modified":"2011-01-28T21:03:48","modified_gmt":"2011-01-28T23:03:48","slug":"entrevista-exclusiva-richard-cameron-nvidia-brasil","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/entrevista-exclusiva-richard-cameron-nvidia-brasil\/","title":{"rendered":"ENTREVISTA EXCLUSIVA: Richard Cameron, NVIDIA Brasil"},"content":{"rendered":"

Recentemente o Governo Federal anunciou uma mudan\u00e7a no enquadramento das VGAs. H\u00e1 pouco tempo promovemos uma grande discuss\u00e3o aqui a respeito dos descaminhos dos impostos. O tema \u0091IMPOSTOS\u0092 \u00e9 algo bem pol\u00eamico e desagrad\u00e1vel para muitos pela forma como aplicam os recursos. No Brasil trabalhamos cerca de 4 meses para o governo e diariamente assistimos casos de m\u00e1 aplica\u00e7\u00e3o do dinheiro p\u00fablico. De outra forma, para suprir os desvios e os desmandos, o governo cria novos impostos ou passa a sobretaxar produtos at\u00e9 ent\u00e3o contemplados em al\u00edquotas menores com a promessa de melhoras que nunca acontecem.<\/p>\n

Para entender um pouco mais sobre o que est\u00e1 acontecendo, entrevistamos o executivo da NVIDIA Brasil, Richard Cameron Anderson, Country Manager-Brazil. Richard explica de forma clara e bem detalhada a quest\u00e3o dos impostos e ainda tra\u00e7a um perfil de mercado numa entrevista de bom conte\u00fado e que vai tirar a d\u00favida de muita gente. Estamos em contato com outros fabricantes para, tamb\u00e9m, publicar aqui, via entrevista, a opini\u00e3o deles sobre o tema. O tema \u00e9 de extrema import\u00e2ncia e merece tratamento aprofundado em vez de uma abordagem meramente superficial.Semana que vem daremos continuidade a s\u00e9rie dos anos 60\u0092 a 90\u0092.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong> – No \u00faltimo dia 22 o governo anunciou, atrav\u00e9s do Di\u00e1rio Oficial da Uni\u00e3o, a mudan\u00e7a no enquadramento fiscal das placas de v\u00eddeo, que trar\u00e1 um aumento inicial de 31% no pre\u00e7o desse tipo de mercadoria. Em outro c\u00e1lculo este valor pode chegar a 50%, como \u00e9 poss\u00edvel?<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – At\u00e9 recentemente havia-se tornado o padr\u00e3o de todos importadores de placas de v\u00eddeo utilizar a NCM 8473.30.43 em que \u00e9 descrita como uma “Placa de Microprocessamento com Dissipador de Calor inclusive em cartucho” que tem al\u00edquota de importa\u00e7\u00e3o de 0% e IPI de 2%. A nova resolu\u00e7\u00e3o, re-classifica as placas de v\u00eddeo dentro da NCM 8471.80.00 descrita como “Outras Unidades de M\u00e1quinas Autom\u00e1ticas para Processamento de Dados: com al\u00edquota de 16% de Imposto de Importa\u00e7\u00e3o e 15% de IPI. Al\u00e9m disso existe ainda a incid\u00eancia de 1,65% de PIS e 7,6% de COFINS. Estes impostos s\u00e3o compostos, ou seja de forma simplificada, um incide sobre o resultado do outro e n\u00e3o se somando todas as al\u00edquotas. Ou seja, imposto sobre imposto. Da mesma forma, o ICMS de cada estado \u00e9 calculado tamb\u00e9m de forma composta em cima do resultado dos impostos anteriores. Dependendo do estado e al\u00edquota de ICMS, o produto final pode chegar a ficar 50% mais caro para o usu\u00e1rio final. Esta nova classifica\u00e7\u00e3o imp\u00f5e ainda mais uma barreira, que \u00e9 a necessidade de “anu\u00eancia” de importa\u00e7\u00e3o. Isso significa que cada importa\u00e7\u00e3o necessita de licen\u00e7a de importa\u00e7\u00e3o expedida antes do embarque da mercadoria, dificultando ainda mais a importa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-A Nvidia t\u00eam adotado uma estrat\u00e9gia de divulgar a qualidade das GPUs e vem conseguindo crescer. Em alguns eventos com revendedores tive a oportunidade de acompanhar os comparativos e a rela\u00e7\u00e3o custo-benef\u00edcio em se adotar uma GPU em vez de CPU. At\u00e9 que ponto esta mudan\u00e7a afeta os planos da Nvidia?<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong>-Esta resolu\u00e7\u00e3o n\u00e3o muda em nada a nossa estrat\u00e9gia de fazer com a GPU fa\u00e7a cada vez mais para o usu\u00e1rio, muito al\u00e9m de somente processar vetores, pixels, shaders e imagens dos jogos com o m\u00e1ximo realismo e fidelidade \u00e0s leis da f\u00edsica. A NVIDIA com as nossas GPUs n\u00e3o tem nunca a inten\u00e7\u00e3o de substituir a CPU. A CPU tem e sempre ter\u00e1 um papel essencial em qualquer categoria de computador para executar os sistemas operacionais e as aplica\u00e7\u00f5es desenvolvidas para a arquitetura X86 da forma mais eficiente poss\u00edvel.<\/p>\n

