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{"id":3604,"date":"2009-10-16T23:28:29","date_gmt":"2009-10-17T05:28:29","guid":{"rendered":"http:\/\/blogs.forumpcs.com.br\/luis_sucupira\/?p=3604"},"modified":"2009-10-16T23:28:29","modified_gmt":"2009-10-17T05:28:29","slug":"por-que-a-telefonica-quer-a-gvt","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/por-que-a-telefonica-quer-a-gvt\/","title":{"rendered":"Por que a Telef\u00f4nica quer a GVT"},"content":{"rendered":"

A GVT, que h\u00e1 poucos meses atr\u00e1s, nada mais era que uma das empresas-espelho fadadas a extin\u00e7\u00e3o, est\u00e1 causando um furor no mercado de telecom e entre consumidores. Parece que foi de uma hora para outra. Mas n\u00e3o foi. A GVT preparou-se para este momento. Ela foi pensada e planejada para despertar o interesse de um comprador nacional ou internacional.<\/p>\n

Foi o que aconteceu. Ao apostar na banda larga a GVT acertou. Partiu para cima da Oi e da Telef\u00f4nica exatamente no seu ponto fraco. Deu certo. A GVT contou ainda com alguma sorte (aqui volto a falar que sorte \u00e9 quando a prepara\u00e7\u00e3o encontra a oportunidade). Dois fatos ajudaram a GVT a se popularizar. O primeiro foi vencer a \u0091Guerra dos Cabos\u0092 contra a Oi. Em decis\u00e3o cautelar expedida em 06 de maio, por despacho do superintendente de servi\u00e7os p\u00fablicos interino, a Anatel mandou a Oi parar de cortar os cabos de telefonia da GVT que eram instalados em suas caixas e dutos, e determinou que as duas empresas fechassem acordo de compartilhamento no prazo m\u00e1ximo de 10 dias. Em nota, a Oi avaliou como positiva a decis\u00e3o da Anatel de arbitrar a favor da negocia\u00e7\u00e3o entre a Oi e a GVT para estabelecimento dos procedimentos operacionais e do ressarcimento de custos de compartilhamento de sua infra-estrutura de suporte \u00e0 rede de acesso dedicada a condom\u00ednio ou domic\u00edlio. A Oi suspirou aliviada pois pegou mal a atitude dela.<\/p>\n

Em outra situa\u00e7\u00e3o a GVT tamb\u00e9m se beneficiou. Foi contra a Telef\u00f4nica, prov\u00e1vel compradora de 100% de suas a\u00e7\u00f5es. A Anatel (Ag\u00eancia Nacional de Telecomunica\u00e7\u00f5es) publicou no Di\u00e1rio Oficial de Uni\u00e3o, o Despacho no 4.043\/2009-CD, em que determinava a suspens\u00e3o tempor\u00e1ria da comercializa\u00e7\u00e3o do servi\u00e7o Speedy, da Telef\u00f4nica. Por\u00e9m em um total desrespeito a decis\u00e3o da justi\u00e7a e do governo, a Telef\u00f4nica continuou vendendo assinaturas do Speedy com a alega\u00e7\u00e3o que ainda n\u00e3o havia sido notificada oficialmente. A nota foi divulgada no Di\u00e1rio Oficial e mesmo assim a Telef\u00f4nica desobedeceu. Para a Anatel, a publica\u00e7\u00e3o no Di\u00e1rio Oficial j\u00e1 era uma notifica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Ap\u00f3sa divulga\u00e7\u00e3o da desobedi\u00eancia por parte da Telefonica a empresa suspendeu as vendas a partir de meia-noite daquele dia, ap\u00f3s ter recebido o comunicado da Anatel. A empresa recorreu contra a determina\u00e7\u00e3o, mas teve que esperar.<\/p>\n

