\n

<\/span><\/h1>\n<\/div>\n

\n

\n

\n

\n

\n

\n

\n

A Hist\u00f3ria dos Motoclubes nos reserva surpresas – Motormaids<\/span><\/span><\/p>\n

No Brasil a primeira associa\u00e7\u00e3o fundada em 1927 foi o Moto Club do Brasil sediado na Rua Cear\u00e1 no estado do Rio de Janeiro, alguns anos depois, mais precisamente em 1932 surgiu o\u00a0Motoclub de Campos<\/a>. E talvez seja este o mais antigo MC que se tem not\u00edcia no mundo. L\u00e1 fora, nesta \u00e9poca (D\u00e9cada de trinta) estavam surgindo moto clubes com tend\u00eancia mais r\u00edgida e muitos acontecimentos vieram a expor a imagem do motociclista ao rid\u00edculo principalmente pela imprensa sensacionalista da \u00e9poca que acusava os motociclistas de arruaceiros, desordeiros e outros superlativos.Mais tarde, algumas produ\u00e7\u00f5es de Hollywood serviram para incentivar verdadeiros desordeiros a criarem motoclubes e formar gangues. Tal fato fez da D\u00e9cada de 50\u2019, a p\u00e1gina negra na hist\u00f3ria do motociclismo. Mas isso est\u00e1 mudando, pena que ainda somos confundidos com arruaceiros que aparecem em encontros fazendo bagun\u00e7a do tipo estouro de escapamento, borrach\u00e3o com pneu e etc.<\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Moto Clube do Brasil<\/span><\/span><\/p>\n

Mais tarde, j\u00e1 na D\u00e9cada de 60\u2019 as motocicletas voltaram a ser\u00a0tema\u00a0de\u00a0Hollywood\u00a0com\u00a0Elvis\u00a0Presley,\u00a0Roustabout e Steve McQueen com \u2018A Grande Fuga\u2019, uma s\u00e9rie\u00a0de filmes que chegou ao seu auge com \u2018Easy Riders\u2019. Finalmente inicia-se a mudan\u00e7a da imagem do\u00a0motociclista com o in\u00edcio da sua fase rom\u00e2ntica, que perdurou at\u00e9 o final da D\u00e9cada de 70\u2019. Este per\u00edodo fixou o motociclista como \u00edcone de liberdade e resist\u00eancia ao Sistema. No Brasil, nessa \u00e9poca, surgiu em S\u00e3o Paulo-SP o Zapata MC (1963) e j\u00e1 no final da D\u00e9cada, no Rio de Janeiro, o Balaios MC (1969) grupo este que j\u00e1 seguia os novos padr\u00f5es internacionais e o princ\u00edpio de irmandade.<\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Antes dos Bodes, eram os maiores do Brasil<\/span><\/span><\/p>\n

A partir da D\u00e9cada de 70\u2019 viu-se a implanta\u00e7\u00e3o de diversos motoclubes pelo mundo, a maioria j\u00e1 seguindo o princ\u00edpio de hierarquia e irmandade. No Brasil a populariza\u00e7\u00e3o iniciou-se na D\u00e9cada de 90\u2019, quando da libera\u00e7\u00e3o da importa\u00e7\u00e3o pelo governo do ent\u00e3o presidente Collor.\u00a0O <\/strong>maior MC brasileiro era OS ABUTRES que perderam o lugar para a irmandade BODES DO ASFALTO. O maior MC do mundo \u00e9\u00a0HELLS ANGELS MC<\/strong><\/a> (EUA – 1948) Os MCs mais antigos s\u00e3o, no Brasil (talvez no mundo) o Moto Club do Brasil(1927) e nos EUA s\u00e3o as\u00a0Motormaids(1940) M.C<\/strong>. (isso mesmo: um MC de mulheres segundo a AMA- USA).<\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Os maiores do mundo<\/span><\/span><\/p>\n

Hist\u00f3ria dos MCs nos Estados Unidos – <\/strong>E l\u00e1 fora, como come\u00e7ou?<\/strong><\/p>\n