“Atualmente a GPU de uma GeForce<\/p>\n

top de linha tem 240 n\u00facleos<\/p>\n

de processamento.”<\/p>\n

O que ocorre de fato \u00e9 que a taxa de evolu\u00e7\u00e3o das GPUs h\u00e1 quase 15 anos vem sendo pr\u00f3ximo a duas vezes a lei de Moore e recentemente, as GPUs se tornaram processadores com capacidade bruta de processamento muitas vezes superior \u00e0s CPUs mais avan\u00e7adas dispon\u00edveis hoje, sendo tamb\u00e9m processadores de centenas de n\u00facleos (Cores) e altamente paralelizado e program\u00e1vel. Atualmente a GPU de uma GeForce top de linha tem 240 n\u00facleos de processamento e uma capacidade bruta de um Tera-Flop e \u00e9 composto por cerca de 1,4 bilh\u00f5es de transistores, muito mais que qualquer CPUs x86. Em fun\u00e7\u00e3o disso a NVIDIA desenvolveu uma linguagem aberta de programa\u00e7\u00e3o chamada CUDA baseado em C, que permite aos desenvolvedores criarem aplicativos para usar o imenso poder de processamento paralelo para processar dados at\u00e9 200 vezes mais r\u00e1pido que em CPUs multi-core high-end. Hoje j\u00e1 existem mais de 60.000 desenvolvedores criando aplica\u00e7\u00f5es CUDA para usar o poder de processamento da GPU em seus softwares. Porem n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel ou economicamente vi\u00e1vel desenvolver sistemas operacionais, navegadores, messengers, editores de texto, planilhas ou programas de apresenta\u00e7\u00f5es para a GPU pois estas aplica\u00e7\u00f5es s\u00e3o essencialmente seriais e demandam pouco poder de processamento. Mas centenas de aplica\u00e7\u00f5es de engenharia, f\u00edsica, meteorologia, simula\u00e7\u00e3o f\u00edsica e financeira, edi\u00e7\u00e3o de fotos, v\u00eddeos, convers\u00e3o de v\u00eddeos, entre outros fazem uso da GPU para executar tarefas cotidianas e do consumidor dom\u00e9stico, at\u00e9 200 vezes mais r\u00e1pido que um programa similar que usa a CPU.<\/p>\n

“A classifica\u00e7\u00e3o fiscal NCM 8473.30.43<\/p>\n

foi originalmente criada para que a ind\u00fastria<\/p>\n

importasse as placas de co-processadores matem\u00e1ticos<\/p>\n

com al\u00edquotas de CPU.”<\/p>\n

Com o fortalecimento do conceito de GPGPU (General Purpose Graphics Processing Unit) surgiu o OpenCL, adotada pela Apple em seu novo sistema operacional Leopard e tamb\u00e9m DirectX Compute da Microsoft, incorporado nativamente na futura vers\u00e3o do Windows; Windows 7. Com a inclus\u00e3o destas tecnologias nos sistemas operacionais, ate as tarefas mais cotidianas como arrastar e soltar um v\u00eddeo para dentro do seu player de MP4, usa o poder da GPU para converter o v\u00eddeo e poder ser reproduzido pelo seu dispositivo. Muitos outros recursos dos sistemas operacionais, especialmente de interface, usam a GPU, liberando a CPU para outras atividades tornando o computador mais r\u00e1pido ou assim exigindo CPU menos poderosas para fazer as mesmas tarefas. Ou seja, \u00e9 praticamente a mesma coisa de quando t\u00ednhamos placas de co-processamento matem\u00e1tico Slot 1. Por sinal, a classifica\u00e7\u00e3o fiscal NCM 8473.30.43 foi originalmente criada para que a ind\u00fastria importasse as placas de co-processadores matem\u00e1ticos com al\u00edquotas de CPU pois tornavam os computadores mais r\u00e1pidos, exatamente o que hoje as placas de v\u00eddeo fazem para os principais sistemas operacionais e centenas de aplicativos.<\/p>\n