H\u00e9lio Costa, Ministro das Comunica\u00e7\u00f5es defendeu a libera\u00e7\u00e3o antes mesmo que a Telef\u00f4nica provasse que havia corrigido os problemas. “A essas alturas eu acho que j\u00e1 valeu. O castigo foi merecido e j\u00e1 foi cumprido. Mas, agora, a gente n\u00e3o pode prejudicar o usu\u00e1rio n\u00e3o, temos que refazer isso o mais depressa poss\u00edvel”, disse o ministro, em entrevista, onde defendeu a libera\u00e7\u00e3o da venda do Speedy. Em 07 de julho deste ano, na Comiss\u00e3o de Ci\u00eancia e Tecnologia da C\u00e2mara dos Deputados, o presidente da Telef\u00f4nica, Antonio Carlos Valente, garantiu que at\u00e9 o fim do ano seria feita uma melhoria efetiva na rede de banda larga Speedy e no sistema de atendimento ao cliente. A Anatel n\u00e3o se convenceu e manteve a decis\u00e3o de n\u00e3o liberar a venda do Speedy.<\/p>\n

Enquanto essa briga continuava a GVT aumentava o seu plano de expans\u00e3oe depois de ter anunciado a expans\u00e3o no Nordeste, a GVT ampliava sua atua\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m no Esp\u00edrito Santo e iniciava as opera\u00e7\u00f5es nas cidades do Recife e de Jaboat\u00e3o dos Guararapes, em Pernambuco. Ao entregar o que prometia a GVT ganhou a confian\u00e7a dos consumidores que, cansados de receber um servi\u00e7o de p\u00e9ssima qualidade, migrou para os pacotes oferecidos pela empresa. Al\u00e9m de ampliar a base de clientes a GVT conseguia fazer isso exatamente no quintal dos seus concorrentes. A satisfa\u00e7\u00e3o desses consumidores, ampliada pelo boca-em-boca, transformou a GVT, de uma hora para outra, na \u0091namoradinha dos internautas carentes de uma boa banda larga\u0092.<\/p>\n

Neste meio tempo surgiu a primeira proposta. Com uma oferta para comprar a GVT por R$ 5,4 bilh\u00f5es – prometendo R$ 42 por a\u00e7\u00e3o – o grupo franc\u00eas Vivendi ensaiou entrar no maior mercado de telecom da Am\u00e9rica Latina no que seria uma barganha, como disse em Paris, o presidente da Vivendi. “O neg\u00f3cio nos permite entrar num pa\u00eds promissor por um pre\u00e7o muito razo\u00e1vel”, disse Jean-Bernard Levy em entrevista \u00e0 Reuters.<\/p>\n

Na nota que divulgou a oferta amig\u00e1vel, o presidente da Vivendi afirmou que “este acordo com a GVT atende o objetivo estrat\u00e9gico da Vivendi de expans\u00e3o entre as economias que apresentem r\u00e1pido crescimento. GVT desenvolveu solu\u00e7\u00f5es originais e inovadoras em servi\u00e7os de banda larga e j\u00e1 apresentou resultados muito animadores”. Os acionistascontroladores da GVT, diante da oportunidade de neg\u00f3cio,concordaram em vender \u00e0 Vivendi um m\u00ednimo de 20% de participa\u00e7\u00e3o na GVT, de um total de aproximadamente 30% que eles atualmente possuem. Naquele dia antes do fechamento do preg\u00e3o na Bovespa, as a\u00e7\u00f5es da GVT chegaram a subir 19,5%. O forte da Vivendi seria unir conte\u00fado a efici\u00eancia de entrega de banda. Parecia que seria este o fim, mas uma nova reviravolta aconteceu.<\/p>\n

Um m\u00eas depois da GVT iniciar a oferta do acessos banda larga de 100 mega, a Oi anunciava o Oi Velox Ultra. O lan\u00e7amento do acesso a 100 Mbps come\u00e7ava a ser vendido somente na regi\u00e3o metropolitana da capital pernambucana-Recife, Olinda e Jaboat\u00e3o dos Guararapes. O lan\u00e7amento foi um rearranjo do portf\u00f3lio, uma vez que o Oi Ultra Velox j\u00e1 incorporava ofertas j\u00e1 existentes, de at\u00e9 8 megas, e as velocidades de 14, 20, 40 e 60 Mbps, essas com pre\u00e7os a partir de R$ 109,90 para os clientes residenciais. N\u00e3o deu certo.<\/p>\n