Provavelmente (por que n\u00e3o \u00e9 reconhecido pela AMA-US) o primeiro moto clube americano (USA)\u00a0\u00a0apareceu ap\u00f3s a \u2018Grande Depress\u00e3o\u2019 e que se mant\u00e9m vivo at\u00e9 hoje \u00e9 o\u00a0Cook Outlaws M.C. (1936). <\/strong>Esse grupo era radicado em Cook, cidade de Illinois e mantinha seu territ\u00f3rio at\u00e9 Chicago. O Cook Outlaws M.C. tornou-se mais tarde o\u00a0Chicago Outlaws MC<\/strong> e hoje \u00e9 conhecido como\u00a0Outlaws Motorcycle Club <\/a><\/strong>ou\u00a0Outlaws MC<\/strong>.<\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Outlaws<\/span><\/span><\/p>\n

O s\u00edmbolo dos Outlaws M.C. era gravado na parte detr\u00e1s dos coletes e consistia simplesmente no nome do clube; as vestes e os revestimentos de couro, assim como o escudo e s\u00edmbolos de cada fac\u00e7\u00e3o n\u00e3o existiam nessa \u00e9poca. \u00c9 interessante notar que de acordo com o site do Outlaws M.C., o logotipo do moto clube (isto \u00e9 \u201cCharlie,\u201d um cr\u00e2nio centrados sobre dois pist\u00f5es e bielas cruzadas, similares a bandeira do pirata Jolly Roger) foi influenciado pelo vestu\u00e1rio do filme \u2018The Wild One\u2019, estrelado por Marlon Brando em 1954.<\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Conhe\u00e7a as Motormaids<\/span><\/span><\/p>\n

Mas o motoclube mais antigo, segundo a AMA n\u00e3o \u00e9 formado por homens, mas por mulheres! Sim,mulheres! O motoclube feminino chamado Motormaids \u00e9 o que mant\u00eam o t\u00edtulo de moto clube mais antigo (mais de 60 anos) de acordo a\u00a0American Motorcyclist\u00a0Association Club<\/a><\/strong>\u2013\u00a0AMA,<\/strong> (veja a revista AMA<\/a>) associa\u00e7\u00e3o que concedeu a carta patente de motoclube mais antigo j\u00e1 em 1940.\u00a0As\u00a0Motormaids M.C.<\/a><\/strong> mantiveram\u00a0uma identidade singular e uma estrutura hier\u00e1rquica interna igual desde seu in\u00edcio.\u00a0 E, pasmem! Ao contr\u00e1rio do que muita gente imagina as\u00a0Motormaids M.C.<\/a><\/strong> s\u00e3o sim o motoclube (certificado e com carta patente) mais\u00a0antigo inclusive que o\u00a0mundialmente famoso\u00a0Hells Angels M.C. <\/strong>que\u00a0\u00a0teve origem em 1947 e mais ainda do que os OUTLAWS MC.<\/p>\n

Os Outlaws MC, criados em 1936, reivindicaram a patente de mais antigo, mas eles realizaram <\/strong>duas modifica\u00e7\u00f5es em seu nome no decorrer desse tempo e acabaram por n\u00e3o conseguirem\u00a0provar que era o mesmo MC e, por isso, n\u00e3o obteve a carta patente de mais antigo MC do mundo segundo a AMA americana.\u00a0Portanto, marmanjos, o MC mais antigo da Am\u00e9rica do Norte \u00e9 formado por mulheres motociclistas. E nunca mais fale que moto n\u00e3o \u00e9 coisa de mulher, ok?<\/p>\n

A campanha da imprensa americana contra os MCs<\/strong><\/p>\n

Como se formou a imagem ruim dos motociclistas\u00a0perante a opini\u00e3o p\u00fablica<\/strong><\/p>\n

<\/span><\/strong><\/p>\n

Associa\u00e7\u00e3o Americana de Motociclismo<\/span><\/span><\/strong><\/p>\n

Muitos atribuem a um filme, mas o fato que gerou todo esse preconceito contra motociclistas e MCs teve\u00a0in\u00edcio a partir de um incidente. Tal fato acabaria definitivamente com a onda e a imagem dos MCs bonzinhos. O fato aconteceu em Hollister, Calif\u00f3rnia, em 4 de julho de 1947. Esse epis\u00f3dio foi tema de uma distorcida reportagem feita pela Revista Life onde ela misturou o novo perfil dos motociclistas ao incidente e fez com que os motoclubes n\u00e3o ligados a AMA ganhassem popularidade.<\/p>\n