“Muitos n\u00e3o poder\u00e3o arcar<\/p>\n

com esses custos e, portanto comprar\u00e3o<\/p>\n

aquilo que o or\u00e7amento permite.”<\/p>\n

Em paralelo, o que j\u00e1 acontece h\u00e1 anos \u00e9 que aplica\u00e7\u00f5es de uso profissional, como AutoCAD, Catia, SolidWorks, GeoProbe e mais algumas centenas, listam GPUs como processadores ESSENCIAIS para rodar estas aplica\u00e7\u00f5es.Recentemente at\u00e9 o Photoshop, Premiere e After Effect da Adobe listam GPUs como componentes essenciais para habilitar recursos que afetam diretamente a produtividade de profissionais que usam estas ferramentas. No Brasil, milhares de CADistas, engenheiros, artistas, m\u00e9dicos, cientistas, projetistas, arquitetos, designers, ge\u00f3logos, geof\u00edsicos, dependem de GPUs para executar seus trabalhos. Estes profissionais e as empresas nas quais trabalham, ter\u00e3o de gastar muito mais e agora em raz\u00e3o disso muitos n\u00e3o poder\u00e3o arcar com esses custos e portanto comprar\u00e3o aquilo que o or\u00e7amento permite, reduzindo assim a produtividade e potencialmente a qualidade de seus trabalhos.<\/p>\n

“Estamos agora trabalhando com nossos parceiros<\/p>\n

para viabilizar a fabrica\u00e7\u00e3o das placas de v\u00eddeo GeForce<\/p>\n

para consumidores, no Brasil o mais r\u00e1pido poss\u00edvel.”<\/p>\n

Esta mudan\u00e7a de fato n\u00e3o afeta os planos da NVIDIA no Brasil no que tange desenvolver os mercados de games, entretenimento digital e todos os in\u00fameros mercados profissionais acelerados pelas GPUs. Mas estes ter\u00e3o de pagar mais ou comprar produtos menos poderosos. Estamos agora trabalhando com nossos parceiros para viabilizar a fabrica\u00e7\u00e3o das placas de v\u00eddeo GeForce para consumidores, no Brasil o mais r\u00e1pido poss\u00edvel. Mesmo assim, acreditamos que o pre\u00e7o final de uma placa produzida no Brasil ter\u00e1 um aumento de 30 a 35% em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s importadas at\u00e9 recentemente. Para as placas Quadro para o mercado profissional, n\u00e3o h\u00e1 como produzir estas placas no Brasil em nenhuma escala. O mercado profissional ir\u00e1 sofrer com o aumento de pre\u00e7os e n\u00e3o h\u00e1 qualquer sa\u00edda. Recomendo verificar os sites de aplica\u00e7\u00f5es como AutoCAD, Photoshop, CATIA, Solidworks e ver os requisitos m\u00ednimos exigidos (essenciais para rodar estas aplica\u00e7\u00f5es). Ver\u00e1 que as GPUs s\u00e3o requisitos M\u00cdNIMOS, e n\u00e3o apenas DESEJ\u00c1VEIS.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-Segundo alguns analistas, a inten\u00e7\u00e3o do governo federal \u00e9 for\u00e7ar a produ\u00e7\u00e3o desses componentes na Zona Franca de Manaus. O Brasil teria condi\u00e7\u00e3o a m\u00e9dio prazo de produzir as VGAs?<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – O Brasil j\u00e1 teve diversas empresas como Digitron, Flex, Terra da Amaz\u00f4nia, Phitronics, Jabil entre outras produzindo placas de v\u00eddeo localmente. Mas sempre se limitaram aos 3 ou 4 modelos mais b\u00e1sicos e nada mais. Com a al\u00edquota de importa\u00e7\u00e3o anterior (NCM 8473.30.43), o Brasil tinha \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o mais de 400 modelos de GPUs dispon\u00edveis, cada uma para atender a necessidade espec\u00edfica de performance, custo e uso de cada usu\u00e1rio. Com a nova al\u00edquota, a disponibilidade ser\u00e1 muito reduzida a alguns poucos modelos que tem possibilidade de ser fabricado no Brasil. Com a menor oferta de modelos, reduz a concorr\u00eancia entre fabricantes e modelos e o que possivelmente trar\u00e1 um impacto de aumento de pre\u00e7o ainda maior. Existe por\u00e9m in\u00fameras dificuldades conjunturais que tornam a fabrica\u00e7\u00e3o de placa de v\u00eddeo extremamente complicada como explicarei a seguir. Em fun\u00e7\u00e3o destas complexidades, alguns fabricantes amargaram preju\u00edzos, existindo inclusive, um fabricante cujo nome n\u00e3o pode ser divulgado, que foi for\u00e7ado a fechar sua f\u00e1brica, com preju\u00edzos de milhares de d\u00f3lares.<\/p>\n

As principais complexidades para a fabrica\u00e7\u00e3o local s\u00e3o: <\/strong><\/p>\n

1) Ciclo de vida de GPUs e o ciclo de vida e din\u00e2mica de mercado de placas de v\u00eddeo. <\/strong><\/p>\n

