H\u00e1 uma grande diferen\u00e7a entre \u0091prever\u0092 o futuro e \u0091arriscar\u0092 o futuro. Lembre-se da Lei de Peter: “Sempre acontece o inesperado!” Al Ries e Jack Trout. <\/em><\/p>\n O Ano-Novo \u00e9 um evento que acontece em todas as culturas que t\u00eam calend\u00e1rios anuais. A celebra\u00e7\u00e3o \u00e9 tamb\u00e9m chamada r\u00e9veillon, termo oriundo do verbo r\u00e9veiller, que em franc\u00eas significa “despertar”.<\/p>\n A comemora\u00e7\u00e3o ocidental originou-se num decreto do governador romano J\u00falio C\u00e9sar, que fixou o 1\u00ba de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano(janeiro vem de Jano), o deus dos port\u00f5es que tinha duas faces – uma voltada para frente e a outra para tr\u00e1s.<\/p>\n No antigo Egito, h\u00e1 3750 anos antes de Cristo!(\u00c9 o novo…) A estrela Sirius alinhava-se com a estrela Canopus no rumo Sul ao centro da Via-L\u00e1ctea; exatamente \u00e0 zero-hora sobre as Pir\u00e2mides de Gize. O calend\u00e1rio eg\u00edpcio deu lugar ao crist\u00e3o. O primeiro minuto de janeiro, abre a janela do Ano-Novo com as estrelas Orion e Sirius at\u00e9 os dias de hoje.<\/p>\n E assim, pela nossa veia cabal\u00edstica-premonit\u00f3ria, todo fim-de-ano \u00e9 a mesma coisa. Previs\u00f5es e mais previs\u00f5es, pois o neg\u00f3cio \u00e9 adivinhar! Algu\u00e9m casar\u00e1 ou pedir\u00e1 div\u00f3rcio, outros morrer\u00e3o, pol\u00edticos caem e outros sobem, cataclismos e revoltas da natureza, o mundo vai acabar e por ai vai. Todas elas feitas sem nenhuma responsabilidade. N\u00e3o gosto de previs\u00f5es. Prefiro apostas, pois nas previs\u00f5es n\u00e3o h\u00e1 responsabilidade com os riscos, nas apostas, sim.<\/p>\n Gosto de uma passagem de S\u00f3crates quando ele fala das tr\u00eas peneiras. A primeira \u00e9 a da verdade (o que vai dizer \u00e9 uma verdade?), a segunda da bondade (o que vai revelar melhora a vida das pessoas?) e a terceira \u00e9 a da necessidade (elas precisam saber disso?). Se qualquer informa\u00e7\u00e3o que vier a ser dita conseguir passar pelas tr\u00eas peneiras ela deve ser divulgada. Caso contr\u00e1rio guarde-a para si. Ser\u00e1 uma fofoca a menos para consumir o nosso precioso e escasso tempo.<\/p>\n Em junho de 2007 eu fiz uma arrisquei uma aposta na qual os notebooks iriam popularizarem-se em dois anos. Apostei ainda que este seria um ano diferente para os port\u00e1teis. Em ambas acertei, mas errei num ponto: a populariza\u00e7\u00e3o do notebook j\u00e1 havia come\u00e7ado.<\/p>\n No artigo ( A irrevers\u00edvel populariza\u00e7\u00e3o do notebook<\/a> .) citei um Decreto do governo onde estavam listadas as configura\u00e7\u00f5es para que pudessem ter acesso ao pre\u00e7o diferenciado. Segundo o Decreto a principal novidade seria a oficializa\u00e7\u00e3o dos notebooks no programa, que teriam limite de pre\u00e7o de 1,8 mil reais para receber os benef\u00edcios. Os equipamentos deveriam ter sistema operacional e aplicativos em c\u00f3digo aberto, freq\u00fc\u00eancia m\u00ednima de 1,4 Ghz, mem\u00f3ria principal m\u00ednima de 512 MB, uma unidade de disco r\u00edgido de 40 GB, gravador de CD e leitor de DVD ou grava\u00e7\u00e3o de CD e DVD. A tela seria do tamanho m\u00ednimo de 14 polegadas TFT colorido (matriz ativa). A interface de som compat\u00edvel com Sound Blaster PCI, 16 Bits, Plug & Play, com alto-falantes est\u00e9reo embutidos ao equipamento. Estavam previstas tr\u00eas interfaces de comunica\u00e7\u00e3o USB 2.0, interface de comunica\u00e7\u00e3o sem-fio, adaptador 110\/220V, e o notebook deveria pesar no m\u00e1ximo tr\u00eas quilos. Os consumidores tiveram as mesmas condi\u00e7\u00f5es oferecidas para os desktops, como o financiamento com recursos do FAT.