Naquela \u00e9poca, apenas os membros da AMA recebiam o certificado de motoclube o que dava permiss\u00e3o de competir em provas de velocidade. O mundo da competi\u00e7\u00e3o era um fator determinante para a forma\u00e7\u00e3o e difus\u00e3o dos motoclubes nos EUA. A AMA era respons\u00e1vel pelas regras relativas aos seus membros, pela seguran\u00e7a nas corridas, bem como pela \u2018imagem familiar\u2019 que os eventos necessitavam ter para a venda de ingressos.<\/p>\n

Em 4 de julho de 2007, uma falha de organiza\u00e7\u00e3o dentro da AMA provocou um pequeno incidente em Hollister, Calif\u00f3rnia e depois dele a imagem dos motociclistas n\u00e3o seria mais a mesma. Nesse fim de semana, ocorreu o encontro de v\u00e1rios motoclubes, incluindo Pissed Off Bastards of Bloomington (POBOB) e\u00a0os Boozefighters Motorcycle Clubs, todos atra\u00eddos pelas corridas anuais que a AMA promovia por todo os EUA. Como estes eventos eram considerados de primeira linha, uma legi\u00e3o de motociclistas, membros de moto clubes ou n\u00e3o, se faziam presentes. Naquele dia uma mistura de \u00e1lcool e adrenalina resultou em incidentes. Membros de moto clubes e n\u00e3o membros passaram a competir pelas ruas da cidade, regados a grande quantidade de cerveja. A confus\u00e3o produziu pequenos incidentes, entre eles dano ao patrim\u00f4nio e atentados ao pudor, mas nada parecido com \u201cum cerco \u00e0 cidade\u201d, como a revista Life noticiou.<\/p>\n

A d\u00favida sobre o que realmente aconteceu em Hollister sempre existir\u00e1, pois a maior parte das pessoas que viveram aquele final de semana j\u00e1 faleceu e por isso a verdade nunca apare\u00e7a. As reportagens da \u00e9poca retratam Hollister como uma cidade tipicamente interiorana que foi abalada pela chegada de \u2018motoqueiros arruaceiros\u2019 que fizeram da cidade um pandem\u00f4nio, no entanto, h\u00e1 registros de que Hollister j\u00e1 havia recebido outras corridas de motocicletas, inclusive a pr\u00f3pria Gypsy Tour, em 1936. Com isso, pode-se afirmar que a cidade calma foco das reportagens, tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 verdadeira. O certo \u00e9 que anos mais tarde, tamb\u00e9m em Hollister, por muito pouco, outra confus\u00e3o n\u00e3o aconteceu. Em 1997 tentaram comemorar o anivers\u00e1rio de 50 anos do incidente, mas n\u00e3o deu muito certo, pois, de novo, a cidade n\u00e3o tinha capacidade de receber milhares de motociclistas.<\/p>\n

EUA, 04 de julho de 1947, Hollister, Calif\u00f3rnia \u2013 O dia em que tudo mudou<\/strong><\/p>\n

<\/span><\/p>\n

A foto que escandalizou a Am\u00e9rica<\/span><\/span><\/p>\n

O incidente ocorrido em 04 de julho de 1947 em Hollister, Calif\u00f3rnia (USA) pode ser atribu\u00eddo a um erro de cobertura de imprensa e a um texto sensacionalista que tinha como objetivo vender mais jornais (pr\u00e1tica da \u00e9poca). De acordo com relatos, Barney Peterson, um fot\u00f3grafo do San Francisco Chronicle, publicou a foto de um motociclista b\u00eabado equilibrando-se precariamente sobre uma motocicleta Harley-Davidson, cercado por cascos de\u00a0cerveja quebrados e segurando uma cerveja em cada m\u00e3o com a seguinte manchete: \u201ce assim, a Am\u00e9rica\u201d<\/p>\n