Como dito anteriormente, as GPUs evoluem a quase duas vezes a velocidade da lei de Moore (que se aplica \u00e0s CPUs), tendo novas gera\u00e7\u00f5es lan\u00e7adas em m\u00e9dia a cada seis meses e novos designs e produtos a cada semana no mercado internacional. Se analisarmos isso em compara\u00e7\u00e3o com outros produtos, vemos que as placas de v\u00eddeo e GPUs tem dentre todos os componentes de um computador moderno, o menor ciclo de vida de produto. Vejamos alguns outros produtos e seus ciclos de vida, a t\u00edtulo de exemplo (pois n\u00e3o deu tempo de pesquisar a fundo):<\/p>\n

\u0095 Placas de Fax Modem : Ciclo de vida m\u00e9dio : 5-10 anos<\/p>\n

\u0095 Soquete de CPU : Ciclo de vida m\u00e9dio: 3-4 anos<\/p>\n

\u0095 Interfaces de mem\u00f3rias : Ciclo de vida m\u00e9dio:3-4 anos (DDR1\/DDR2\/DDR3)<\/p>\n

\u0095 Chipset de motherboards : Ciclo de vida m\u00e9dio:2-5 anos<\/p>\n

\u0095 Modelos de motherboards : Ciclo de vida m\u00e9dio:2-3 anos<\/p>\n

\u0095 Modelos de placas de v\u00eddeo Ciclo de vida m\u00e9dio:6-9 meses<\/p>\n

Com isto em mente, analisemos as etapas e tempos para fabricar placas de v\u00eddeo no Brasil. <\/strong><\/p>\n

\u0095 Dia 0-Lan\u00e7amento de um modelo fabricado na \u00c1sia para o mercado mundial<\/p>\n

\u0095 M\u00eas 1-Chegada do produto no Brasil: A partir deste momento os fabricantes passam a analisar a aceita\u00e7\u00e3o deste modelo no mercado nacional e dimensionar demanda ent\u00e3o iniciam estudos de custo,volume, pre\u00e7os e viabilidade para fabrica\u00e7\u00e3o nacional<\/p>\n

\u0095 M\u00eas 2-3-Primeiros pedidos de placas em regime CKD s\u00e3o colocados com fabricantes na \u00c1sia. Estes kits precisam ser transportados via mar\u00edtima para serem competitivos. Somando-se tempo de prepara\u00e7\u00e3o de kits (lead-times), tr\u00e2nsito mar\u00edtimo, desembara\u00e7o, coloca\u00e7\u00e3o na f\u00e1brica, fabrica\u00e7\u00e3o e disponibilidade para entrega. Considera-se um prazo de 90 dias<\/p>\n

\u0095 M\u00eas 5-6 disponibilidade no mercado nacional<\/p>\n

\u0095 M\u00eas 6 -9 : Fim de vida (EOL-End of Life) do produto<\/p>\n

Com base nisso, pode-se concluir que o tempo que leva para testar o mercado, pedir, produzir e entregar os produtos fabricados no Brasil resulta no lan\u00e7amento de um produto em fase final da sua vida, quando n\u00e3o j\u00e1 obsoleto. Por\u00e9m a complexidade n\u00e3o termina ai.<\/p>\n

2) Dilui\u00e7\u00e3o de custos fixos de fabrica\u00e7\u00e3o (NREs-Non Recurring Expenses) <\/strong><\/p>\n

Para o in\u00edcio de fabrica\u00e7\u00e3o de qualquer componente eletr\u00f4nico, existem custos fixos bastantes elevados chamados pela ind\u00fastria de NREs. Estes custos incluem equipamentos, stencils, treinamento de funcion\u00e1rios, prepara\u00e7\u00e3o e programa\u00e7\u00e3o das linhas de produ\u00e7\u00e3o (soma-se down-time), equipamentos de testes (ICTs) desenvolvimento de embalagem, entre outros. Tipicamente para diluir estes custos fixos, \u00e9 necess\u00e1rio que um fabricante mantenha um produto em linha por pelo menos seis meses. Por\u00e9m como visto no ciclo de vida de produtos, o produto n\u00e3o vive por mais de 3 meses desde o lan\u00e7amento do produto fabricado no Brasil. Portanto torna-se economicamente desafiador, planejar a dilui\u00e7\u00e3o destes custos para um produto com vida t\u00e3o curta.<\/p>\n

3) MOQ (Minimum Order Quantity) e Economia de Escala de Produ\u00e7\u00e3o. <\/strong><\/p>\n

Os componentes de um kit CKD como resistores, capacitores, indutores, reguladores de voltagem e muitos outros, s\u00e3o vendidos em “rolos” como carret\u00e9is pois assim s\u00e3o fornecidos pelos fabricantes destes componentes. Cada componente possui uma quantidade diferente de pe\u00e7as em cada rolo e estes rolos, dificilmente podem ser cortados e particionados para atender a uma demanda de um pequeno volume. Portanto, todos fornecedores estipulam MOQs para cada pe\u00e7a baseado no melhor denominador entre todos os componentes para que n\u00e3o haja necessidade de cortar um rolo e eventualmente gerar desperd\u00edcio de componentes. Portanto, alguns fabricantes trabalham com MOQ de 5000, 6000, 10000 ou 12000 em geral.<\/p>\n