Em agosto, a GVT divulgou comunicado informando que dois fundos norte-americanos, o T. Rowe Price Associates e o T Rowe Price Internacional compraram, no final de julho, 5,08% do total das a\u00e7\u00f5es ordin\u00e1rias da GVT Holding. Segundo a nota, o objetivo dessa aquisi\u00e7\u00e3o era estritamente para investimento, n\u00e3o havendo inten\u00e7\u00e3o de participar do controle acion\u00e1rio ou da estrutura administrativa da GVT.A GVT seguiria com seu programa de expans\u00e3o cujo objetivo \u00e9 tamb\u00e9m acelerar a entrada em novos mercados. Por\u00e9m, este investimento era um energ\u00e9tico necess\u00e1rio a acelerar a provoca\u00e7\u00e3o em busca de novos compradores em potencial que cobrissem a proposta da Vivendi. Deu certo.<\/p>\n

No in\u00edcio de outubro, os pap\u00e9is ordin\u00e1rios da GVT dispararam 15% ap\u00f3s o Conselho de Administra\u00e7\u00e3o da Telef\u00f4nica aprovar o lan\u00e7amento de uma oferta p\u00fablica volunt\u00e1ria para a aquisi\u00e7\u00e3o de at\u00e9 100% das a\u00e7\u00f5es de emiss\u00e3o da GVT pelo pre\u00e7o de R$ 48,00 por a\u00e7\u00e3o, com pagamento em dinheiro. A Telef\u00f4nica desembolsaria aproximadamente R$ 6,5 bilh\u00f5es. A oferta da Vivendi estava coberta. Instalava-se a euforia. Al\u00e9m da Telef\u00f4nica e Vivendi havia o rumor de que a Telmex tamb\u00e9m participasse do processo. A Telmex estaria disposta a n\u00e3o perder a sua lideran\u00e7a na banda larga, pois duas de suas empresas – Net e Embratel – seriam bastante atingidas caso uma ou outra viessem a adquirir a GVT. Por\u00e9m, quem mais sofreria seria mesmo a Oi. O impacto seria sentido, principalmente, no mercado corporativo e governamental na regi\u00e3o Centro-Sul, pois a Oi n\u00e3o tem o perfil corporativo, ao contr\u00e1rio da Telef\u00f4nica.Do ponto de vista legal tudo indica que a Anatel vir\u00e1 a aprovar o neg\u00f3cio.Mas a GVT n\u00e3o se pronunciou. Fontes da empresa consideraram \u0091hostil\u0092 a oferta – j\u00e1 que n\u00e3o fora previamente acertada entre os controladores das duas empresas – mesmo inesperada, foi encaminhada para avalia\u00e7\u00e3o do conselho de administra\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Na guerra pela GVT a Telef\u00f4nica deu o lance mais alto. Muitos consumidores protestaram pois, n\u00e3o queriam ser atendidos pela Telef\u00f4nica que j\u00e1 possu\u00eda um pess\u00edmo retrospecto com o Speedy. Apesar de inundarem a Ouvidoria da empresa com mensagens contr\u00e1rias a venda para a Telef\u00f4nica a GVT mostrou-se favor\u00e1vel \u00e0 venda para a quem desse a melhor proposta, mesmo n\u00e3o explicitando isso em nenhum comunicado oficial.<\/p>\n