O San Francisco Chronicle exagerou quando, no artigo, afirmava\u00a0que \u201cmotociclistas realizavam\u00a0competi\u00e7\u00f5es em todas as ruas e entravam com suas motocicletas dentro de\u00a0bares e restaurantes\u201d. \u00a0Para\u00a0piorar este epis\u00f3dio a\u00a0revista utilizou palavras como\u00a0\u201cterrorismo\u201d e \u201cpandem\u00f4nio\u201d. Tamb\u00e9m afirmavam que as\u00a0mulheres que acompanhavam\u00a0os motociclistas eram qualquer\u00a0coisa, menos \u201csenhoritas\u00a0americanas\u201d.<\/p>\n

O artigo serviu\u00a0para insuflar os \u00e2nimos na regi\u00e3o e logo apareceram os primeiros desentendimentos que resultaram at\u00e9 em morte.\u00a0A revista Life, em 21 de julho de 1947, aproveitando o momento, publicou um artigo usando a mesma foto do motociclista b\u00eabado com o seguinte t\u00edtulo:\u00a0\u201cEle e os seus amigos aterrorizam a cidade\u201d (Cyclist\u2019s Holiday: He and Friends Terrorize Town).<\/em> O artigo afirma que \u201cquatro mil membros de um moto clube eram respons\u00e1veis pelo tumulto.\u201d Mais do que um exagero essa afirma\u00e7\u00e3o era uma deslavada mentira, pois nenhum motoclube havia conseguido juntar, pelo menos a metade desse n\u00famero, naquela \u00e9poca.<\/p>\n

Bastaram apenas 115 palavras colocadas logo abaixo de uma imagem gigantesca de um motociclista b\u00eabado para causarem tumulto por todo pa\u00eds. Alguns autores afirmaram que a AMA liberou para imprensa uma nota que desmentia a sua participa\u00e7\u00e3o no evento de Hollister e indicava que 99% dos motociclistas eram pessoas de bem, cidad\u00e3os cumpridores da lei, e que os clubes de motociclistas da AMA n\u00e3o estiveram envolvidos na baderna. Por\u00e9m a Associa\u00e7\u00e3o Americana do Motociclista n\u00e3o tem nenhum registro de tal nota.\u00a0\u00a0A revista Life publicou o coment\u00e1rio de pelo menos de tr\u00eas pessoas, uma delas era Paul Brokaw, um proeminente editor de um peri\u00f3dico chamado Motorcyclist. \u00a0Brokaw \u2018detona\u2019 a Revista Life considerando que a imagem publicada era totalmente descabida e mentirosa.<\/p>\n

A \u00edntegra da carta do editor \u00e0 LIFE<\/strong><\/p>\n

Brokaw, em carta ao editor da Life destaca sua indigna\u00e7\u00e3o com a forma pela qual o fato fora tratado pela revista:<\/p>\n

“Senhores,<\/em><\/p>\n

As palavras mal servem para expressar meu choque ao descobrir que o retrato do motociclista foi obviamente preparado e publicado por um fot\u00f3grafo interesseiro e sem escr\u00fapulos.<\/em><\/p>\n

N\u00f3s reconhecemos, lamentavelmente, que houve uma desordem em Hollister – n\u00e3o ato de 4.000 motociclistas, mas de um por cento desse n\u00famero, ajudada por um grupo de n\u00e3o motociclistas apostadores. N\u00f3s, de forma alguma, estamos defendendo os culpados – de fato \u00e9 necess\u00e1ria uma a\u00e7\u00e3o dr\u00e1stica para evitar o retorno de tais comportamentos.<\/em><\/p>\n

Entretanto, voc\u00eas devem entender que a apresenta\u00e7\u00e3o dessa foto macula, inevitavelmente, o car\u00e1ter de 10.000 homens e mulheres inocentes, respeit\u00e1veis, cumpridores das leis e que s\u00e3o os representantes verdadeiros de um esporte admir\u00e1vel.”<\/em><\/p>\n

Paul Brokaw
\nEditor, Motorcyclist
\nLos Angeles, Calf.<\/em><\/p>\n

Enquanto os motociclistas comuns e as moto-organiza\u00e7\u00f5es estavam tentando se distanciar do ocorrido em Hollister, clubes como o Boozefighters buscaram se enquadrar a ele. Assim, o evento de Hollister de 1947 era o que faltava para a consolida\u00e7\u00e3o dos motoclubes n\u00e3o alinhados a AMA, ou seja, os \u201cOutlaw Motorcycle Clubs\u201d. Vale ressaltar que estes MCs nunca pertenceram a AMA, logo n\u00e3o foram banidos ou coisa parecida como alguns informam.<\/p>\n