Aliado a isso, para que se compense o tempo de prepara\u00e7\u00e3o de uma linha de produ\u00e7\u00e3o e custos fixos relativos a esta atividade, bem como dilui\u00e7\u00e3o de outros custos fixos, \u00e9 necess\u00e1rio para que haja uma m\u00ednima economia de escala na produ\u00e7\u00e3o, de no m\u00ednimo 5000 pe\u00e7as em uma leva. Dentre os mais de 400 modelos de placas e v\u00eddeo dispon\u00edveis hoje no mercado, n\u00e3o mais do que meia d\u00fazia de modelos possuem uma demanda m\u00ednima de 5000 pe\u00e7as\/mes. Estes modelos somados representam em torno de somente 40% de todos os modelos vendidos. Os demais s\u00e3o imposs\u00edveis de fabricar em fun\u00e7\u00e3o de escala, MOQs ou at\u00e9 mesmo exig\u00eancias de controle de qualidade dos fabricantes, especialmente da NVIDIA para os modelos top-de-linha, que s\u00e3o todos fabricados pela pr\u00f3pria NVIDIA.<\/p>\n

3) Fluxo de caixa, cr\u00e9dito e risco <\/strong><\/p>\n

Como se pode observar existe um tempo m\u00e9dio de 3 meses entre pedido e disponibilidade da placa de v\u00eddeo fabricada no Brasil ou 6 meses entre o lan\u00e7amento no mercado exterior e disponibilidade o mercado brasileiro. Quando estas placas s\u00e3o vendidas no mercado nacional, os prazos m\u00e9dios de pagamento variam de 30 a 60 dias. Os fabricantes nacionais raramente conseguem mais do que 30 dias para pagamento aos seus fornecedores no exterior. Ou seja, existe um prazo m\u00e9dio de 4 meses entre pagamento e recebimento, chamado capital de giro. Se utilizarmos o seguinte c\u00e1lculo podemos verificar qual o capital de giro necess\u00e1rio para produzir somente 5 mil placas do modelo mais barato existente \u00e9 o calculado da seguinte maneira :<\/p>\n

\u0095 Modelo de placa de v\u00eddeo de entrada : Pre\u00e7o estimado FOB China do kit CKD $25 d\u00f3lares<\/p>\n

\u0095 Produ\u00e7\u00e3o de 5 mil pe\u00e7as \/mes: Total de $125.000 d\u00f3lares\/mes<\/p>\n

\u0095 Tempo entre pagamento e recebimento : 4 meses<\/p>\n

\u0095 Total de capital de giro necess\u00e1rio : $500.000 d\u00f3lares para produzir somente 5 mil placas\/m\u00eas de um \u00fanico modelo.<\/p>\n

“Nenhum produto listado acima,<\/p>\n

exceto mem\u00f3rias, sofre com uma din\u00e2mica<\/p>\n

de mercado t\u00e3o vol\u00e1til quanto GPUs e<\/p>\n

placas de v\u00eddeo.”<\/p>\n

Digamos que a ind\u00fastria fosse produzir placas para atender a demanda atual interna de aproximadamente 450 mil placas de v\u00eddeo\/m\u00eas, somente produzindo o modelo mais barato de entrada, seria necess\u00e1rio na soma de todos os fabricantes, de um total de $45 milh\u00f5es de d\u00f3lares de investimento em capital de giro. (aprox. R$ 85.500.000,00). Atualmente a ind\u00fastria local n\u00e3o disp\u00f5e deste n\u00edvel de capital ou cr\u00e9dito ocioso, ou muito menos seguro de cr\u00e9dito internacional (exigido por quase todos fornecedores da \u00c1sia) para fabricar este volume demandado pelo mercado nacional.<\/p>\n