Dias antes disso, em entrevista ao portal R7, F\u00e1bio Bruggioni, diretor-executivo de segmento residencial da Telef\u00f4nica, disse que a populariza\u00e7\u00e3o da internet no Brasil e o pre\u00e7o da telefonia fixa seriam os respons\u00e1veis pelas constantes interrup\u00e7\u00f5es nos servi\u00e7os.O fato foi mais uma provoca\u00e7\u00e3o a irritar os consumidores. Ao negar que a empresa esteja despreparada para atender \u00e0s atuais exig\u00eancias dos internautas o executivo mostrou mais uma vez o tamanho da falta de humildade que a empresa possui e o quanto isso ainda \u00e9 diretamente proporcional ao p\u00e9ssimo atendimento prestado aos seus usu\u00e1rios.Em um dos trechos da entrevista Bruggioni afirmou que “nosso n\u00famero de reclama\u00e7\u00f5es \u00e9 alto (Telef\u00f4nica), mas proporcionalmente menor que o da concorr\u00eancia” (de quem ele estava falando? Da Oi?). Se o executivo falava da Oi, o pior \u00e9 que, ao se comparar ao seu concorrente, a Telef\u00f4nica sacramentou o ditado que diz ser “o roto falando do esfarrapado”. Para quem n\u00e3o sabe, a Telef\u00f4nica \u00e9 uma das campe\u00e3s absolutas de reclama\u00e7\u00f5es no site www.reclameaqui.com.br<\/a> . A id\u00e9ia seria usar qualquer recurso que venha a aproximar a empresa ao seu cliente. Este recurso se chama GVT.<\/p>\n

O presidente da Telef\u00f4nica, Antonio Carlos Valente, na mesma \u00e9poca, disse esperar que a ANATEL conceda a autoriza\u00e7\u00e3o para a compra da GVT at\u00e9 o dia da oferta p\u00fablica de a\u00e7\u00f5es (OPA) na Bovespa, agendada para 19 de novembro, proximo. Ao contr\u00e1rio do grupo franc\u00eas Vivendi, que conversou com os atuais acionistas da GVT, a Telef\u00f4nica n\u00e3o manteve qualquer contato. Apenas anunciou a sua proposta sem ser convidada.<\/p>\n

A oferta n\u00e3o foi considerada hostil porque oficialmente a GVT n\u00e3o a rejeitou em nenhum momento, mas tamb\u00e9m n\u00e3o foi consensual como pode se imaginar. Exatamente por isso, a Telef\u00f4nica espera que a Anatel conceda a anu\u00eancia pr\u00e9via ao neg\u00f3cio at\u00e9 o dia 19 de novembro, quando ocorrer\u00e1 a OPA na Bovespa. A GVT convocou para o dia 3 de novembro uma Assembleia Geral de Acionistas. Em Informa\u00e7\u00e3o Relevante datada de 13\/10 a GVT decidiu convocar a Assembl\u00e9ia Geral Extraordin\u00e1ria da Companhia com a finalidade de deliberar sobre o pedido de dispensa da aplica\u00e7\u00e3o dos artigos 43 e 44 do Estatuto Social da Companhia que tratam da “Prote\u00e7\u00e3o da Dispers\u00e3o da Base Acion\u00e1ria da Companhia”.<\/p>\n

Na opini\u00e3o do Conselho, considerando que Vivendi, Telesp (Telef\u00f4nica) ou um terceiro interessado podem realizar uma oferta concorrente, a GVT decidiu realizar revis\u00e3o de sua oferta atual no caso espec\u00edfico da Telesp, ou comprar a\u00e7\u00f5es da Companhia por um valor superior ao valor descrito no Edital de Oferta da Telesp. Esta revis\u00e3o, segundo eles, ser\u00e1 ben\u00e9fica a todos os acionistas da Companhia e a pr\u00f3pria Companhia. A GVT recomenda aos acionistas que a venda das a\u00e7\u00f5es seja feita a um Ofertante Qualificado que “tenha capacidade financeira de adquirir 100% das a\u00e7\u00f5es da Companhia a um pre\u00e7o de no m\u00ednimo R$ 48,00 por a\u00e7\u00e3o; e seja um operador ou provedor de servi\u00e7os de telefonia p\u00fablica m\u00f3vel, fixa e de banda larga no Brasil ou no exterior, diretamente ou por seu interm\u00e9dio de suas subsidi\u00e1rias, controladas ou coligadas.” (S\u00f3 faltou falar o nome da Telef\u00f4nica). O Conselho de Administra\u00e7\u00e3o confirmou que tanto a Vivendi como a Telesp podem ser definidos como \u0091Ofertantes Qualificados\u0092.<\/p>\n