Entre 1948 e princ\u00edpios dos Anos 60\u2019 os clubes de motociclistas\u00a0(n\u00e3o aliados a AMA)<\/em><\/strong> se espalharam para fora da Calif\u00f3rnia estabelecendo um novo cap\u00edtulo na hist\u00f3ria do motociclismo nos Estados Unidos. Outlaws Motorcycle Clubs tais como os Sons of Silence Motorcycle Club, surgiram no meio oeste, os Bandidos Motorcycle Club, no Texas; os Pagans Motorcycle Club, na Pennsylvania; entre outros. Durante este per\u00edodo, v\u00e1rios membros do Pissed Off Bastards of Bloomington sa\u00edram do seu clube e formaram a primeira vers\u00e3o dos Hells Angels Motorcycle Club (HAMC). No mesmo per\u00edodo, os Boozefighters, um dos Outlaws Motorcycle Clubs originais, iniciou o decl\u00ednio no n\u00famero de membros.<\/p>\n

O Vietnam e os \u201cBeb\u00eas Assassinos\u201d<\/strong><\/p>\n

<\/span><\/strong><\/p>\n

Um ponto significativo na evolu\u00e7\u00e3o dos motoclubes 1%<\/span><\/span><\/strong><\/p>\n

O conflito do Vietnam (1958-1975) pode ser visto como um dos fatos mais recentes que contribu\u00edram para o\u00a0aumento dos Outlaws Motorcycle Clubs. Se o retorno dos veteranos da 2\u00aa guerra foi um fator que auxiliou na forma\u00e7\u00e3o desses motoclubes, o conflito do Vietnam foi \u00e0 p\u00f3lvora que faltava para explodirem. Veteranos desse conflito eram humilhados pela popula\u00e7\u00e3o em geral. Chegaram a ser rotulados de \u201cbeb\u00eas assassinos\u201d. Alguns receberam cusparadas e xingamentos nos aeroportos e, muitas vezes, foram recusados em bons empregos, isso ap\u00f3s \u201cterem cumprido com o seu dever\u201d para com o pa\u00eds.<\/p>\n

No meio dessa confus\u00e3o surgem os motoclubes 1%. Eles emergem em uma escala nacional tendo como suporte o surgimento dos Outlaw Motorcycle Clubs. Para concretizar este nascimento, os clubes dominantes da \u00e9poca foram al\u00e9m. Observando a declara\u00e7\u00e3o atribu\u00edda a AMA (de que os arruaceiros eram apenas 1%), buscaram para si a responsabilidade de fazer parte daquele 1% que foi apontado em Hollister. Assim, criaram a organiza\u00e7\u00e3o sem regras expl\u00edcitas, n\u00e3o alinhada a AMA, ou seja, assumidamente Outlaw Motorcycle Club e\u00a0passaram a se identificar por meio de um emblema em forma de diamante com a inscri\u00e7\u00e3o 1%. Concordaram tamb\u00e9m em estabelecer limites geogr\u00e1ficos ao qual cada MC teria dom\u00ednio.<\/p>\n

Um ponto significativo na evolu\u00e7\u00e3o dos motoclubes 1% se evidenciou no ver\u00e3o de 1964 na Calif\u00f3rnia. Nesta \u00e9poca, dois membros do Oakland Hells Angels Motorcycle Club foram presos e acusados de terem estuprado duas mulheres em Monterey, no entanto, pouco tempo depois foram liberados, devido a insufici\u00eancia de provas. Esse epis\u00f3dio foi \u00e0 desculpa que faltava para que o governo do estado da Calif\u00f3rnia voltasse os olhos para os outlaw motorcycle clubs. Ainda em 1964, o senador Fred Farr exigiu uma investiga\u00e7\u00e3o imediata sobre os estas organiza\u00e7\u00f5es, encargo que ficou sob a responsabilidade do general Thomas C. Lynch.<\/p>\n