Existe tamb\u00e9m o problema de risco financeiro. Nenhum produto listado acima, exceto mem\u00f3rias, sofre com uma din\u00e2mica de mercado t\u00e3o vol\u00e1til quanto GPUs e placas de v\u00eddeo. Pre\u00e7os mudam semanalmente no mercado internacional em fun\u00e7\u00e3o de lan\u00e7amentos de novos modelos e concorr\u00eancia entre fabricantes de placas e GPUs. Entre o lan\u00e7amento de uma GPU e o seu EOL (End of Life), a GPU sofre diversas quedas de pre\u00e7o. A GPU nos modelos de entrada, pode representar em torno de 30% do custo de uma placa e por si s\u00f3 j\u00e1 sofre com quedas de pre\u00e7o que n\u00e3o podem ser repassados via prote\u00e7\u00e3o de pre\u00e7o para os fabricantes que possuem kits em tr\u00e2nsito, fabrica\u00e7\u00e3o ou estoque. Os chips de mem\u00f3rias, componentes essenciais nas placas representam outros 30% do custo. Os pre\u00e7os de chips de mem\u00f3rias flutuam constantemente e radicalmente, \u00e0s vezes de forma t\u00e3o voraz e vol\u00e1til quanto a\u00e7\u00f5es em bolsas de valores. Fabricantes de mem\u00f3ria tamb\u00e9m n\u00e3o tem como oferecer prote\u00e7\u00e3o de pre\u00e7o. Enfim, o risco de desvaloriza\u00e7\u00e3o e perda financeira \u00e9 muito grande para um investimento de US$ 500 em produ\u00e7\u00e3o de 5 mil placas\/m\u00eas.A ind\u00fastria nacional historicamente tem apostado e investido em produtos com menor volatilidade e risco financeiro.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-Alguns usu\u00e1rios aqui do F\u00f3rumPCS protestaram muito e v\u00e1rios posts destacam que “o Brasil deu um passo grande para tr\u00e1s”. At\u00e9 que ponto o Sr. concorda com a afirma\u00e7\u00e3o?<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – Acredito que nosso governo sempre tem como objetivo fazer aquilo que \u00e9 melhor para n\u00f3s. Por\u00e9m, acredito que o Governo Brasileiro n\u00e3o tenha ainda plena consci\u00eancia da din\u00e2mica e complexidade descritas para a produ\u00e7\u00e3o de placas de v\u00eddeo no Brasil. Acredito tamb\u00e9m que o governo ainda n\u00e3o tenha tido a oportunidade de analisar o impacto negativo nas ind\u00fastrias criativas, produtivas e cientificas e como isso afetar\u00e1 negativamente o tempo de descoberta, inova\u00e7\u00e3o e at\u00e9 bem estar social. Acredito ainda que ainda n\u00e3o tenha pleno entendimento do fato que uma placa de v\u00eddeo, embora seja uma “placa” usualmente associada \u00e0s placas mais simples e commoditizadas como placas de TV, Placas de Fax Modem, Placas de Rede, (muito f\u00e1ceis de produzir, baratas e quase sem risco financeiro) \u00e9 de fato um meio para entregar ao consumidor um segundo processador com uma capacidade de processamento fenomenal e que vem sendo usado de milhares de maneiras e n\u00e3o somente para jogos de computador. Talvez tamb\u00e9m n\u00e3o tenha conhecimento da import\u00e2ncia que a GPU representa para a melhor experi\u00eancia e performance de novos sistemas operacionais e tamb\u00e9m n\u00e3o tenha conhecimento das centenas de aplica\u00e7\u00f5es baseadas em CUDA que usam as GPU para gerar resultados de 5 a 200 vezes mais r\u00e1pidos que CPUs, tanto em aplica\u00e7\u00f5es cient\u00edficas como em aplica\u00e7\u00f5es do cotidiano para usu\u00e1rios dom\u00e9sticos.<\/p>\n

“A NVIDIA obedece e acata a decis\u00e3o atual<\/p>\n

e j\u00e1 esta trabalhando para tentar minimizar<\/p>\n

as poucas complexidades de fabrica\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n