<\/p>\n Da mesma forma como aconteceu com os desktops os notebooks receberam os benef\u00edcios da redu\u00e7\u00e3o dos impostos e ao contr\u00e1rio do que muitos pensavam passaram a vender ainda mais.<\/p>\n Esse n\u00famero hoje \u00e9 expressivo. Em apenas tr\u00eas meses foi vendido o mesmo que foi comercializado em nove meses de 2006. O ano realmente foi do notebook.<\/p>\n Mas a sua populariza\u00e7\u00e3o j\u00e1 ter come\u00e7ado foi a que mais me causou surpresa.Crian\u00e7as utilizando notebooks e tais equipamentos sendo fornecidos pelo governo gratuitamente para escolas p\u00fablicas, pra mim, n\u00e3o significa populariza\u00e7\u00e3o. \u00c9 apenas uma conseq\u00fc\u00eancia de evolu\u00e7\u00e3o de mercado ou uma a\u00e7\u00e3o seq\u00fcencial esperada no decorrer de um tempo. Mas outros sinais apontam para uma antecipa\u00e7\u00e3o dessa tend\u00eancia.<\/p>\n J\u00e1 fazia algum tempo que minha m\u00e3e, professora universit\u00e1ria, desejava comprar um notebook para e-mails e apresenta\u00e7\u00f5es de suas aulas. Mas ainda tinha resist\u00eancia \u00e0 maquininha, pois era mais uma coisa a levar. N\u00e3o resistiu e acabou comprando. Mas essa ainda n\u00e3o foi a minha maior surpresa. B\u00e1rbara, a garota que cuida dos servi\u00e7os dom\u00e9sticos da casa e ainda estuda \u00e0 noite me procurou para perguntar o que achava do notebook que ela havia comprado, um Bluesky (marca pr\u00f3pria OEM de uma grande rede de magazines). Passado o espanto inicial as fichas come\u00e7aram a cair. Ela me mostrou o equipamento que ainda estava na caixa. As configura\u00e7\u00f5es eram as mesmas determinadas pelo Decreto do Governo Federal e ainda vinha com outras vantagens tipo o Vista. N\u00e3o resisti. Pedi o da minha m\u00e3e, que era o mesmo, para dar uma \u0091testadinha\u0092. Gostei principalmente da autonomia da bateria que \u00e9 superior a 1 hora.<\/p>\n J\u00e1 havia dito que o segundo computador de uma casa seria um note. Outra verdade incompleta. Na realidade o segundo e o terceiro computador de uma casa podem ser um notebook. Claro que n\u00e3o d\u00e1 para tirar o Brasil pela casa dos meus pais, mas isso j\u00e1 mostra a confirma\u00e7\u00e3o de uma tend\u00eancia de comportamento; a mesma que aconteceu com os celulares. O fato me chama a aten\u00e7\u00e3o por ser o Cear\u00e1 um dos Estados mais pobres da Federa\u00e7\u00e3o, com baixos sal\u00e1rios m\u00e9dios, com poucas oportunidades e que tem uma boa parte da popula\u00e7\u00e3o com m\u00e9dia escolaridade. Mesmo assim, a B\u00e1rbara comprou o seu primeiro computador ganhando 1,5 sal\u00e1rio pagando uma presta\u00e7\u00e3o de R$ 130,00 em 12 vezes.<\/p>\n Depois disso passei a rever a minha an\u00e1lise do mercado para tentar entender o que estava acontecendo e o que viria por ai.<\/p>\n Dois conceitos me chamaram a aten\u00e7\u00e3o: portabilidade e conectividade. Homens e mulheres reclamam que andar por ai com tantos acess\u00f3rios seria uma coisa pra l\u00e1 de inconveniente. MP4, MP3, notebook, celular, c\u00e2mera digital, pendrive e por ai vai. \u00c9 certo tamb\u00e9m pensar que as mulheres j\u00e1 compram tecnologia quase que nas mesmas propor\u00e7\u00f5es que os homens (Veja o artigo- Do que as mulheres tamb\u00e9m gostam-parte II<\/a> ) e que preferem os notebooks de tamanho menor, cor branca, tela pequena (m\u00e1ximo 14 polegadas) e fundamentalmente os de menor peso. Al\u00e9m disso, devem ser f\u00e1ceis de conectar, r\u00e1pidos e, que caibam em suas bolsas, que a prop\u00f3sito est\u00e3o cada vez maiores e mais carregadas de coisas. Vale aqui uma curiosidade: as pessoas para economizarem com telefone est\u00e3o usando mais de dois celulares, sendo um para cada operadora (que confus\u00e3o!).