Diante dos argumentos os Conselheiros aprovaram a convoca\u00e7\u00e3o de Assembl\u00e9ia Geral Extraordin\u00e1ria de Acionistas para que seja deliberada a dispensa da aplica\u00e7\u00e3o dos artigos 43 e 44 do Estatuto Social da Companhia para aquisi\u00e7\u00e3o de a\u00e7\u00f5es que seja por um pre\u00e7o de no m\u00ednimo R$ 48,00 por a\u00e7\u00e3o; seja realizada por um Ofertante Qualificado; a liquida\u00e7\u00e3o financeira seja realizada at\u00e9 28 de fevereiro de 2010; e o pagamento pela aquisi\u00e7\u00e3o das a\u00e7\u00f5es seja em dinheiro. O Edital de Convoca\u00e7\u00e3o para realiza\u00e7\u00e3o de Assembl\u00e9ia Geral Extraordin\u00e1ria de Acionistas para deliberarem sobre a dispensa da aplica\u00e7\u00e3o dos artigos 43 e 44 do Estatuto Social da Companhia foi publicado imediatamente para que a decis\u00e3o final saia o mais r\u00e1pido poss\u00edvel.<\/p>\n

Por outro lado a Telef\u00f4nica j\u00e1 planeja ampliar a presen\u00e7a nas classes C e D, em uma diretriz oposta \u00e0 sua principal rival no Estado, a Net Servi\u00e7os, que centraliza suas opera\u00e7\u00f5es nas classes A e B, segundo revelou o presidente da operadora, Antonio Carlos Valente, na sua participa\u00e7\u00e3o no Futurecom 2009. At\u00e9 dezembro, salientou Valente, a banda larga (Speedy) estar\u00e1 presente em 591 localidades de S\u00e3o Paulo. Em mar\u00e7o de 2010, a promessa \u00e9 chegar aos 622 munic\u00edpios atendidos pela operadora – S\u00e3o Paulo tem 645 munic\u00edpios, mas em 23 deles a Telef\u00f4nica n\u00e3o atua, sendo essas localidades atendidas pela CTBC.<\/p>\n

Pelo hist\u00f3rico a Telef\u00f4nica dever\u00e1 sim adquirir a GVT. Somente um decis\u00e3o com vis\u00e3o de longo prazo da Vivendi poderia mudar o que tende a ser a maiior aquisi\u00e7\u00e3o da Telefonica. A Anatel dever\u00e1 aprovar a opera\u00e7\u00e3o, o conselho tamb\u00e9m e a Bovespa s\u00f3 ter\u00e1 um leil\u00e3o se a Vivendi imaginar que o Brasil possui um grande potencial para venda de conte\u00fado. N\u00e3o se pode culpar os investidores que nada mais desejam que obter o lucro (o que \u00e9 justo), principalmente depois do desastre americano que quase quebrou o mundo no ano passado.<\/p>\n

Na hist\u00f3ria dois casos me chamam aten\u00e7\u00e3o. Quando estava crescendo e sua marca valorizando mais e mais a cada m\u00eas a Harley-Davidson vendeu parte das suas a\u00e7\u00f5es para a AMF- American Foundry & Machine Corporation. Mal sabiam que por causa disso a Harley-Davidson iria passar pelos seus piores momentos. A \u00e2nsia do lucro a qualquer custo, diante do aumento vertiginoso das encomendas, fez muitas Harley-Davidson sa\u00edram de f\u00e1brica com a marca Harley-Davidson e AMF pintadas no tanque.<\/p>\n

O fato gerou revolta nos consumidores que consideravam aquilo um desrespeito. Mas o pior estava por vir. A pressa fez com que muitas motos fossem fabricadas com v\u00e1rios problemas, dentre eles, vazamentos constantes de \u00f3leo o que obrigava aos seus propriet\u00e1rios a andar com kit de ferramentas. Para piorar, as motos japonesas come\u00e7avam a entrar e a tomar boa parte do mercado americano, trabalhando exatamente em cima das falhas da Harley. O pesadelo durou quase 11 anos. Mas a Harley-Davidson deu a volta por cima. Beals e outros 12 executivos, incluindo William G. Davidson, neto de William Davidson, tornaram-se propriet\u00e1rios da Harley-Davidson. O neg\u00f3cio se deu em 1980. A recompra das a\u00e7\u00f5es trouxe de volta, em menos de tr\u00eas anos, a confiabilidade. A hist\u00f3ria da marca, a satisfa\u00e7\u00e3o do cliente e a dignidade dos funcion\u00e1rios foi recuperada. Foram os oper\u00e1rios os que mais vibraram pois sempre se viram como artes\u00e3os. Assim, os funcion\u00e1rios, agora acionistas, voltaram a produzir motos com estilo.<\/p>\n