Tenho plena convic\u00e7\u00e3o que o governo brasileiro far\u00e1 sempre o que \u00e9 melhor para o desenvolvimento sustentado de todas as ind\u00fastrias nacionais a longo prazo e em breve sentir\u00e1 os efeitos da decis\u00e3o e mais cedo ou mais tarde reverter\u00e1 esta decis\u00e3o. Cabe \u00e0 classes profissionais, ag\u00eancias de fomento, artistas digitais, engenheiros, arquitetos, cientistas, m\u00e9dicos, e a popula\u00e7\u00e3o em geral que depende dos processadores gr\u00e1ficos para entretenimento digital, a se manifestarem individual ou coletivamente e apresentar os efeitos negativos que tal medida representa para a sua vida e profiss\u00e3o e finalmente \u00e0 economia a longo prazo. A NVIDIA obedece e acata a decis\u00e3o atual e j\u00e1 esta trabalhando para tentar minimizar as poucas complexidades de fabrica\u00e7\u00e3o sobre as quais podemos atuar para tenta atender pelo menos uma pequena parcela da demanda latente.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-O senhor tem id\u00e9ia de quem se beneficiaria de uma medida destas?<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – Ainda \u00e9 cedo para dizer.E neste momento n\u00e3o nos cabe especular.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-O usu\u00e1rio do F\u00f3rumPCS, ARBALEST, postou uma d\u00favida no site a respeito do assunto. Segundo ele, “Tirando o lado de consumidor e olhando pelo lado de um fabricante (montador) a Digitron tem uma boa oportunidade de ingressar no mercado de montagem de VGAS aqui no Brasil, uma vez que a gigabyte produz VGAs tamb\u00e9m. Agora s\u00f3 uma d\u00favida: o que for fabricado aqui somente pagara IPI? Em pouco tempo os valores ir\u00e3o subir 31%? Isso procede?”<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – Sim. Uma placa de v\u00eddeo fabricada no Brasil tamb\u00e9m paga IPI. Os impostos de importa\u00e7\u00e3o de kits e seus componentes s\u00e3o bem inferiores a importa\u00e7\u00e3o das placas com a nova al\u00edquota. Por\u00e9m no Brasil a m\u00e3o de obra custa quase 10 vezes mais que na \u00c1sia. Mesmo produzindo no Brasil haver\u00e1 um aumento significativo do custo das placas fabricadas no Brasil em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s placas at\u00e9 ent\u00e3o importadas com a NCM 8743.30.43 com Imposto de Importa\u00e7\u00e3o de 0% e IPI de 2%. Teremos tamb\u00e9m muito menos modelos para escolher e seus ciclos de vida ser\u00e1 m\u00ednimo quando n\u00e3o obsoletas e custar\u00e3o mais. Quem precisar de modelos melhores ter\u00e1 de pagar muito mais.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-O T-Rodman, outro usu\u00e1rio do F\u00f3rumPCs, questiona se com esta nova pol\u00edtica os “notes com VGA tamb\u00e9m, em tese, v\u00e3o sofrer com o aumento de pre\u00e7o nesse componente?”<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – N\u00e3o. A resolu\u00e7\u00e3o aplica-se somente a PLACAS de v\u00eddeo como componentes de computadores fabricados no Brasil.Nos notebooks as GPUs NVIDIA j\u00e1 vem incorporadas dentro do produto e a al\u00edquota \u00e9 a mesma para o notebook.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-O Clart, tamb\u00e9m usu\u00e1rio, faz um questionamento. Segundo ele comenta no seu post “No passado quando eu falei (Clart) que existe uma cultura imediatista no empresariado Brasileiro, que particularmente, limita muito esse mercado “high-end” fui quase “atacado” aqui no f\u00f3rum, agora gostaria que algu\u00e9m explicasse por que as placas eram t\u00e3o caras? Agora a culpa \u00e9 do governo e seremos n\u00f3s os consumidores\/contribuintes que iremos pagar o pato? Os impostos n\u00e3o eram a raz\u00e3o para as placas serem t\u00e3o caras aqui???”<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – Esta \u00e9 uma pergunta muito relativa.A no\u00e7\u00e3o do que \u00e9 caro ou barato depende muito do motivo pelo qual o usu\u00e1rio compra uma placa. Para uma grande firma de engenharia civil, uma placa \u00e9 muito barata comparado \u00e0 produtividade que seus engenheiros obt\u00e9m em criar projetos de pontes, t\u00faneis etc. Para algu\u00e9m com alguns poucos sal\u00e1rios m\u00ednimos, uma placa de entrada pode parecer cara. Caro tamb\u00e9m pressup\u00f5e que se esteja comparando com outro item similar ou o mesmo item no exterior. Se formos analisar pelo lado da tecnologia e que GPUs s\u00e3o processadores muito mais poderosos para processamento com centenas de n\u00facleos e bilh\u00f5es de transistores, s\u00e3o muito baratos em rela\u00e7\u00e3o a CPUs com quatro n\u00facleos, a metade do n\u00famero de transistores e uma fra\u00e7\u00e3o da capacidade de processamento. A no\u00e7\u00e3o de caro \u00e9 relativo.<\/p>\n

“As GPUs s\u00e3o os processadores<\/p>\n

mais baratos do mundo.”<\/p>\n

J\u00e1 se concordarmos que GPUs s\u00e3o processadores multi-core com centenas de n\u00facleos formados por bilh\u00f5es de transistores e uma capacidade de processamento medida em gigaflops, veremos que de fato as GPUs s\u00e3o os processadores mais baratos do mundo. Vamos fazer a seguinte an\u00e1lise :<\/p>\n

\u0095Um processador Intel Core i7 de 3.2 Ghz presumindo um processamento de 8 flops\/clock vezes 4 n\u00facleos, resulta teoricamente em 102.4 Gflops de capacidade de processamento. O pre\u00e7o deste processador no varejo dos EUA = $ 1000,00<\/p>\n

\u0095Resultado = $9,76 por Gflop<\/p>\n

\u0095Uma GPU GeForce GTX 285 de 1457 Mhz, 3 flops por clock vezes 240 n\u00facleos, resulta teoricamente em 1062 Gflops de capacidade de processamento. O pre\u00e7o de uma placa de v\u00eddeo com este processador gr\u00e1fico (j\u00e1 incluindo placa, dissipador, 1Gb de mem\u00f3ria) no varejo nos EUA = $ 329,00<\/p>\n