<\/p>\n Seguindo o racioc\u00ednio da CONECTIVIDADE e da PORTABILIDADE chegamos a inclus\u00e3o do terceiro ponto: INTEGRA\u00c7\u00c3O. Assim a tend\u00eancia mostra a prefer\u00eancia por equipamentos com conectividade, portabilidade e integrados-os famosos X em 1. Nessa linha surgem os iPhones e os Smartphones.<\/p>\n O mundo quer tudo sem fio! Notebooks, impressoras, televisores, som, mouse, teclado, joysticks… Tudo wireless!<\/p>\n Uma outra linha dever\u00e1 adaptar-se a esse conceito do mundo sem-fio. Os m\u00e9dia centers se render\u00e3o a esse novo mundo e v\u00e3o \u0091bombar\u0092 sem-fio. Os home theaters menores e com maior pot\u00eancia dever\u00e3o pegar (vide lan\u00e7amento do VIBEMIX Extralife 2.2 com 80W\/RMS). Alguns acess\u00f3rios para notebook que j\u00e1 v\u00eam em maletinhas do tamanho de tr\u00eas caixas de CD empilhadas e que est\u00e3o vindo com fios retr\u00e1t\u00e9is aparecer\u00e3o em 2008 numa vers\u00e3o com acess\u00f3rios sem-fio. J\u00e1 h\u00e1 um \u0091boom\u0092 de vendas para os produtos da marca D\u00b4Link. Nas palestras realizadas pelos instrutores dessa marca n\u00e3o se espera menos que sala cheia e gente sobrando do lado de fora for\u00e7ando a realiza\u00e7\u00e3o de outra apresenta\u00e7\u00e3o. A NOKIA lan\u00e7ou o N95, um Smartphone que \u00e9 comercializado com exclusividade, durante o seu lan\u00e7amento, pelas lojas da rede VarejoInfo ( www.varejoinfo.com.br<\/a> ) com internet inclusa e desbloqueado por R$ 2.100,00. Tive a oportunidade de ver a apresenta\u00e7\u00e3o do equipamento pela equipe da NOKIA e confesso que fiquei tentado a andar com um.<\/p>\n Uma novidade interessante neste Natal foram as caixinhas de som port\u00e1teis para amplificar o som de MP4 e MP3 que antes eram comercializadas a valores acima de R$ 100 reais e j\u00e1 podem ser encontradas por menos de R$ 70,00. Recentemente adquiri um modelo da marca Clone para MP4\/MP3 que tem um bom som, j\u00e1 vem com pilhas, conex\u00e3o USB e adaptadores P1\/P2 e custou apenas R$ 15,00. Comprei v\u00e1rias delas para dar de presente no Natal, pois meus amigos e familiares tinham MP3 e MP4 mas n\u00e3o tinham uma caixa de som port\u00e1til. Foi um sucesso! Foi explorando a vantagem da portabilidade que as minhas despesas de Natal tiveram uma \u00f3tima rela\u00e7\u00e3o custo-benef\u00edcio.<\/p>\n E essa \u00e9 a minha aposta para 2008: Tudo que convergir para estes tr\u00eas conceitos: Integra\u00e7\u00e3o, portabilidade e conectividade t\u00eam tudo para ser um sucesso e se ainda for sem-fio ser\u00e1 garantia de boas vendas.<\/p>\n A prop\u00f3sito: perguntei a B\u00e1rbara qual internet ela iria instalar no seu notebook. A resposta veio r\u00e1pida: – “Wireless, pois eu detesto esse neg\u00f3cio de fio pendurado.”<\/p>\n Uma coisa \u00e9 certa: eu n\u00e3o me espanto mais com essa criatura de h\u00e1bitos inesperados que atende pelo nome de MERCADO.<\/p>\n Eu fiz a minha aposta, e voc\u00ea? Que palpite voc\u00ea arriscaria fazer para 2008?<\/p>\n N\u00e3o adianta consultar os b\u00fazios e nem sua m\u00e3e-de-santo preferida. Deixe isso para a equipe do Fant\u00e1stico, pois, certo mesmo, no fim-de-ano \u00e9 que tivemos Roberto Carlos no Natal, a Retrospectiva antes de terminar o ano e um ex\u00e9rcito de Papais-No\u00e9is espalhados por todos os shoppings e sem\u00e1foros desse pa\u00eds.<\/p>\n Um Feliz 2008, sem-fio, para todos voc\u00eas!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" H\u00e1 uma grande diferen\u00e7a entre \u0091prever\u0092 o futuro e \u0091arriscar\u0092 o futuro. Lembre-se da Lei de Peter: “Sempre acontece o inesperado!” Al Ries e Jack Trout. O Ano-Novo \u00e9 um evento que acontece em todas as culturas que t\u00eam calend\u00e1rios anuais. A celebra\u00e7\u00e3o \u00e9 tamb\u00e9m chamada r\u00e9veillon, termo oriundo do verbo r\u00e9veiller, que em franc\u00eas …<\/p>\n