<\/span><\/p>\n

Uma tradi\u00e7\u00e3o que est\u00e1 perto de completar 100 anos<\/span><\/span><\/p>\n

Duas semanas mais tarde iniciaram-se as investiga\u00e7\u00f5es. No ano seguinte, o General Lynch liberou ao p\u00fablico um relat\u00f3rio que esmiu\u00e7ava as atividades dos outlaw motorcycle clubs tais como os Hells Angels. O relat\u00f3rio de Lynch pode ser considerado como a primeira tentativa de se classificar os clubes de motocicleta como um perigo para a comunidade e para o estado, entretanto, se resumiu em afirmar que essas organiza\u00e7\u00f5es possivelmente cometiam crimes como sedu\u00e7\u00e3o de jovens inocentes, estupro e pilhagem em pequenas cidades. O relat\u00f3rio foi largamente contestado, at\u00e9 mesmo dentro das organiza\u00e7\u00f5es do estado. A imprensa, no entanto, percebendo que a hist\u00f3ria dos Outlaw Motorcycle Clubs vendia bem passou a publicar diuturnamente o lado negativo dessa organiza\u00e7\u00e3o. Talvez Andrew Syder seja o que melhor esbo\u00e7ou o efeito do relat\u00f3rio de Lynch. Segundo ele, o relat\u00f3rio moldou o conceito de motoclube na opini\u00e3o do cidad\u00e3o americano de forma negativa. Essa afirma\u00e7\u00e3o pode ser compreendida quando se observa os notici\u00e1rios da \u00e9poca e ainda os dos tempos atuais. Nada, ou pouco mudou.<\/p>\n

Os motoclubes ainda s\u00e3o a melhor forma de expressar o motociclismo estradeiro, mas \u00e9 bom lembrar que todas as corridas que hoje vemos mundo afora come\u00e7aram com eventos promovidos pela AMA-USA. Tais eventos foram os precursores de tudo o que vem a ser o mercado de motos hoje. Os motoclubes podem at\u00e9 perder o seu pique de crescimento, mas nunca v\u00e3o perder o glamour.<\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 demais lembrar que uma das mais geniais jogadas de marketing da hist\u00f3ria do motociclismo foi feita pela Honda quando ela entrava no mercado americano. Honda modificou a forma de se comercializar motocicletas nos EUA, acabando com o sistema de consigna\u00e7\u00f5es e fazendo com que o americano com cara de\u00a0good boy<\/em> <\/em>trocasse o carro por uma scooter japonesa. N\u00e3o satisfeito, Honda obteve as primeiras coloca\u00e7\u00f5es vendendo motos e carros na terra da Harley Davidson e de Henry Ford. O an\u00fancio, oportuno para a \u00e9poca, falava que voc\u00ea encontrava gente bonita numa Honda.<\/p>\n

Antes de Honda as oficinas americanas usavam o sistema de consigna\u00e7\u00e3o e abriam aos fins de semana. Honda mudou isso para o modelo que hoje ainda vigora. Mas nunca \u00e9 demais lembrar que tudo isso passou a contecer quando algu\u00e9m decidiu criar um clube de consumidores de motos e acess\u00f3rios chamado \u2013 motoclube.<\/p>\n

Curta o v\u00eddeo da apresenta\u00e7\u00e3o do Motociclismo Militar Italiano:<\/p>\n

Motociclismo Militar Italiano<\/p>\n

http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=kTYGmjgSMv8&feature=player_embedded<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A Hist\u00f3ria dos Motoclubes nos reserva surpresas – Motormaids No Brasil a primeira associa\u00e7\u00e3o fundada em 1927 foi o Moto Club do Brasil sediado na Rua Cear\u00e1 no estado do Rio de Janeiro, alguns anos depois, mais precisamente em 1932 surgiu o\u00a0Motoclub de Campos. E talvez seja este o mais antigo MC que se tem …<\/p>\n

Motoclubes \u2013 Conhe\u00e7a um pouco da hist\u00f3ria dos motoclubes<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":22,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-global-header-display":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","footnotes":""},"categories":[475,14],"tags":[1476,454],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/48"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/22"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=48"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/48\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":206817,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/48\/revisions\/206817"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=48"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=48"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.luissucupira.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=48"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}