\u0095Resultado = $0,31 por Gflop<\/p>\n

\u0095Ou seja, Por esta \u00f3tica simplista de pre\u00e7o por capacidade de processamento, uma CPUs custa 31 vezes mais que GPUs. Obviamente que esta \u00e9 uma an\u00e1lise simplista somente de capacidade bruta de processamento. Usu\u00e1rios t\u00edpicos nunca usam esta carga de processamento tanto em CPUs como em GPUs. Novamente a no\u00e7\u00e3o do que \u00e9 caro ou barato \u00e9 relativo.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-O senhor acredita que a medida vai estimular o descaminho (ou contrabando como popularmente \u00e9 chamado) na comercializa\u00e7\u00e3o das VGAs?<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – Acredito que sim. Em 2004 quando as placas de v\u00eddeo tinham uma tributa\u00e7\u00e3o de 12% de Imposto de Importa\u00e7\u00e3o e 15% de IPI em outra classifica\u00e7\u00e3o fiscal, o mercado consumia aproximadamente 140 mil placas de v\u00eddeo por m\u00eas sendo que 98% desde volume era importado por vias n\u00e3o regulares ou legais. Tudo nos leva a acreditar que este cen\u00e1rio est\u00e1 muito pr\u00f3ximo de acontecer novamente. O motivo pelo qual as placas tinham esta outra classifica\u00e7\u00e3o no passado era por que a GPU n\u00e3o era ainda considerado um microprocessador e n\u00e3o realizava muito mais do que acelerar jogos. Hoje as GPUs, (e desde a gera\u00e7\u00e3o 8 da GeForce), s\u00e3o processadores multi-core, program\u00e1veis e com capacidade de processamento muito maior que CPUs e como dito anteriormente, aceleram at\u00e9 mesmo os sistemas operacionais novos tornando qualquer tipo de computador mais r\u00e1pido e produtivo.<\/p>\n

F\u00f3rumPCS <\/strong>-O Paulo Couto, Editor Chefe do F\u00f3rumPCs, comenta a medida dizendo que “o Brasil n\u00e3o produz VGAs (se produz, os volumes n\u00e3o s\u00e3o significativos), portanto taxar a importa\u00e7\u00e3o n\u00e3o “preserva” a ind\u00fastria local. As CPUs (processadores) s\u00e3o isentos de imposto de importa\u00e7\u00e3o e s\u00f3 pagam 2% de IPI. Os IGPs tamb\u00e9m. Portanto quem tem chipset com IGP vai continuar importando com isen\u00e7\u00e3o, e quem tem (ou ter\u00e1) processador com GPU integrada tamb\u00e9m.” A pergunta que o Paulo faz \u00e9 “Ent\u00e3o, essa lei ajudou a quem? e prejudicou a quem? Qual foi a motiva\u00e7\u00e3o para alterar a classifica\u00e7\u00e3o fiscal das VGAs?”<\/p>\n

Richard Cameron <\/strong> – Como disse anteriormente, ainda \u00e9 cedo para dizer a quem esta medida ajudou. Mas certamente n\u00e3o ajudou as cerca de 160 mil pessoas, consumidores, profissionais que consomem placas de v\u00eddeo todo m\u00eas. N\u00e3o temos id\u00e9ia de qual foi a motiva\u00e7\u00e3o e n\u00e3o nos cabe o papel de descobrir. Acredito ser este o papel da imprensa. Cabe-nos o papel de transmitir o impacto nas ind\u00fastrias e classes de consumidores que usam as GPUs direta ou indiretamente para produzirem mais e exercerem sua criatividade. Cabe-nos a responsabilidade de adaptar a nova situa\u00e7\u00e3o e trabalhar com nossos clientes para que os consumidores n\u00e3o fiquem sem produtos.<\/p>\n

“Ainda \u00e9 cedo para dizer a quem esta medida ajudou.<\/p>\n

Mas certamente n\u00e3o ajudou as cerca de 160 mil pessoas,<\/p>\n

consumidores, profissionais que consomem placas de<\/p>\n

v\u00eddeo todo m\u00eas.”<\/p>\n

Richard Cameron Anderson,<\/p>\n

Country Manager-Brazil<\/p>\n

Este foi mais um trabalho de equipe do F\u00f3rumPCS<\/p>\n

Entrevista-Luis Sucupira<\/p>\n

Revis\u00e3o-Wesley Moraes<\/p>\n

Colabora\u00e7\u00e3o-Paulo Couto<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Recentemente o Governo Federal anunciou uma mudan\u00e7a no enquadramento das VGAs. H\u00e1 pouco tempo promovemos uma grande discuss\u00e3o aqui a respeito dos descaminhos dos impostos. O tema \u0091IMPOSTOS\u0092 \u00e9 algo bem pol\u00eamico e desagrad\u00e1vel para muitos pela forma como aplicam os recursos. No Brasil trabalhamos cerca de 4 meses para o governo e diariamente assistimos …<\/p>\n

ENTREVISTA EXCLUSIVA: Richard Cameron, NVIDIA Brasil<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":22,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[317,1],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2806"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/22"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2806"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2806\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":210974,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2806\/revisions\/210974"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2806"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2806"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2806"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}