Outro casotrata da Coca-Cola. Em 1985, a Coca-Cola cometeu um terr\u00edvel erro de marketing. Ap\u00f3s 99 anos de sucesso, ela abandonou sua f\u00f3rmula da coca-cola original. Surgiu a New Coke, com um gosto mais doce e suave. A empresa anunciou o novo sabor com uma verdadeira festa de propaganda e publicidade. A princ\u00edpio a New Coke vendeu bem. Mas as vendas logo ca\u00edram, a medida que o p\u00fablico reagia. A Coca-Cola come\u00e7ou a receber grandes quantidades de cartas e mais de 1.500 telefonemas di\u00e1rios de consumidores revoltados. Um grupo chamado “Old Cola Drinkers” iniciou protestos, distribuiu camisetas e amea\u00e7ou abrir um processo, a menos que a Coca-Cola trouxesse de volta a f\u00f3rrnula antiga. A maioria dos experts de marketing previu que a New Coke seria o “Edsel dos Anos Oitenta”. Ap\u00f3s tr\u00eas meses, a Coca-Cola trouxe a antiga coca de volta. Agora denominada “Coke Classic”. No final de 1985, o numero das vendas da Classic batia o da New Coke nos supermercados por dois a um. Em meados de 1986, as duas maiores fontes de renda da empresa, McDonald’s e Kentucky Fried Chicken, tinham voltado a servir a Coke Classic em seus restaurantes. Urna rea\u00e7\u00e3o r\u00e1pida salvou a empresa de um desastre em potencial. A Coca-Cola focou na Coke Classic e reduziu a New Coke a um papel secund\u00e1rio, de apoio. Em 1987, a Coke Classic era novamente a sua principal marca e o l\u00edder dentre os refrigerantes dos EUA.<\/p>\n

A Telef\u00f4nica decidiu comprar a GVT para encurtar o caminho entre o que ela n\u00e3o consegue fazer hoje e o que est\u00e1 pronto e funcionando. Se a Telef\u00f4nica decidisse investir pesado na concorr\u00eancia com a GVT ainda levaria alguns anos para chegar a incomodar o crescimento da pequena fornecedora de banda larga. Isso n\u00e3o seria bom. Principalmente se o comprador fosse a Vivendi. Ao comprar a GVT a Telef\u00f4nica pode, se manter a qualidade da conex\u00e3o, ressuscitar o Speedy e diminuir a rejei\u00e7\u00e3o dos consumidores. Mas pode ser que isso n\u00e3o venha a ocorrer. Um \u0091pode ser\u0092 que est\u00e1 mais para \u0091ser\u00e1\u0092.Duas coisas podem mudar isso. Uma delas seria a Vivendi enxegar um futuro rent\u00e1vel na GVT. O outro seria os acionistas apostarem que sem a Telef\u00f4nica e a continuarem a expans\u00e3o, a GVT, pode vir a valer ainda muito mais. \u00c9 uma decis\u00e3o entre a fome a a vontade de comer. Vencer\u00e1 a que for mais forte independente da opini\u00e3o de quem paga pelo servi\u00e7o.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A GVT, que h\u00e1 poucos meses atr\u00e1s, nada mais era que uma das empresas-espelho fadadas a extin\u00e7\u00e3o, est\u00e1 causando um furor no mercado de telecom e entre consumidores. Parece que foi de uma hora para outra. Mas n\u00e3o foi. A GVT preparou-se para este momento. Ela foi pensada e planejada para despertar o interesse de …<\/p>\n

Por que a Telef\u00f4nica quer a GVT<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":22,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3604"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/22"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3604"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3604\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3604"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3604"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3604"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}